WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 64 - 13 de Julho de 2008

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)
 

A difícil passagem pela
porta estreita

“Sede perfeitos como perfeito é o Pai Celestial.” - Jesus. (Mt, 5:48.) 

Pelos noticiários escabrosos propalados pela mídia, vemos com muita tristeza que o egoísmo medra cada vez com maior vigor. São tantas as desgraças evitáveis que ficamos pensando por que a Humanidade não acorda do seu marasmo espiritual!?... Por que prefere sempre atender aos impositivos do “homem velho”  limitado ao terra-a-terra dos interesses imediatistas e materiais, esquecida de sua destinação espiritual? 

Quando o homem ajustar-se aos caminhos de Jesus, Nova Era despontará para esta Humanidade ignorante e sofredora. 

Deve ser o atual estado de coisas que inspirou estas palavras a Rabindranath Tagore: 

“Como hoje está triste o meu pobre coração! 

“Deixei que a Vida me fosse, até aqui, um barco deslizando num rio sob sebes frondosas, onde busquei colher versos, contemplando a crista das pequenas ondas. 

“Outras vezes saí, entre as árvores da terra, a catar frutos de encantamento em suas copas verdejantes... 

“E, apesar disso tudo, trago um coração triste... 

“Talvez porque o mundo, cheio de crianças sem rumo, representa uma grande noite de tristeza imensa na civilização religiosa, mas que não tem Deus!” 

S. Vicente de Paulo afirmou (1): 

“Nosso mundo material e o mundo espiritual, que bem poucos ainda conhecem, formam como que os dois pratos da balança perpétua. Até aqui, as nossas religiões, as nossas leis, os nossos costumes e as nossas paixões têm feito de tal modo descer o prato do mal e subir o do bem, que se há visto o mal reinar soberanamente na Terra. Desde séculos, é sempre a mesma a queixa que se desprende da boca do homem e a conclusão fatal é a injustiça de Deus. Alguns há mesmo que vão até à negação da existência de Deus. Vedes tudo aqui e nada lá; vedes o supérfluo que choca a necessidade, o ouro que brilha junto da lama; todos os mais chocantes contrastes que vos deveriam provar a vossa dupla natureza. Donde vem isto? De quem a falta? Eis o que é preciso pesquisar com tranqüilidade e com imparcialidade. 

“Quando sinceramente se deseja achar um bom remédio, acha-se. Pois bem! Malgrado a essa dominação do mal sobre o bem, por culpa vossa, por que não vedes o resto ir direito pela linha traçada por Deus? Vedes as estações se desarranjarem? Os calores e os frios se chocarem inconsideradamente? A luz do Sol esquecer-se de iluminar a Terra? A terra esquecer em seu seio as sementes que o homem aí depositou? Vedes a cessação dos mil milagres perpétuos que se produzem sob nossos olhos, desde o nascimento do arbusto até o nascimento da criança, o homem futuro? Mas, se tudo vai bem do lado de Deus, tudo vai mal do lado do homem. Qual o remédio para isto? É muito simples: Aproximar-se de Deus, amar-se, unir-se, entender-se e seguir tranqüilamente a estrada cujos marcos se vêem com os olhos da fé e da consciência”. 

Quando ajustarmos nossos passos no caminho assinalado por Deus, veremos em pouco tempo os acerados espinhos e pedras se transformando em floridas veredas de luz, onde os pés não mais se ferirão na caminhada, encontrando apoio e estímulo para a grande marcha até aos alteados e sublimes planos da glória estelar... 

Não podemos olvidar que Jesus afirmou ser Ele próprio o caminho.     

Os Espíritos Superiores confirmaram (2) ser Ele o nosso Modelo e Guia mais perfeito oferecido por Deus. É, portanto, absolutamente necessário que sigamos esse Caminho, esse Modelo e Guia... 

Emmanuel (3) considera ser 

“(...) desarrazoado exigir de qualquer de nós transformações intempestivas.   Por mais formosas e edificantes as lições de aperfeiçoamento moral, é forçoso acomodar-nos com o espírito de seqüência, na marcha do tempo, a fim de que nos afaçamos a elas, adaptando-nos gradativamente aos princípios que nos preceituem. 

Ser-nos-á, porém, claramente possível melhorar-nos com mais urgência e segurança se adotarmos a prática de permanecer um tanto mais com Jesus, cada dia. 

“Que não nos atemorizem os programas de reajuste, corrigenda, sublimação ou burilamento. 

“Ante as normas que nos indiquem elevação para a Vida Superior, recebamo-las respeitosamente, afeiçoando-nos a elas e, seguindo adiante, na base do dever retamente executado e da consciência tranqüila, pratiquemos a regra de ascensão espiritual segura e verdadeira: sempre um tanto menos com os nossos pontos de vista pessoais e, a cada dia que surja, sempre um tanto mais com Jesus”, a ponto de podermos afirmar com Paulo, o singular e inolvidável Apóstolo dos Gentios: “Já não vivo eu, mas o Cristo vive em mim”. 


Referências
:

(1) Kardec, A. O Livro dos Médiuns – Capítulo XXXI, item XXX.

(2) Kardec, A. O Livro dos Espíritos – Pergunta nº. 625.

(3) Emmanuel/Xavier, F.C. Encontro de Paz – Capítulo 14.
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita