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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 64 - 13 de Julho de 2008

RENATO COSTA
rsncosta@terra.com.br

Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

Homem recebe coração de suicida e se mata da mesma forma que o doador  

 
Uma matéria com o título acima foi apresentada no
blog “Page not Found” do jornalista Fernando Moreira, em O Globo On-line de 09/04/2008. 

Relata a matéria que Sonny Graham, do estado americano da Carolina do Sul, recebeu, em 1995, o transplante do coração de um suicida chamado Terry Cole. 

A cirurgia foi bem-sucedida e Sonny começou, um ano depois, a se corresponder com Cheryl, a esposa do doador, o que acabou resultando no casamento entre os dois e na sua mudança para uma nova residência.

O casal vivia em harmonia e Sonny não dava sinal algum de depressão. No entanto, cerca de 12 anos após seu casamento com Cheryl, Sonny se suicidou da mesma forma que Terry havia feito, com um tiro na cabeça.

A ciência, aparentemente, ainda não se debruçou sobre os casos desse tipo, mas as especulações são muitas. A Doutrina Espírita, entretanto, tem uma explicação simples e lógica para o acontecimento, isto é, a comunicabilidade entre os dois planos, a influência dos desencarnados sobre os encarnados.

É impossível saber-se com precisão o que aconteceu, a não ser que um médium confiável obtivesse o depoimento dos desencarnados envolvidos. No entanto, uma coisa nos parece clara: o Espírito Terry Cole teve parte no suicídio de Sonny Graham.

Como a matéria relata no final e se pode aprender pesquisando na Internet, há muitos relatos anedóticos (1) sobre a mudança nos hábitos de pessoas que recebem transplantes, o que leva os poucos pesquisadores que se interessam pela questão a cogitar da ação inteligente dos órgãos transplantados. Há casos em que uma pessoa que recebeu um órgão do aparelho digestivo mudou seu gosto alimentar, o que faz algum sentido à luz da hipótese. Só que há casos em que uma pessoa que recebeu um rim muda seu gosto literário e nesse caso a hipótese falha, pois, certamente, o rim em nada deve afetar o gosto literário de uma pessoa.

Sabemos, dos relatos que nos chegam da espiritualidade, que muitos Espíritos são apegados a tudo aquilo que consideravam seus pertences, inclusive as partes do corpo que possuíam. Não é improvável, portanto, que um desses Espíritos, ao ver parte de seu corpo sendo colocado em outra pessoa se aproxime desta em estado perturbado, influenciando, assim, o comportamento dela. Se o Espírito não for de má índole, sua influência poderá até ser benéfica, como ao alterar o gosto da pessoa influenciada para melhor. Quando o Espírito, no entanto, se encontra em profunda perturbação ou é ainda inclinado às más ações, a conseqüência do transplante pode ser ruim para quem o recebeu ou até mesmo fatal, como aconteceu no caso relatado.

Desse modo, espera-se que a medicina avance, com mais doadores voluntários e mais compreensão da vida, para que não se necessite usar órgãos de pessoas que morreram em perturbação.

Procuremos, agora, analisar o caso de modo mais aprofundado à luz da Doutrina Espírita.

Mesmo relatando a matéria, com base nas informações obtidas da imprensa local, que Sonny Graham não apresentava sinais de depressão, sabemos, pela lei da sintonia, que o Espírito Terry Cole somente teria conseguido influenciá-lo se eles apresentassem vibrações compatíveis. Portanto, é válido concluir que, em um ou mais momentos, Sonny teve perturbações emocionais significativas, a ponto de permitir a influência de Terry sobre ele.

Como aprendemos com Yvonne Pereira em “Memórias de um Suicida”, algumas fraquezas morais podem nos acompanhar por séculos. Um Espírito que se suicidou em mais de uma existência é mais propenso a fazê-lo de novo, necessitando de um grande esforço para se equilibrar e aceitar as vicissitudes e dificuldades da vida sem querer fugir delas. É possível que Sonny Graham tivesse um histórico de suicídios em existências anteriores, o que teria colaborado para o desfecho, pois ele, Espírito encarnado, já teria uma propensão para tal. O Espírito Terry, nesse caso, poderia ter apenas dado o “empurrãozinho que faltava”.

Por último, temos que considerar a lei de causa e efeito. Nada ocorre em nossas vidas sem um motivo, nada é por acaso. Tudo o que vivenciamos, de um modo ou de outro, serve para nossa evolução. Assim sendo, é forçoso concluir que Sonny precisava ainda passar por esse tipo de experiência em seu aprendizado. Como ocorre com todos os desafios que enfrentamos, no entanto, o resultado nunca é decidido à nossa revelia. Portanto, mesmo que não saibamos o que foi planejado para nós pelos nossos guias espirituais, saibamos dar o melhor de nós no caminho do bem.

Procuremos, pois, melhorar a cada dia, tornando-nos mais pacientes, tolerantes, caridosos e alegres, enfrentemos com fé e determinação os desafios da vida, conscientes de que estamos numa escola e que, como alunos que somos, nossos mestres nos apóiam e esperam de nós o melhor. Fazendo assim, só teremos a ganhar e, caso necessitemos de um transplante, nada teremos a temer quanto à possível influência negativa do doador.

 ________________

(1) Os cientistas chamam de “anedóticos” todos os relatos sobre fenômenos que não podem ser reproduzidos sob situação controlada. Ocorre que todos os fenômenos mediúnicos exigem as condições exatas em que eles ocorrem, não só as mesmas condições físicas, mas, também, as emocionais e as espirituais. Em suma, fenômenos espíritas, assim como quaisquer ocorrências que envolvam o comportamento de seres humanos, são irreprodutíveis com a mesma exatidão exigida pela ciência para reproduzir fenômenos exclusivamente físicos.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita