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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 63 - 6 de Julho de 2008

MARCOS PAULO DE OLIVEIRA SANTOS
mpoliv@bol.com.br
Taguatinga, Distrito Federal (Brasil)
 


Sobre o egoísmo

 
Ao refletirmos sobre a grave questão, pedimos licença ao insigne escritor Rodolfo Calligaris para reproduzirmos em parte suas explanações na obra “As Leis Morais”.  

O egoísmo é indubitavelmente a matriz de todas as mazelas humanas. Devido a esse sentimento espúrio, a humanidade torna-se infeliz. Ele se apresenta sob diversas formas e algumas são bastante tênues. 

Rodolfo Calligaris apresenta-nos algumas dessas facetas, a saber: 

– O egoísmo individual: é aquele centrado somente em si mesmo, a ponto de ignorar aqueles que nos cercam, inclusive familiares. Tudo gira em torno do próprio “umbigo”. É um narcisismo. Os fins justificam os meios para se chegar à satisfação do ego.  

– O egoísmo familiar: provém daqueles que olvidam que somos todos irmãos, oriundos de uma mesma fonte, que é Deus. São aqueles que só auxiliam e têm olhos para os seus parentes consangüíneos. Se porventura surgir uma situação em que seja necessário o desprendimento (material, de tempo, de carinho) para auxiliar alguém que não seja do vínculo carnal, inventam desculpas. Dizem que não podem, que o empenho com a família (sangüínea) já exige bastante etc. 

– O egoísmo de classe: consiste nas reivindicações dos trabalhadores. Eles pressionam governos, olvidam a coletividade para atenderem aos seus interesses. Preocupam-se tão somente com a própria classe. Não se importam com o “desequilíbrio e os sacrifícios que isso possa custar à coletividade”. 

É perfeitamente justo o trabalhador cônscio, probo, ético, reivindicar melhores condições de trabalho. Não pensamos diferente. Entretanto, convém lembrar que esse movimento de classe, que afeta milhares ou milhões de pessoas por não mais oferecer os serviços básicos, se torna prejudicial, deletério, nefasto; porque ignora o coletivo.

É interessante notarmos também que os mesmos que pedem salários polpudos mantêm empregadas com salários pífios em suas casas para satisfazerem a seus caprichos. Exigem delas horas e horas de trabalho, dedicação e prestação de serviço de qualidade, mas pagam salários ridículos a essas mulheres com condições sociais e econômicas degradantes. Esquecem-se de que elas também têm uma família a zelar, têm filhos, têm o seu momento de lazer. Porém, quando apresentam um atestado médico por motivo justo de saúde, recebem repreensão. Enfim, é apenas um exemplo para demonstrarmos o paradoxo. O mesmo que pede salário polpudo mantém aqueles que são seus subalternos em condições degradantes.  

– O egoísmo de raça: ao largo da História, tem-se notado os conflitos dolorosos por questões raciais. O Espiritismo demonstra por meio da reencarnação que essas questões são pueris, uma vez que aquele que nasce na condição de branco e rico, hoje, poderá nascer, a seu turno, na condição de negro e pobre. A reencarnação nivela todos nós. Os conflitos raciais envergonham a História. Hitler queria a superioridade da raça ariana. Martin Luther King, com sua filosofia do amor e não-violência, conseguiu melhorar a condição de vida dos negros norte-americanos. Enfim... A História está repleta de exemplos negativos e positivos com relação a essa temática que, na sociedade, não mais se justifica devido aos esclarecimentos e aos avanços científico-tecnológicos a que chegamos. Infelizmente ainda hoje se ouvem comentários extremamente racistas de pessoas no dia-a-dia, ou de personalidades nos meios de comunicação. Ainda hoje se perseguem pessoas por causa da cor de sua pele. E isso se dá de uma maneira cruel e sub-reptícia: em uma entrevista de emprego, por exemplo. Há ainda um ranço dessa nossa condição de barbárie que necessita urgentemente ser extinto.  

– O egoísmo nacional: é o tipo de egoísmo mascarado com o nome de “patriotismo”. Países que são potências do mundo, ao invés de auxiliarem os menos favorecidos, preferem, a pretexto de levar “cultura, ciência, progresso”, invadir esses países; impõem seu modus vivendi, seu modus operandi, exterminam famílias, tudo com o intuito de expandir o território, o poder, a força, o domínio... Semeiam o ódio e colhem o terror.   

– O egoísmo sectário: é o mais funesto dos egoísmos. É aquele que considera a sua forma de ver a vida a única correta. Ignoram que todos os caminhos levam à casa do Pai, independente do tipo de religião professada. Mas esses egoístas transformam crentes em fanáticos. Esses últimos nada podem ler ou ouvir que contrarie sua maneira de enxergar a vida. Somente a sua Igreja está certa. É a única que salva. O restante é erro, é “pecado”. Têm a absurda capacidade de auxiliar somente àquelas instituições que têm os mesmos princípios da sua religião. Ignoram que outros estabelecimentos também fazem caridade e transformam o mundo. O fanatismo religioso, político, filosófico, é doença da alma que fomenta ainda mais a violência e a estupidez no mundo. 

Após essa breve explanação, reiteramos que o Espiritismo, devido a sua proposta de transformação moral do ser humano e por ser calcado no Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo, é um poderoso antídoto contra o egoísmo, pois ensina-nos que somente por meio da caridade (moral e material) conseguiremos a nossa salvação.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita