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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 63 - 6 de Julho de 2008

LUIS ROBERTO SCHOLL 
robertoscholl@terra.com.br
Santo Ângelo, Rio Grande do Sul (Brasil)

No tênue limiar da sanidade


Uma linha imaginária muito tênue separa o estado considerado de sanidade, da anomalia ou desequilíbrio mental. Esta linha altera o seu posicionamento de acordo com a época, cultura e interesses da sociedade.

Transpor o verdadeiro limiar, que é atemporal, é um risco que se corre, à medida que se permite constantes desequilíbrios emocionais nos embates do cotidiano.

Não raro, nos chegam notícias de indivíduos aparentemente “normais” que, por um motivo banal, cometem atos insanos, crimes, ou utilizam a violência contra terceiros ou contra si próprio. Neste caso a pessoa se encontra em vias de perturbação, no limite, e, quando é acionado o gatilho desencadeador da crise, mesmo que na superfície aparente calmaria, nas profundezas do seu íntimo ainda acalenta um ser violento e em desequilíbrio. O psicanalista Carl Gustav Jung chama a isto de o “nosso lado sombra” – atitudes que ainda constituem o nosso ser, mas que “conscientemente”, ou pela educação, não gostaríamos mais de fazer. O Espiritismo nos explica que são ainda imperfeições da Alma, que precisam ser superadas e que, algumas vezes, quando em teste, ainda sucumbem às provas mais difíceis.

Muitas vezes não se encontra motivos nesta existência que justifiquem tais atitudes, então percebemos, mais uma vez, a comprovação da pré-existência do Ser e a constatação das interferências espirituais.

Todas as experiências reencarnatórias são armazenadas na memória espiritual de cada um - aprendizados e imperfeições que necessitam serem trabalhadas. Muitas das deficiências vêm adormecidas para que o indivíduo se prepare adequadamente para o enfrentamento inevitável com a situação educadora. Daí, a importância do desenvolvimento espiritual e moral ainda na infância, quando o Espírito está mais suscetível à educação. Quando o momento pré-agendado surge, tem-se o livre-arbítrio para agir de acordo com os novos ensinamentos ou repetir os mesmos erros do passado e cometer novamente os delitos contra as leis divinas. Especialmente nestes momentos cruciais, é marcante a influência espiritual, tanto dos Espíritos superiores que desejam a nossa vitória contra as imperfeições, quanto dos Espíritos que se comprazem no mal, que almejam a nossa queda. É através dos pensamentos e pela livre escolha que se tem o poder de optar por esta ou aquela companhia, sintonizando para seguir o caminho do bem ou não.

Alguns seres renascem mais fragilizados pelos próprios comprometimentos do passado, outros superam com mais facilidade os desafios por estarem mais fortalecidos espiritualmente, mas os grandes embates, para não entrar em desequilíbrio mental, ocorrem no campo do pensamento e da ação, nesta própria existência.

É fundamental, além do autoconhecimento, buscar a serenidade íntima através dos mecanismos eficazes da meditação, da oração e da prática do bem, para que, quando as tempestades surgirem, se esteja em paz de consciência e tranqüilidade interior. A âncora da religiosidade e da espiritualização demonstrará sua importância no auge da borrasca.
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita