WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco

Estudando as obras de Kardec
Ano 2 - N° 63 - 6 de Julho de 2008

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1860

Allan Kardec 

(9a Parte)

Damos continuidade ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1860. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 11 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. O Espiritismo chegará, algum dia, a exercer influência sobre a estrutura social?

Sim. Um dia, disse Kardec, o Espiritismo exercerá imensa influência sobre a estrutura social, mas esse dia ainda está longe, porque são necessárias gerações para que nos despojemos do homem velho. (Revue Spirite, p. 320.)

B. Que fato leva os maus Espíritos a se emendar e buscar o caminho do bem?

Diz o Espírito de Georges que os maus Espíritos, enquanto dão vazão à sua raiva, são, a seu modo, quase felizes; no entanto, passam os séculos e eles sentem-se de súbito invadidos pelas trevas, advindo daí o re­morso e o arrependimento, seguidos de gemidos e expiações. A modificação para melhor resultaria disso. (Obra citada, pp. 331 e 332.)

C. Os amigos do mundo espiritual nos ajudam em nosso retorno à erraticidade?

Certamente. Kardec sustenta que nossos amigos do mundo espírita nos recebem e nos ajudam no retorno à vida espiritual e diz que, na erraticidade, os Espíritos se reúnem e agem de comum acordo, tanto para o mal quanto para o bem. (Obra citada, pp. 340 e 360.)

D. Uma pessoa pode ser, ao mesmo tempo, bom católico e fervoroso espírita?

Parece-nos que não, mas já houve quem pensasse assim, como o Dr. De Grand-Boulogne, autor da obra "Carta de um Católico sobre o Espiritismo", na qual procura mostrar que se pode ser, ao mesmo tempo, bom católico e fervoroso espírita. (Obra citada, p. 352.) 

Texto para leitura

187. Os Espíritos agem incessantemente sobre nós, sem o sabermos, sejamos médium ou não. Não é a mediunidade que os atrai; ao contrário, é ela que fornece o meio de conhecer o inimigo, que se trai sempre. (P. 319)

188. Um dia, asseverou o Codificador, o Espiritismo exercerá imensa influência sobre a estrutura social, mas esse dia ainda está longe, porque são necessárias gerações para que nos despojemos do homem velho. (P. 320)

189. Com os conhecimentos que nos transmite, o Espiritismo nos torna feliz e é isto que lhe dá um poder irresistível e assegura o seu triunfo futuro. (P. 320)

190. Jobard diz, em interessante artigo, que os Espíritos superiores não lamentam os bens materiais aqui deixados, ao contrário do humanimal, que sente que, perdendo os bens terrenos, tudo perde. (PP. 324 e 325)

191. Jobard afirma que não existe um médium bem intencionado que não seja magnetizador e curador por natureza, mas muitos ignoram esse tesouro e não sabem utilizá-lo. (P. 326)

192. Kardec retifica algumas idéias de Jobard, que não levava muito em conta o progresso realizado pelo Espírito no estado errante. (P. 327)

193. Kardec afirma que, mesmo que nada pudéssemos aprender com as manifestações dos Espíritos, já é bastante o fato de nos darem eles a prova da existência do além-túmulo. E eles nos dão muito mais. (P. 328)

194. Georges (Espírito) descreve o castigo infligido aos maus Espíritos. Enquanto dão vazão à sua raiva, eles são quase felizes; no entanto, passam os séculos e eles sentem-se de súbito invadidos pelas trevas, advindo daí o re­morso e o arrependimento, seguidos de gemidos e expiações. (PP. 331 e 332)

195. Marte é descrito como um mundo bem inferior à Terra, onde os se­res, embora tendo a forma humana, são rudimentares e sem nenhuma beleza. (N.R.: Duas obras recebidas por Chico Xavier dizem o contrário.) (PP. 332 a 334)

196. O mesmo Espírito diz que Júpiter, dividido em países de aspectos variados, é um mundo superior e encantador. (PP. 334 a 336)

197. Georges diz que a forma dos Espíritos puros é etérea e nada tem de palpável. Em suas fileiras é que são escolhidos os anjos da guarda. São eles os ministros de Deus, que regem os mundos inumeráveis. (P. 336)

198. O Espírito de Zenon disserta sobre a reencarnação e afirma que com ela os mistérios se explicam, os problemas se resolvem, todas as dificuldades se aplainam. (P. 339)

199. Georges (Espírito) diz que os Espíritos errantes não se comunicam entre si, ensinamento contestado por Kardec. O Codificador sustenta que nossos amigos do mundo espírita nos recebem e nos ajudam no retorno à vida espiritual e ensina que, na erraticidade, os Espíritos se reúnem e agem de comum acordo, tanto para o mal quanto para o bem. Kardec entende que o erro de Georges foi restringir o termo errante a uma certa categoria de Espíritos, em vez de aplicá-lo a todos os Espíritos desencarnados. (PP. 340 e 360)

200. A Revue transcreve mensagem assinada pelo Espírito de Irmã Rosália sobre a caridade material e a caridade moral. (N.R.: Essa mensagem foi incluída mais tarde n´O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 9.) (PP. 342 e 343)

201. Delphine de Girardin (Espírito) disserta sobre a eletricidade do pensamento e afirma que, uma vez reunidos, os homens desprendem um fluido que lhes transmite, com a rapidez do relâmpago, as menores impressões. Sob a ação dessa corrente magnética, as pessoas mais interessadas em ocultar seu pensamento são levadas a descobri-lo, até mesmo a se acusar, como se vê muitas vezes nos tribunais do júri. (P. 344)

202. O Espírito de Lamennais, falando sobre a hipocrisia, assevera que a hipocrisia é o vício de nossa época: "Em nome da liberdade, vos engrandeceis; em nome da moral, vos embruteceis; em nome da verdade, mentis". (P. 345)

203. A Revue registra a viagem feita por Kardec em setembro de 1860 às cidades de Sens, Mâcon, Lyon e Saint-Etienne. "O Espiritismo está no ar", eis a impressão sentida por Kardec em todos os lugares onde falou. (P. 347)

204. Em Lyon, onde os adeptos do Espiritismo se contavam às centenas, um médium vidente pôde ver o Espírito de São Luís, que confirmou em Paris, posteriormente, sua presença na viagem feita pelo Codificador. (P. 348)

205. Nas proximidades de Saint-Etienne, Kardec assistiu a um fenômeno de transfiguração com uma mocinha que, em certos momentos, tomava a aparência completa de seu irmão, morto há alguns anos. (P. 348)

206. A Revue noticia o fato ocorrido num navio da marinha imperial, estacionado nos mares da China, em que um tenente, morto há dois anos, deu uma comunicação tiptológica em que pedia fosse paga ao capitão determinada quantia. (N.R.: O fato é narrado também n' O Livro dos Médiuns.) (P. 348)

207. A Revue noticia o lançamento da obra "Carta de um Católico sobre o Espiritismo", do dr. De Grand-Boulogne,  doutor em Medi­cina,  antigo vice-cônsul da França,  na  qual  o autor prova que se pode ser,  ao mesmo tempo, bom católico e fervoroso espírita. Dia virá, disse De Grand-Boulogne, em que, pela força das coisas, "o Espiritismo estará na religião, ou a religião no Espiritismo". (P. 352) (Continua no próximo número.)   


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita