WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita  Inglês  Espanhol
Programa IV: Aspecto Filosófico

Ano 2 - N° 63 - 6 de Julho de 2008

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br

Curitiba, Paraná (Brasil)  

Os quatros reinos
da Natureza

Apresentamos nesta edição o tema no 63 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.

Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.

Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate

1. O reino mineral apresenta uma característica própria que o distingue dos demais. Qual é ela?

2. Que são seres inorgânicos?

3. Os seres orgânicos são todos eles constituídos de muitas células?

4. Que diferença básica existe entre os vegetais e os animais?

5. Que características especiais distinguem o homem dos outros seres?

Texto para leitura 

A característica do reino mineral é a ausência de vida 

1. Observando os seres da Natureza, os naturalistas os classificaram em três reinos: mineral, vegetal e animal. Neste último incluíram também o homem, considerando-o apenas do ponto de vista físico, isto é, somente em seu corpo material, que é, efetivamente, em tudo semelhante ao dos animais superiores. Considerado, no entanto, em sua integralidade, o homem distingue-se de todos os outros seres pela sua inteligência e racionalidade. Ele se destaca, pois, dos animais por qualidades que não pertencem à matéria e que constituem atributos do Espírito. Existiria, então, na Natureza um quarto reino: o hominal.

2. A distinção entre os seres da Natureza é de tal modo intuitiva que desde muito entrou no entendimento humano. Contudo, observando-se os seres mais simples dos extremos das três séries naturais, somos obrigados a reconhecer formas de transição tão sutis que é difícil determinar, dentre elas, qual a classificação exata a que pertençam.   

3. Há, no entanto, um caráter distintivo entre os minerais e os dos outros grupos, que nenhuma dúvida oferece ao analista: é a ausência de vida nos minerais e a presença dela nos vegetais e nos animais. Por isso, prefere-se um outro tipo de classificação que considera, de um lado, os minerais constituindo os seres brutos ou inorgânicos, e de outro, os vegetais e animais compondo o grupo dos seres vivos ou orgânicos.  

4. A presença da vida traduz-se nos seres orgânicos pela organização celular da matéria de seus corpos e o correspondente aparecimento das funções de nutrição e reprodução. Há muitos seres constituídos de uma única célula [1], como os protófitos, entre os vegetais, e os protozoários, entre os animais. Nos seres evoluídos, as células se reúnem em tecidos, os tecidos em órgãos e estes em sistemas e aparelhos orgânicos. 

Os animais demonstram possuir certo grau de inteligência 

5. Respondendo à pergunta 585 d’O Livro dos Espíritos, acerca da divisão da Natureza em três reinos, os Espíritos disseram que do ponto de vista material há apenas seres orgânicos e inorgânicos, mas do ponto de vista moral existem evidentemente quatro graus: minerais, vegetais, animais e a espécie humana. 

6. Os seres que formam o reino mineral só manifestam uma força mecânica, que decorre unicamente da matéria de que são formados. Faltam-lhes inteligência e vontade. Tais seres não revelam nem mesmo instintos, o que mostra que, se neles existe algum princípio diferente da matéria, está ele completamente abafado, dormente, em total estado de latência e inatividade.  

7. Os seres que formam o reino vegetal, igualmente até certo ponto inertes e brutos, não têm inteligência nem vontade ativa, mas apresentam o movimento interior da vida e realizam um completo ciclo vital: nascem, crescem, nutrem-se, desenvolvem-se, reproduzem-se, definham e morrem. É que, além da matéria densa, são dotados do princípio vital, de que deriva essa força prodigiosa que lhes comunica a vida. Esses seres não revelam, porém, consciência alguma de sua existência, não sentem prazeres ou dores, não têm percepções e sentimentos. Só possuem vida orgânica, que lhes é comunicada por sua união com o princípio vital.  

8. Os seres que formam o reino animal vivem como os vegetais, mas apresentam movimento e sensações que os vegetais não têm, observando-se, no tocante aos animais superiores, que seus movimentos são livres e obedecem nitidamente à vontade, o que revela que possuem certo grau de inteligência. Prevalece, contudo, no animal o instinto – sua inteligência não lhe dá inteira capacidade de raciocinar. 

O livre-arbítrio é apanágio da espécie humana 

9. O homem, pelo seu corpo material, se assemelha aos animais, mas deles se distingue totalmente por sua natureza espiritual, por sua alma, que lhe confere razão e senso moral. Dizem os Espíritos Superiores que é muito grande a distância que existe entre a alma do homem e a alma dos animais. No homem vibra, como ser essencial, um Espírito consciente, livre e responsável, destinado a realizar na sua plenitude a pureza, a justiça, o amor e a caridade. 

10. O corpo do homem se destrói, como o dos animais, mas ao seu Espírito está assinado um destino que só ele pode compreender, porque só ele é inteiramente livre. O livre-arbítrio é, como sabemos, apanágio da espécie humana. Há, ainda, outra diferença importante entre o animal e o homem: após a morte do corpo físico, a alma do animal conserva a sua individualidade, mas não a consciência do seu eu, e a vida inteligente lhe permanece em estado latente.  

11. A alma do animal – ensina o Espiritismo – fica, depois da morte de seu corpo físico, numa espécie de erraticidade, visto que não mais se acha unida ao corpo, mas não é considerada um Espírito errante, denominação que somente se aplica ao Espírito humano, que pode pensar e obrar por sua livre vontade.  

12. De idêntica faculdade não dispõem os animais. Depois da morte corpórea, a alma dos animais é classificada pelos Espíritos incumbidos dessa tarefa e utilizada quase imediatamente.

 

[1] Em biologia, chama-se célula à unidade estrutural e funcional, básica dos seres vivos, composta de numerosas partes, sendo as principais a membrana, o citoplasma e o núcleo. O vocábulo aplica-se também à designação da menor unidade de matéria viva que pode existir de maneira independente, e ser capaz de reproduzir-se. Uma bactéria, por exemplo, é um microorganismo unicelular, desprovido de núcleo individualizado, pertencente ao grupo que abrange todos os organismos procariotos (organismos formados por uma única célula desprovida de membrana nuclear), à exceção das cianofíceas (classe de algas unicelulares ou filamentosas de estrutura simples, cujos pigmentos verde-azulados decorrem da ausência de cloroplasto; algas azuis, cianobactérias).

Respostas às questões propostas

1. O reino mineral apresenta uma característica própria que o distingue dos demais. Qual é ela? R.: Uma característica distintiva entre os minerais e os dos outros grupos, que nenhuma dúvida oferece ao analista, é a ausência de vida nos minerais e a presença dela nos vegetais e nos animais.

2. Que são seres inorgânicos? R.: Seres inorgânicos é como são, numa outra classificação, chamados os minerais, em oposição a seres orgânicos, nome dado aos seres vivos que compõem os reinos vegetal e animal.

3. Os seres orgânicos são todos eles constituídos de muitas células? R.: Não. A presença da vida nos seres orgânicos traduz-se pela organização celular da matéria de seus corpos e o correspondente aparecimento das funções de nutrição e reprodução, mas existem muitos seres vivos constituídos de uma única célula.

4. Que diferença básica existe entre os vegetais e os animais? R.: Os seres que formam o reino vegetal não têm inteligência nem vontade ativa. Só possuem vida orgânica, que lhes é comunicada por sua união com o princípio vital. Os seres que formam o reino animal vivem como os vegetais, mas apresentam movimento e sensações que os vegetais não têm, observando-se, no tocante aos animais superiores, que seus movimentos são livres e obedecem nitidamente à vontade, o que revela que possuem certo grau de inteligência.

5. Que características especiais distinguem o homem dos outros seres? R.: O homem, pelo seu corpo material, se assemelha aos animais, mas deles se distingue totalmente por sua natureza espiritual, por sua alma, que lhe confere razão e senso moral. No homem vibra, como ser essencial, um Espírito consciente, livre e responsável, destinado a realizar na sua plenitude a pureza, a justiça, o amor e a caridade.
 

Bibliografia: 

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 585 a 600.    

A Gênese, de Allan Kardec, item 29.
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita