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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 63 - 6 de Julho de 2008

DAVILSON SILVA
davsilva.sp@gmail.com
São Paulo, SP (Brasil)

 O maior de todos os bens

 
Há um certo poder que supera as paixões dos dominadores, cargos e títulos honoríficos. Essa força soberana colide sempre com a exaltada presunção, está em contínua sublimidade identificada com o Ilimitado e Fecundo, permanecendo inalterável, límpida e harmônica. Estamos nos referindo ao maior bem de todos os bens terrenos: o Bem Moral. 

Poder no mundo é força ou autoridade. Ao se falar em poder, pensa-se em primazia sobre povos, a inconstância dos tiranos, o devaneio dos artistas, semideuses e guerreiros, a hipotética vitória da pretensão. Quem recebe o poder temporal e obra em proveito próprio, em nome da soberania de um povo, em vez de agir em nome ou no exercício do bem coletivo, enodoa a própria alma por fazer infelizes os seus semelhantes...  

A história tem-nos apresentado impetuosos ursupadores incendiários, admiráveis protagonistas por seus feitos, guerreiros e suas legiões incitadas pelo revide, pela pilhagem, que escravizavam pessoas, oprimiam vencidos. Em Atenas, antigo universo da verdadeira democracia, berço da cultura e das artes, a que ministrou ao mundo os primeiros rudimentos de reverência à vida, à criação e à beleza, um justo foi condenado à pena capital...  

O abuso da autoridade manchou o solo romano de sangue pela embriaguez da corrupção ao lado do desmedido desregramento; no entanto, as cinzas da pompa e circunstância desvaneceram-se em trevas de hórridas eversões. Antagonismos, mentiras, assassinatos, suicídios, lutas cruentas à base de ferro e fogo sobrepujaram a força da cultura e experiência de vida, a qual deveria ser empregada em prol de todos. Já os hebreus exigiram de um Sublime Profeta o crédito de víndice soberano, quando Este apenas almejava o perfeito entendimento entre as pessoas... 

Quem visa unicamente seus interesses mesquinhos sob justificativa da soberania popular infringe a lei dos homens e a Lei de Deus. Sim. Quem quer que perverta os princípios fundamentais do Bem, deixados entrevistos pelo Criador de todas as coisas, viola um direito preciso: o direito natural. E o bom senso nos diz ser o amor ao direito a sua prática, e este amor, partícipe da Lei Maior, dita respeitarmos os nossos direitos; mas também dita, sobretudo, a submissão à responsabilidade do culto aos deveres, conferindo um caráter sublime às nossas ações. 

Conforme escreveu o DaLai Lama, respeitável líder espiritual budista, “há inteligências geradoras de sofrimentos”... Na Terra existem mais misérias, tristezas, que alegrias em decorrência de não se pensar no direito do próximo. Como aduz o capítulo 5.o   da excelente obra O Evangelho segundo o Espiritismo, “somos, em grande número dos casos, os verdadeiros responsáveis pelos próprios infortúnios”. Enfim, somos justamente os autores de nossas aflições por não admitir que mais sábio é ser bom que ser mau, ser dócil vale mais que ser altivo, ter juízo é mais útil que ser insensato.  

Afirmam serem boas todas as religiões e seitas do mundo... Em todos os tempos, estas recomendaram e até hoje recomendam o Bem, cada uma explicando segundo a sua concepção. Somente o Espiritismo, a Doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec, em 1857, França, não só explica como justifica por que nos convém ser bons. Em outras palavras, só o Espiritismo faz o homem descobrir pelo tino, pelo raciocínio, o dever intransferível da mudança íntima, a verdadeira “conversão em Cristo Jesus”, a que converte o sofrimento em amor — o amor pessoal em amor que excede em intensidade e importância.


O autor é jornalista, presidente-fundador da Fraternidade Espírita Aurora da Paz (Feap),
site www.feap.udesp.org.br, São Paulo, Capital, e membro da União dos Delegados de Polícia Espíritas do Estado de São Paulo.


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita