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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 62 - 29 de Junho de 2008

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)


Amadorismo mediúnico


“Os espíritas verdadeiramente sérios são reconhecidos, entre outras coisas, pela meditação que fazem do ensino dos Espíritos Superiores”.
(O Livro dos Médiuns, 2ª parte, cap. XVII, item 220, § 5º.)

Mediunidade se conjuga com humildade e muito estudo, muita meditação em torno dos ensinos oferecidos pelos Benfeitores da Humanidade, que são os nossos Amigos Espirituais...

Sem tais condições no âmbito do Espiritismo prático, os Espíritos Amigos afirmam que, em vez de espíritas sérios, teremos tão-somente “amadores de comunicações”.

Por ser um dos pontos básicos do Espiritismo, a Comunicabilidade dos Espíritos, ou seja, o intercâmbio entre o Mundo Espiritual e o Mundo Corporal, mereceu de Allan Kardec profundos estudos e experimentações incontáveis.

O Livro dos Médiuns constitui-se, portanto, o mais completo e singular “vade mecum”, no que tange ao intercâmbio mediúnico.

Os Espíritos Superiores têm sido incansáveis e pródigos no envio dos arquivos espirituais em forma de livros para a Terra, abordando à exaustão todos os escaninhos e meandros existentes na delicada área da comunicabilidade entre os dois planos da Vida. Portanto, não se justifica tão amplos amadorismos mediúnicos como nos é dado observar em inúmeras casas espíritas.

A falta de preparo adequado pela ausência do estudo doutrinário tem sido a grande vilã da mediunidade, ou seja, do Espiritismo prático...

Os “empertigados entendidos” contam-se às centenas... Mais presunçosos que estudiosos, vão mantendo em extrema pobreza o que poderia ser um rico manancial de instruções.

Faz-se mister urgentíssimo e aprofundado estudo sobre médiuns, mediunidades e reuniões mediúnicas, pois se entende que quem se propõe a prestar seu concurso em tão delicado e complexo setor de atividade de uma casa espírita já esteja “portas adentro” dessa casa. E a “prata da casa” precisa – necessariamente – dar o bom exemplo para aqueles que ainda roçam pela superfície dos ensinos espíritas. Nesse setor de atividade não vale aplicar o velho axioma: “em casa de ferreiro o espeto é de pau”, uma vez que em tarefas mediúnicas não se pode improvisar.

Jesus e Kardec sempre! Em especial no Espiritismo prático...

Longe do proscênio do amadorismo mediúnico, no qual muitos médiuns se perdem, todo aquele que exercer a mediunidade com elevação, pautando sua transcendente caminhada no estudo perseverante e no trabalho desinteressado em favor de encarnados e desencarnados, estará alçando-a aos alcandorados cimos da Vida, cumprindo a gloriosa missão de ser instrumento do Mais Alto, logrando, destarte, a nobre glória do mediunato com Jesus.

Ainda existe um outro fator importantíssimo que não pode – de forma alguma – ser negligenciado na área das atividades mediúnicas: trata-se da inserção do Evangelho de Jesus nessas tarefas.   

André Luiz (1) encerra o livro Mecanismos da Mediunidade exaltando o forte vínculo que deve existir entre a mediunidade e o Evangelho do Mestre Maior, dizendo textualmente:

(...) Em Jesus e em Seus primitivos continuadores, encontramos a mediunidade pura e espontânea, como deve ser, distante de particularismos inferiores, tanto quanto isenta de simonismo.  

“Neles, mostram-se os valores mediúnicos a serviço da Religião Cósmica do Amor e da Sabedoria, na qual os regulamentos divinos, em todos os mundos, instituem a respon­sabilidade moral segundo o grau de conhecimento, (negritamos) situando-se, desse modo, a Justiça Perfeita, no ín­timo de cada um, para que se outorgue isso ou aquilo, a cada Espírito, de conformidade com as próprias obras.

“O Evangelho, assim, não é o livro de um povo apenas, mas o Código de Princípios Morais do Uni­verso, adaptável a todas as pátrias, a todas as co­munidades, a todas as raças e a todas as criaturas, porque representa, acima de tudo, a carta de condu­ta para a ascensão da consciência à Imortalidade, na revelação da qual Nosso Senhor Jesus Cristo em­pregou a mediunidade sublime como agente de luz eterna, exaltando a Vida e aniquilando a morte, abolindo o mal e glorificando o bem, a fim de que as leis humanas se purifiquem e se engrandeçam, se santifiquem e se elevem para a integração com as Leis de Deus”. 

Referências:

(1) XAVIER, Francisco C. Mecanismos da mediunidade. 4ª. ed. Rio [de Janeiro]: 1959, cap. XXVI, in fine.
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita