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Jóias da poesia contemporânea
Ano 2 - N° 62 - 29 de Junho de 2008
 

Soneto

Antero de Quental

 

Quisera crer, na Terra, que existisse

Esta vida que agora estou vivendo,

E nunca encontraria abismo horrendo,

De amargoso penar que se me abrisse.

 

Andei cego, porém, e sem que visse

Meu próprio bem na dor que ia sofrendo;

Desvairado, ao sepulcro fui descendo,

Sem que a Paz almejada conseguisse.

 

Da morte a Paz busquei, como se fora

Apossar-me do eterno esquecimento,

Ao viver da minhalma sofredora;

 

E em vez de imperturbáveis quietitudes,

Encontrei os Remorsos e o Tormento,

Recrudescendo as minhas dores rudes.
 

 

Antero de Quental, poeta português, nasceu na ilha de São Miguel, nos Açores, em 1842, e desencarnou por suicídio em 1891. É vulto eminente e destacado nas letras portuguesas, caracterizando-se pelo seu espírito filosófico. O soneto acima, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, integra o Parnaso de Além-Túmulo.


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita