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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 62 - 29 de Junho de 2008

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniamva@yahoo.com.br 
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Criativo e crítico são
coisas distintas
 

Por favor, entre, meu Eu. Não há lugar nesta casa para dois.” (Rumi) 

O poema existe antes do poeta, eu sei e sinto. Cabe ao poeta, então, pôr-se num estado de “atenção flutuante” para acolher o poema que quer fazer-se conhecer. Logo, o poeta permanece acessível à inspiração e, conseqüentemente, alinha-se ao seu ofício criativo.

Conto isso para explicar um fato simples: o potencial humano de florescer apenas se manifesta quando o sujeito escolhe criar em vez de criticar.

O que pretendo dizer com isso?

Os temperamentos ácidos, acostumados à crítica, esquecem do cuidado com a própria trilha e, insistindo na ação do julgar, associam-se à lei de causa e efeito, que trará dor, no lugar de saldo positivo. Além disso, nesse exercício, perdem tempo e paralisam, pois ninguém avança interessado na vigilância da ação alheia. Jesus disse: “vigiai e orai” e nunca pediu para que vigiássemos uns aos outros!  

Ora, julgar (e condenar) pode ser entendido como um não saber discriminar com os sentidos, pois o indivíduo, nesse caso, se coloca ‘inspirado’ somente para ser agente de difusão dos equívocos alheios, distraído, infelizmente, à própria imperfeição.

Sem dúvida, aquele que deseja crescer, necessita praticar o estado de desatenção (distanciamento consciente) em relação ao agir dos outros, decidindo ser criativo, no lugar de crítico.

Em vez de maldizer, acolher. Procurar relacionar-se disposto ao entendimento, atitude inerente a um coração hospitaleiro. Perdurar na ação “sem memória”, que não absorve o defeito, mas persistir na captura qualitativa, que considera todo ser humano em processo e a caminho da perfeição. 

Não amamos por dever. Não seria amor, nesse caso. Mas, em direção à conquista de um comportamento compassivo, podemos praticar, no mínimo, a polidez de alma, que consegue discriminar o que vem do externo para guardar somente o que é bom e abençoado.

Sem hesitar, podemos buscar nos melhorar e, desse modo, no lugar de julgar ou maldizer, cuidar do próprio destino, pois esta é a grande tarefa. E, honestamente, buscar construir nossa existência de forma harmoniosa, desembaraçada do vício de criticar (e ferir). Afinal, podemos escolher as maneiras de ver uma mesma situação – de forma sombria (crítica e ácida) ou de forma iluminada (criativa e otimista), conforme nos conta a história:

Um homem trabalhava com indiferença, o mau humor estampado no rosto, enquanto outro, cantando, carregava pedra. “O que você está fazendo?”, perguntou este ao sisudo trabalhador. “Assentando pedras”, foi a resposta. “E você?”, perguntou ele ao animado trabalhador. “Construindo uma catedral”.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita