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Estudando as obras de Kardec
Ano 2 - N° 62 - 29 de Junho de 2008

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1860

(8a Parte)

Allan Kardec 

Damos continuidade ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1860. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 11 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Que dizer aos que associam os fatos espíritas ao sobrenatural e ao miraculoso?

Em oito proposições bastante claras, Kardec reafirma que os fatos espíritas, baseados numa lei da natureza, nada têm de maravilhoso ou de sobrenatural, no sentido vulgar desses vocábulos, visto que o milagre não se explica, mas os fenômenos espíritas, ao contrário, se explicam racionalmente. O milagre tem, ainda, outro caráter: o de ser insólito e isolado. Ora, desde que um fato se repete à vontade e por diversas pessoas, não pode ser um milagre, e é o que se dá com os fenômenos espíritas. (Revue Spirite, pp. 283 a 285.)

B. As manifestações espíritas podem ser comprovadas?

Segundo Kardec, os espíritas provam a realidade das manifestações "pelos fatos e pelo raciocínio". "Se não admitem nem uns, nem outro, se negam o que vêem, a eles cabe provar que o nosso raciocínio é falso e que os fatos são impossíveis", arremata o Codificador. (Obra citada, p. 295.)

C. Como Kardec, em discurso na cidade de Lyon, classificou os espíritas?

No discurso proferido em 19 de setembro de 1860 Kardec classificou os espiritistas em três categorias: os que buscam os fenômenos e se limitam a crer nas manifestações; os que nele vêem mais que os fatos e admiram sua moral, mas não a praticam; e os que admiram sua moral, a praticam e aceitam todas as suas conseqüências: os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos. (Obra citada, p. 315.)

D. Que modelo propõe Kardec no tocante às reuniões espíritas?

Lembrando que as melhores comunicações são obtidas em reuniões pouco numerosas, nas quais reina a harmonia e uma comunhão de sentimentos, ele diz que os pequenos grupos serão sempre mais homogêneos e é esse modelo que sugere. (Obra citada, pp. 316 e 317.)  

Texto para leitura

167. O dr. De Grand-Boulogne envia carta à Sociedade dizendo não ser certo considerar todos os Espíritos batedores como de uma ordem inferior, visto como ele mesmo, por meio de batidas, obteve comunicações de ordem muito elevada. Kardec responde que tiptologia é um meio de comunicação como qual­quer outro, do qual podem servir-se os mais elevados Espíritos. Entende-se por Espíritos batedores os chamados batedores profissionais. (P. 272)

168. Na sessão realizada em 24-8-1860, o Sr. Sanson agradece ao Espírito de São Luís por sua intervenção na cura instantânea de um mal na perna, que tinha resistido a todos os tratamentos e deveria levar à amputação. (P. 278)

169. Em artigo sobre o maravilhoso e o sobrenatural, Kardec analisa a questão da crítica, asseverando que a opinião de um crítico só tem valor quando ele fala com perfeito conhecimento de causa. (P. 282)

170. Em seguida, o Codificador lista 8 proposições em que reafirma que os fatos espíritas, baseados numa lei da natureza, nada têm de maravilhoso ou de sobrenatural, no sentido vulgar desses vocábulos. (P. 283)

171. O milagre não se explica; os fenômenos espíritas, ao contrário, se explicam da maneira mais racional. O milagre tem, ainda, outro caráter: o de ser insólito e isolado. Ora, desde que um fato se repete, à vontade e por di­versas pessoas, não pode ser um milagre. (P. 284)

172. De quantos gracejos não foram objeto as elevações de São Cupertino? Ora, a suspensão no ar dos corpos pesados é um fato explicado pelo Espiri­tismo, que o Sr. Home e outros repetiram várias vezes. Trata-se, pois, de um fenômeno natural, não miraculoso. (P. 285)

173. Vê-se que os fatos espíritas são contestados por certas pessoas porque parecem fugir à lei comum e porque elas não os compreendem. Dai-lhes uma base racional e a dúvida cessará. (P. 286)

174. Diz o Sr. Louis Figuier, em sua obra sobre o maravilhoso e o sobre­natural, que no século XVIII todos os olhos se abriram às luzes do bom-senso e da razão, mas o maravilhoso e os milagres resistiram. "Abundam ainda os mi­lagres", diz o Sr. Figuier. (P. 292)

175. Kardec conclui sua análise da obra do Sr. Figuier afirmando que os espíritas provam a realidade das manifestações "pelos fatos e pelo raciocí­nio". "Se não admitem nem uns, nem outro, se negam o que vêem, a eles cabe provar que o nosso raciocínio é falso e que os fatos são impossíveis", arre­mata o Codificador. (P. 295)

176. Jobard conta que o físico Thilorier, que era extremamente surdo, se havia curado com o magnetizador Lafontaine, em poucas sessões. (P. 296)

177. Kardec explica por que as comunicações relativas às pesquisas cien­tíficas têm importância secundária: todo cuidado é pouco para evitar dar pre­maturamente como verdades incontestáveis o que é ainda hipotético. (P. 298)

178. Georges (Espírito familiar) pede maior regularidade nas sessões da Sociedade, ou seja, que se evitem toda confusão, toda divergência de idéias, porque a divergência favorece a intromissão dos maus Espíritos. (P. 300)

179. Kardec responde à "Gazette de Lyon", que em 2-8-1860 fez duras crí­ticas aos espíritas, e lhe diz que o Espiritismo é inteiramente baseado no dogma da existência da alma, sua sobrevivência ao corpo, sua individualidade após a morte, sua imortalidade, as penas e as recompensas futuras. Seu obje­tivo é prová-las de maneira patente e sua moral é apenas o desenvolvimento das máximas do Cristo. (P. 308)

180. Kardec fala dos espíritas de Lyon e as conversões para o bem conseguidas, até então, pelos ensinamentos espíritas. (P. 310)

181. Concluindo sua resposta à "Gazette de Lyon", Kardec lembra que almas e Espíritos são uma única e mesma coisa. Assim, negar a existência dos Espíritos é negar a alma; admitir a alma, sua sobrevivência e individualidade, é admitir os Espíritos. Resta saber se após a morte ela pode manifestar-se, fato que os livros sagrados e os Pais da Igreja reconheciam. (N.R.: Frei Boaventura Kloppenburg também o reconhece.) (P. 311)

182. Os espíritas lioneses ofereceram em 19-9-1860 um banquete a Kardec, ocasião em que o Sr. Guillaume proferiu um belo discurso, que foi respondido pelo Codificador. (PP. 312 a 314)

183. Em seu discurso, Kardec classifica os espiritistas em 3 categorias: os que buscam os fenômenos e se limitam a crer nas manifestações; os que nele vêem mais que os fatos e admiram sua moral, mas não a praticam; e os que admiram sua moral, a praticam e aceitam todas as suas conseqüências: os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos. (P. 315)

184. Sobre as sociedades espíritas,  Kardec lembrou que as melhores comunicações são obtidas em reuniões pouco numerosas, nas quais reina a harmonia e uma comunhão de sentimentos; os pequenos grupos serão sempre mais homogêneos, e é esse modelo que ele sugere. (P. 316)

185. Não é nas grandes reuniões que os neófitos podem colher elementos de convicção, mas na intimidade. Há, pois, um duplo motivo para se preferir os pequenos grupos, que se podem multiplicar ao infinito, porque 20 grupos de dez pessoas, sem nenhuma dúvida, obterão mais e farão mais prosélitos que uma única reunião de 200 pessoas. (P. 317)

186. Sobre a identidade dos Espíritos comunicantes, Kardec ensina, como regra geral: jamais o nome é uma garantia; a única, a verdadeira garantia de superioridade é o pensamento e a maneira por que ele é expresso. (P. 318) (Continua no próximo número.) 
 

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 Revista Semanal de Divulgação Espírita