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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 61 - 22 de Junho de 2008

EDUARDO BATISTA DE OLIVEIRA
ebatistadeoliveira@ig.com.br

Juiz de Fora, Minas Gerais (Brasil)

Imagens sagradas

 
Há poucos dias, o Jornal Nacional exibiu matéria sobre um prefeito recém-empossado que teria determinado a retirada de todos os quadros e imagens sagrados dos prédios que ora se encontram sob a sua administração, inclusive das escolas públicas municipais. Chamou-nos a atenção a matéria por dois motivos: em primeiro lugar, pela atitude inusitada e por pertencer o município à nossa Zona da Mata mineira; depois, pela informação de que se trata de um “espírita”. 

Espíritas, segundo o Aurélio, “são os pertencentes ao Espiritismo, doutrina baseada na crença da sobrevivência da alma e da existência de comunicações, por meio da mediunidade, entre vivos e mortos, entre os Espíritos encarnados e os desencarnados”. Tal doutrina foi codificada por Allan Kardec, pensador francês, autor de O Livro dos Espíritos, pedra fundamental e de sustentação de todo o edifício do Espiritismo. Portanto, aquele que se diz adepto do Espiritismo deveria conduzir-se, em crença e procedimentos, de acordo com os preceitos expostos nesse livro. 

A respeito da adoração exterior, manifestada, por exemplo, pelo uso de imagens santas, Kardec esclarece que a verdadeira adoração é a do coração. Segundo ele, Deus teria preferência pelos que O adoram do fundo do coração, com sinceridade, e que tenham uma conduta condizente, em favor do bem – eis a manifestação que mais Lhe agradaria. Contudo, Kardec alerta que a adoração exterior, se não for um fingimento, também é útil. A adoração é a elevação do pensamento a Deus; se as imagens sagradas sugerem-nos essa atitude, por que condená-las? 

Considerando que essa é a posição doutrinária do Espiritismo, não tem cabimento atribuir àquele prefeito o adjetivo espírita. Afinal de contas, ele não estaria agindo conforme os ensinamentos da Doutrina. A determinação que teria tomado contraria a liberdade de consciência preconizada por Kardec. Ademais, pelos preceitos espíritas, não podemos ignorar a história de nossa sociedade, amplamente dominada pelo Catolicismo, com seus dogmas e imagens sagradas; como também não podemos impor nossas crenças, sob pena de desrespeitarmos a liberdade de consciência. A propósito, Kardec assevera que toda crença merece respeito quando é sincera e conduz à prática do bem. Constranger os homens a agir de maneira diversa ao seu modo de pensar, opondo entraves à sua liberdade de consciência, somente os tornará hipócritas. 

O que podemos e devemos é tentar conduzir para o caminho do bem e da fraternidade os que se desviaram para doutrinas perniciosas, de falsos princípios. Mas isso só será possível mediante a doçura e a persuasão, jamais pela força. A convicção não se impõe.


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita