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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 60 - 15 de Junho de 2008

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniamva@yahoo.com.br 
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Escolha o perdão
e a liberdade!

Nietzsche denunciou o problema do ressentimento nos tempos modernos. E mesmo os que consideram o seu pensar equivocado admitirão que ninguém pode alcançar a liberdade antes de ter encarado honestamente o próprio ressentimento.

No geral, a pessoa não se conscientiza do rancor e, distraída, canaliza a emoção negativa contra os outros ou contra si mesma. Além do mais, a autocomiseração é a forma “em conserva” do ódio ou do ressentimento. Pode-se, num primeiro momento, nutrir a mágoa e sentir pena de si mesmo, consolando-se com a idéia de que se está sofrendo muito, deixando de agir positivamente. Contudo, cedo ou tarde, sentir-se-á o peso da opressão, pois aquilo que não é assumido e transformado se manifestará  na forma de fracasso no trabalho e nos relacionamentos, enfermidades físicas, angústias e fobias.

Em casos graves, torna-se claro que a pessoa, acossada pela mágoa não expurgada, fez do seu ressentimento uma espécie de troféu a ser apreciado e cuidado. O que, infelizmente, não compreende é que, no final, esta emoção nociva a destruirá e seria sinal de maturidade transformá-la em emoção construtiva para avançar o passo e, com isso, expandir sua consciência. 

Em verdade, o ressentimento deveria ser usado como estímulo para a reconquista da liberdade: não se transformarão as emoções tóxicas em sadias enquanto isto não for encarado. E o primeiro passo é saber a quem se destina o ressentimento para tratar de liberar o sujeito. De que maneira? Pelo perdão, pois não há receita melhor...

Muitas pessoas podem demorar a perceber a presença do ódio em si mesmas, internalizadas nas memórias amargas, mas não há dúvida de que, com esforço, içarão formas diversas de ressentimentos.

Contudo, associado ao processo do autoconhecimento, quando um indivíduo entende que sua sombra consiste em mágoas, antigas e recentes, deve aprender a perdoar. E não há como escapar dessa exigência existencial. Os que a evitam ficam suscetíveis a doenças e vícios.

Não há dúvida: com coragem e paciência, a atitude do perdão faz com as coisas mudem, dissolvendo os resíduos da amargura e do rancor e, depois, favorecendo o surgimento do alívio e da paz interior. E a ação do perdão pode ser lenta, mas é poderosa. Ela age suavemente, dissolvendo e transformando.

Embora seja difícil, o perdão cura. Para isso, é preciso voltar-se para a dor-ressentimento para dissolvê-la neste  fármaco abençoado.

Se a dor, em certas circunstâncias, resulta da colheita obrigatória (dor-resgate), o ressentimento pode servir de bússola para a reconstrução daquilo que, no presente, ajudamos a construir para a desarmonização. Na evitação de futura dor-resgate, melhor agir segundo a instrução racional quanto às Leis que regulam as relações entre os seres e perdoar para despertar para um panorama mais sadio, pois assistido pela boa vontade e pela correção do orgulho.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita