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Estudando a série André Luiz
Ano 2 - N° 60 - 15 de Junho de 2008

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Obreiros da Vida Eterna
 
(Parte 16)

André Luiz

Damos continuidade ao estudo da obra Obreiros da Vida Eterna, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1946 pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual integra a série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. Por que motivo a desencarnação de Albina foi adiada?

R.: A decisão atendera a certa rogativa partida da própria Crosta. Assim, ao invés de auxílio para a liberação, a educadora receberia forças para demorar-se na Crosta. Mas a desencarnação de Albina não seria adiada por muito tempo, porque seu organismo físico estava gasto, e a medida destinava-se apenas a remediar difícil situação, de modo a trazer benefícios para muita gente. (Obreiros da Vida Eterna, cap. 17, pp. 259 a 264.)

B. Quem foi o autor do pedido de moratória para Albina?

R.: Foi um menino miúdo de oito anos, aproximadamente, de nome Joãozinho. Tratava-se de um menino órfão que fora abandonado à porta de Albina, logo que nasceu, e que Loide (filha da educadora) mantinha em seu lar, desde que a mãe se recolheu à cama. Apesar da prova por que passara, Joãozinho era grande e abnegado servo de Jesus, reencarnado em missão do Evangelho e tinha largos créditos na retaguarda. (Obra citada, cap. 17, pp. 264 a 266.)

C. Qual foi, em verdade, a causa da moratória de Albina?

R.: Loide estava grávida, em vésperas do parto. O bebê prestes a nascer era abençoada companheira do menino e também tinha, como ele, admirável passado de serviço à Crosta. Associados de Albina em várias missões no passado, muito cedo ser-lhe-iam continuadores na obra de educação evangélica. Como o falecimento de Albina poderia repercutir angustiosamente no organismo de Loide, prejudicando a gestação e talvez até precipitando o advento de um aborto, aí estava a verdadeira causa da moratória. (Obra citada, cap. 17, pp. 266 e 267.)

Texto para leitura

104. Um caso de moratória motivado por uma prece - Chamado à colônia, Jerônimo foi cientificado de que a irmã Albina fora autorizada a permanecer na Crosta Planetária por mais tempo, razão por que a desencarnação fora adiada "sine die". A decisão atendera a certa rogativa partida da própria Crosta. Assim, ao invés de auxílio para a liberação, a educadora receberia forças para demorar-se na Crosta. André‚ ardia de curiosidade. Quem possuía tanto poder na oração, para influenciar nas diretivas da colônia espiritual? Jerônimo esclareceu: "A medida não deve provocar admiração. Ninguém, senão Deus, detém poderes absolutos. Todos nós, no desenvolvimento das tarefas conferidas às nossas responsabilidades, experimentaremos limitações nos atributos ou no acréscimo de deveres, segundo os desígnios superiores. O futuro pode ser calculado em linhas gerais, mas não podemos prejulgar quanto ao setor da interferência divina". E acrescentou: "O Pai efetua a organização universal com independência ilimitada no campo da Sabedoria Infalível. Nós cooperamos com relativa liberdade na obra do mundo, sujeitos a necessária e esclarecedora interdependência, em virtude da imperfeição da nossa individualidade". Explicou em seguida que a desencarnação de Albina não seria adiada por muito tempo, porque seu organismo físico estava gasto, e a medida destinava-se apenas a remediar difícil situação, de modo a trazer benefícios para muita gente. "A prece, em qualquer ocasião, melhora, corrige, eleva e santifica. Mas somente quando estabelece modificação de roteiro, igual à de hoje, é que paira, acima das circunstâncias comuns, o interesse coletivo", aditou o Assistente, referindo-se à moratória concedida a Albina, que vigoraria por reduzido tempo, até que perdurasse a causa que a motivou. (Cap. 17, pp. 259 a 261)

105. Albina tem uma melhora súbita e inesperada - O ambiente no apartamento de Albina era de equilíbrio, e muito concorreu para isso o culto doméstico do Evangelho que um gracioso grupo de jovens fazia em derredor da enferma. O organismo de Albina preocupava e a zona perigosa do corpo abatido era justamente a que situava o aneurisma, provável portador da libertação. O tumor provocara a degenerescência do músculo cardíaco e ameaçava ruptura imediata. Jerônimo não perdeu tempo. Começou aplicando passes de restauração ao sistema de condução do estímulo, demorando-se, atencioso, sobre os nervos do tônus. Em seguida, forneceu certa quantidade de forças ao pericárdio, bem como às estrias tendinosas, assegurando a resistência do órgão. Logo após, magnetizou, longamente, a zona em que se localizava o tumor bastante desenvolvido, isolando certos complexos celulares, e esclareceu: "Poderemos confiar em grande melhora, que persistirá  por alguns meses". De fato; finda a complexa operação magnética, o coração doente funcionava com diferente equilíbrio. As válvulas cardíacas passaram a denotar regularidade. Cessou a aflição, o que foi atribuído ao efeito da prece. Quem assim pensava, tinha realmente razões ponderosas... Albina sentiu-se reconfortada, mais calma. Fitando, comovida, as discípulas que se achavam presentes em afetuosa homenagem a ela, falou, satisfeita: "Como me sinto melhor! motivos fortes possuía o apóstolo Tiago, recomendando a prece aos enfermos!" As alunas e filhas riram-se de contentamento e ergueram, em seguida, formosa oração de agradecimento ao Senhor, emocionando a André‚ e Jerônimo. Daí a pouco, contrariando a expectativa geral, Albina aceitou o oferecimento de um caldo confortante, o que prenunciava uma melhora sensível da enferma. Todos estavam alegres. Algum tempo mais tarde, as discípulas da educadora se retiraram e ficaram no quarto apenas mãe e filhas, junto de outros amigos espirituais que se dedicavam à tarefa de auxílio. (Cap. 17, pp. 262 a 264)

106. O caso Joãozinho - Processavam-se com extremado carinho os serviços de assistência, quando cavalheiro bem-posto deu entrada no recinto, conduzindo um menino miúdo de oito anos, aproximadamente. O pequeno cumprimentou as senhoras e voltou-se para Albina, beijando-lhe a destra com indescritível ternura. Era ele o autor da rogativa que modificara os planos da colônia espiritual, com relação a desencarnação de Albina. Joãozinho não era neto consangüíneo da doente, embora assim se considerasse. Era um menino órfão que fora abandonado à porta de Albina, logo que nasceu, e que Loide (filha da educadora) mantinha em seu lar, desde que a mãe se recolheu à cama. Apesar da prova, Joãozinho era grande e abnegado servo de Jesus, reencarnado em missão do Evangelho. Tinha largos créditos na retaguarda. Ligado à família de Albina há  alguns séculos, tornara ao seio de criaturas muito amadas, a caminho do serviço apostólico do porvir. André‚ passou a observar o diálogo entre a enferma e o menino. "Tenho passado mal, meu filho", desabafou a respeitável senhora. "Oh! vovó! – disse-lhe o menino – tenho rezado sempre para que a senhora fique boa, depressa". O diálogo era de encantadora suavidade. Albina disse a Joãozinho ter saudade de seus hinos na escola e pediu-lhe que cantasse para ela, indicando, a pedido dele, o hino "Jesus, sendo meu", antiga e delicada canção das igrejas evangélicas. O menino expressava-se em voz tão dorida que o hino parecia amarguroso lamento. Finda a primeira quadra, esforçou-se para continuar, mas não conseguiu. Profunda emoção sufocou-lhe a garganta, as lágrimas afloraram espontâneas, e ele, atirando-se nos braços da doente, gritou, com força:  "Não, vovó, não! a senhora não pode ir agora para o Céu!  não pode!  Deus não deixará!..." A enferma recolheu-o, carinhosa, feliz. "Que é isto, João?" – perguntou, buscando sorrir. André‚ Luiz, observando a si mesmo, reconheceu que ele também chorava, enquanto Jerônimo, rindo-se, bondoso, reafirmou:  "O menino tem razão. Albina não irá  mesmo desta vez..." (Cap. 17, pp. 264 a 266)

107. Decifrado o mistério da moratória - Jerônimo perguntou a André se ele havia notado alguma coisa de particular em Loide (filha de Albina). André respondeu-lhe sem hesitar: "Reparo que aguarda alguém;  uma filhinha que já  entrevimos... Desde o primeiro encontro, verifiquei que está  em período ativo de maternidade, em vésperas da delivrança". O Assistente explicou então o mistério que tanta curiosidade despertara em André, mostrando a ligação que havia entre a prece de João e o bebê prestes a nascer. "A menina, em processo reencarnacionista, é-lhe abençoada companheira de muitos séculos. Ambos possuem – afirmou Jerônimo – admirável passado de serviço à Crosta Planetária e escolheram nova tarefa com plena consciência do dever a cumprir. Foram associados de Albina em várias missões e, muito cedo, ser-lhe-ão continuadores na obra de educação evangélica". O Assistente esclareceu que não se tratava de Espíritos purificados, redimidos, mas trabalhadores valiosos, com suficiente crédito moral para a obtenção de oportunidades mais altas. "Apesar da condição infantil, o servo reencarnado, pelas ricas percepções que o caracterizam fora da esfera física, recebeu conhecimento da morte próxima de nossa venerável irmã. Compreendeu, de antemão, que o fato repercutiria angustiosamente no organismo de Loide, compelindo-a talvez a claudicar no trabalho gestatório, em andamento", informou Jerônimo. "A carga de dor moral conduzi-la-ia efetivamente ao aborto, imprimindo profundas transformações no rumo do serviço de que João é feliz  portador. Socorreu-se, então, de todos os valores intercessórios, nos instantes em que sua alma lúcida pode operar na ausência da instrumentalidade grosseira, que triunfou com as súplicas insistentes, obtendo reduzida dilatação de prazo para a desencarnação de Albina" – concluiu o abnegado benfeitor espiritual. (Cap. 17, pp. 266 e 267) (Continua no próximo número.)  
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita