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Estudando as obras de Kardec
Ano 2 - N° 59 - 8 de Junho de 2008

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1860

(5a Parte)

Allan Kardec 

Damos continuidade ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1860. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 11 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. É verdade que Kardec também enfrentou um caso de mistificação?

Sim. Em plena reunião da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, presidida por Kardec, um Espírito impostor falou como se fosse São Luís. O Codificador percebeu o fato e pediu explicação para tal ocorrência. São Luís, na sessão seguinte, explicou o ocorrido. "Tu te admiras do que se passou”, disse-lhe São Luís. “Mas examinaste bem o rosto dos que te escutam, quando fazes essa invocação? Mais de uma vez não viste o sorriso de sarcasmo em certos lábios?" E advertiu: "É por isso que vos digo que não recebais o primeiro que vier; evitai os curiosos e os que não vêm para se instruírem". O fato mostra como a prudência e a seriedade são essenciais à eficácia das sessões mediúnicas. (Revue Spirite de 1860, pp. 172 e 173.)

B. Ao conversar com a alma de um jovem idiota ainda encarnado, que lições extraiu Kardec?

O jovem se chamava Charles de Saint-G..., contava 13 anos de idade e suas faculdades intelectuais eram de uma tal nulidade que nem conhecia os pais. Na conversa com Kardec ele mostrou, porém, que tinha consciência do seu estado e sabia por que nascera assim. "Sou um pobre Espírito ligado à terra, como uma ave por um pé." Comentando o caso, Kardec diz que a imperfeição dos órgãos é apenas um obs­táculo à livre manifestação das faculdades, mas não as aniquila, o que mostra que as crianças que chamamos de excepcionais ou especiais, embora muitas vezes não possam manifestar-se, têm ciência do que ocorre ao seu lado. (Obra citada, pp. 181 a 183.)

C. Todos os médiuns estão sujeitos a serem enganados pelos Espíritos?

Segundo a médium Sra. Duret, são poucos os médiuns que não o são. Ela mesma reconheceu, depois de desencarnar, que havia sido enganada mais de uma vez, o que Francisco Cândido Xavier também admitiu haver enfrentado. Esse fato, diz a Sra. Duret, depende muito do médium e daquele que interroga, e a primeira condição para isso é não atrair os maus Espíritos por sua fraqueza ou por seus defeitos. (Obra citada, pp. 183 e 184.)

D. Que defeitos do médium mais acesso dão aos maus Espíritos?

Os defeitos que dão mais acesso aos maus Espíritos são o orgulho e a inveja. Num médium em que haja orgulho, inveja e pouca ca­ridade há mais chances de ser enganado. (Obra citada, pp. 186 e 187.) 

Texto para leitura

101. São Luís diz: Sede muito prudentes no que respeita a teorias cien­tíficas, pois é aí sobretudo que deveis temer os Espí­ritos impostores e os pseudo-sábios. Tratai, sobretudo, de vossa melhora. É o essencial. (P. 171)

102. Kardec pede a São Luís que explique por que na semana anterior ele deixou que um Espírito impostor falasse em seu nome, embora estivesse pre­sente. A resposta faz-nos pensar e merece ser meditada. (PP. 172 e 173)

103. São Luís lhe diz: "Tu te admiras do que se passou. Mas examinaste bem o rosto dos que te escutam, quando fazes essa invocação? Mais de uma vez não viste o sorriso de sarcasmo em certos lábios?" E adverte: "É por isso que vos digo que não recebais o primeiro que vier; evitai os curiosos e os que não vêm para se instruírem". (P. 173)

104. Kardec diz que o Espiritismo encontrou desde o princípio grande oposição na Inglaterra, e atribui o fato à influência das idéias religiosas de certas seitas, aferradas mais à letra que ao espírito de seus dogmas. A Doutrina Espírita pareceu-lhes contrária às suas crenças. (PP. 175 e 176)

105. Passado algum tempo, vendo que as idéias espíritas têm sua fonte nas idéias cristãs, nada mais se opôs ao progresso das idéias novas, que se propagam naquele país com rapidez admirável, o que deu surgimento ao perió­dico mensal "The Spiritual Magazine", lançado em maio de 1860. (P. 176)

106. Em seguida, Kardec transcreve do citado jornal inglês um curioso artigo assinado por S.C. Hall relatando fatos espíritas ocorridos em 1820, no litoral francês, muito parecidos com os das irmãs Fox. (PP. 176 e 177)

107. Uma noite, quando as batidas se fizeram, como era comum naquela casa, alguém teve a idéia de perguntar: "Se és um Espírito, bate seis panca­das" e imediatamente os seis golpes foram ouvidos. (P. 178)

108. Um dia, além das batidas, todos ouviram uma voz humana: era o Espí­rito que cantava quando eles, encarnados, também cantavam. Depois, a voz pas­sou a falar-lhes em francês e o Espírito disse chamar-se Gaspard. (P. 178)

109. De Marselha chegou a Kardec a notícia de um rapaz falecido há oito meses que, evocado pela família, costuma comunicar-se com o auxílio de uma cesta. Cada vez que ele aparece, um cãozinho, de que ele gostava muito, salta sobre a mesa e se põe a cheirar a cesta, soltando ganidos. (PP. 179 e 180)

110. Charlet explica que o cão é dotado de uma organização muito parti­cular. Ele compreende o homem, sente-o e segue-o em todas as suas ações com a curiosidade de uma criança. (P. 180)

111. O Espírito de Georges informa que, por suas fibras nervosas, o cão é posto em relação direta com os Espíritos, quase tanto quanto com os homens. O cão percebe as aparições; dá-se conta da diferença existente entre elas e as coisas terrenas, e lhes tem muito medo. (P. 181)

112. Kardec evoca Charles de Saint-G..., um jovem idiota, de 13 anos, ainda encarnado, cujas faculdades intelectuais são de uma tal nulidade que nem conhece os pais. (P. 181)

113. Charles tem consciência do seu estado e sabe por que nasceu assim. "Sou um pobre Espírito ligado à terra, como uma ave por um pé", definiu ele.  Kardec, comentando o caso, diz que a imperfeição dos órgãos é apenas um obs­táculo à livre manifestação das faculdades; não as aniquila. (PP. 182 e 183)

114. A médium sra. Duret, desencarnada em maio, evocada por Kardec, diz-lhe que fora muitas vezes enganada pelos Espíritos e que há poucos médiuns que não o são mais ou menos. (P. 183)

115. Tal fato, diz ela, depende muito do médium e daquele que interroga, quer dizer, é sempre possível preservar-se dos maus Espíritos. E a primeira condição para isso é não os atrair pela fraqueza ou pelos defeitos. (P. 184)

116. Falando sobre obsessão, a sra. Duret diz que a morte não liberta o homem da obsessão dos maus Espíritos, que continuam a persegui-lo. (P. 185)

117. As comunicações espíritas são tanto mais seguras quanto mais sérias as qualidades do médium. Os defeitos que dão mais acesso aos maus Espíritos são o orgulho e a inveja. Num médium em que haja orgulho, inveja e pouca ca­ridade há mais chances de ser enganado. (PP. 186 e 187)

118. Kardec é peremptório: Todo conselho ditado ou todo sentimento ins­pirado que reflita o menor pensamento mau, é, por isso mesmo, de origem sus­peita, sejam quais forem as qualidades do estilo. (P. 187)

119. A sra. Duret disse que também os médiuns videntes podem ser engana­dos pelos Espíritos, quando não inspirados por Deus. (P. 187)

120. A médium, falando de sua desencarnação, disse que a partir da ago­nia perdera a consciência de si mesma, fato que perdurou por cerca de 15 a 18 horas e varia de pessoa a pessoa. (P. 188)

121. Os Espíritos que ela evocara em vida foram revê-la, o que a tocou muito. A sra. Duret exclamou então: "Se soubésseis como é agradável reencon­trar os amigos neste mundo!" (P. 189)

122. O mundo dos Espíritos lhe pareceu, então, uma coisa nova, fato que, apesar de surpreendente, é muito comum e Kardec explica. (P. 189) (Continua no próximo número.) 


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