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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 2 - N° 59 - 8 de Junho de 2008

 

  O esquilo fujão

 

Numa clareira da floresta, habitava uma família de esquilos que vivia em paz e harmonia. 

A pequena família era constituída do papai Esquilão, da mamãe Esquila e de um casal de filhotes muito obedientes. Todos se estimavam sinceramente, pois entre eles havia compreensão e amizade. 

Enquanto papai Esquilão saía em busca do sustento da família, mamãe Esquila permanecia em casa cuidando dos filhos e dos afazeres domésticos. 

Certo dia, Esquila descobriu que ia ser mãe novamente. Todos ficaram muito felizes. Afinal, as crianças estavam crescidinhas e um bebê fazia falta em casa.

Dentro de pouco tempo, a família aumentou. Era um lindo filhotinho! 

O filhote crescia rápido e se tornava cada vez mais exigente. A pequena família vivia em função dele, fazendo-lhe todas as vontades. 

Mas nem tudo podia ser permitido! E cada vez que sua mãe o repreendia, ele ficava revoltado e infeliz. 

Com o passar do tempo, começou a achar que ninguém o amava. Sempre viviam ralhando com ele: “Não faça isso, Esquilino! Não faça aquilo! Arrume suas coisas!” 

Um dia, cansado de tudo, sentindo-se muito triste, foi embora resolvido a viver livre na floresta. Sua mãe sempre o alertara para os perigos que encontraria, mas ele nunca se importou. O pai também jamais permitira que ele se internasse na mata sozinho preocupado com sua segurança. Agora, no entanto, ele estava livre e não precisava obedecer a ordens de ninguém. 

— Ufa! Afinal vou levar a vida que sempre desejei. Já sou bastante crescido para cuidar de mim mesmo! — pensou. 

 Andou bastante pela floresta, satisfeito da vida. 

Aos poucos foi escurecendo e o pequeno esquilo não tinha encontrado ainda local onde pudesse se abrigar. Os ruídos da mata o assustavam e ele desejou estar ao lado de sua mamãe, sempre tão amorosa. 

Mas agora estava perdido. Não sabia mais voltar. E, além de tudo, estava com uma fome terrível! 

A escuridão foi ficando cada vez maior e mais apavorante.  

Cansado de tanto andar, Esquilino aninhou-se no tronco de uma grande árvore e adormeceu depois de muito chorar. 

De manhãzinha, acordou ouvindo o ruído de folhas secas. Alguém se aproximava. Levantou-se rápido. Quem sabe era alguém que poderia ajudá-lo? 

Era um lobo enorme e ameaçador! 

Quando o lobo uivou, arregaçando os dentes perigosamente, o esquilinho saiu em grande disparada. 

Ao perceber que não estava mais ao alcance do lobo, parou para descansar. 
 

— Ufa! Que sufoco! — disse mais aliviado. 

Nisso, ouviu um ruído estranho, como se fossem guizos. Olhou para o chão e se deparou com uma enorme cobra pronta para dar o bote. 

Apavorado, fugiu novamente tão rápido quanto lhe permitiam as pernas. 

Com o coração aos saltos e a respiração ofegante,  parou  junto  a  uma  árvore. Suas  pernas  estavambambas! Encostou-se nela para recuperar o fôlego, quando escutou um zumbido diferente. 

O que seria? Olhou para o lado e percebeu que quase tocara num grande cacho de abelhas. E elas pareciam realmente enfezadas! 

Reunindo as forças, fugiu de novo procurando escapar do enxame que vinha em sua direção. 

Olhando para trás, não viu um riacho logo à sua frente. Caiu dentro dele, ficando todo molhado. 

Felizmente, as abelhas o perderam de vista e Esquilino pôde sair da água tranqüilamente. 

Olhando em volta, reconheceu o lugar. Sim! Estava próximo de casa! 

Mais confiante, tomou uma pequena trilha e em poucos minutos chegou à clareira onde residia. 

Todos ficaram felizes e aliviados com sua volta e o abraçaram e beijaram repetidas vezes.

Mais refeito, após se alimentar convenientemente, Esquilino disse à sua mãe: 

— Sabe, mamãe, descobri que nada é melhor do que o lar da gente! Pensei que não me amassem, porque viviam me repreendendo. Agora, sei que é justamente por me amarem muito que agiam assim. Passei por muitos perigos, sentindo-me só e desamparado. Apenas aqui, junto de vocês, estou seguro e tranqüilo.

E a mamãe, com lágrimas nos olhos, afirmou risonha:

— É verdade, meu filho. Nada como o amor da família. Porém, jamais esteve desamparado. Deus velava por você e o trouxe são e salvo para o nosso convívio.

E Esquilino, baixando a cabeça, disse comovido:

— Obrigado, meu Deus, pela família maravilhosa que o Senhor me concedeu!

                                                                 Tia Célia
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita