WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Brasil
Ano 2 - N° 58 - 1° de Junho de 2008

MARIÂNGELA CAZETTA
marcazetta@hotmail.com
Votuporanga, São Paulo (Brasil)


Encontro em São Paulo discute a situação do livro espírita

 

 

Com a realização de um seminário sobre o Livro Espírita, realizado em 25 de maio último, em sua sede, na Rua Dr. Gabriel Piza, 433, Santana, a USE São Paulo reuniu cerca de 50 pessoas para dar início a um debate que envolve a qualidade das obras espíritas que estão sendo lançadas no mercado, a necessidade de análise antes de disponibilizá-las aos freqüentadores da Casa Espírita, a importância do estudo contínuo das obras de Allan Kardec e, ainda, lançou um olhar crítico sobre a literatura espírita infantil e o papel das instituições espíritas na formação de novos leitores.

 

Foram debatedores Jéferson Betarello, escritor e ex-diretor do Departamento do Livro na USE SP, e Martha Rios Guimarães, jornalista e diretora de Infância na USE SP.

 

A primeira parte do evento foi destinada a reflexões sobre a Literatura Espírita Infantil, assunto explanado pela jornalista e educadora Martha Rios Guimarães , que deu  início   à  sua   exposição  citando  os
principais obstáculos à formação de novos leitores: alto preço dos livros, o baixo nível de ensino no país resultando, segundo   o   IBGE,  em  apenas  25%  de

Aspecto parcial do público

Martha Rios (ao centro, no microfone) foi
um dos debatedores do encontro

Crianças que participam do Projeto Sopa
de Letrinhas, que incentiva a leitura

pessoas entre 15 e 62 anos com total domínio da leitura e a falta de estímulo à formação de novos leitores.

 

Dicas para estimular a leitura

 

São os adultos os principais responsáveis pelo contato da criança com o livro, porém, se eles próprios não são exemplo de leitura, como exigir que os pequenos leiam?”, questionou Martha, lembrando que cabe aos adultos tornar a leitura um ato de prazer para, assim, despertar interesse e formar novos leitores.

Nesse módulo, a expositora também demonstrou os benefícios proporcionados pela leitura, afirmou que há uma grande carência de livros espíritas infantis de boa qualidade e, finalizando, deu dicas para estimular a leitura e avaliar as obras, adequando-as às faixas etárias dos leitores mirins. Entre as idéias que existem com esse propósito, mencionou o Projeto “Sopa de Letrinhas”, que ela mesma mantém no Centro Espírita Gabriel Ferreira, no qual as crianças mais assíduas na leitura leram, juntas, 375 obras (foto).

Jéferson Betarello, escritor e grande estudioso das obras espíritas, comandou o segundo bloco do evento destacando a riqueza de informações disponíveis na coleção da Revista Espírita, editada por Allan Kardec entre 1858 e 1869. “A coleção da Revista Espírita é, na verdade, obra básica de estudo do Espiritismo e não obra complementar”, defendeu Betarello, frisando que em suas páginas encontramos a história da Doutrina que estava nascendo.

 

Carência de bons romances espíritas

 

Ao falar da importante publicação, o expositor proporcionou uma viagem pelos pensamentos do Codificador sobre o movimento espírita e sobre o próprio Espiritismo, explicitando que apenas com o estudo das obras kardequianas teremos condições de avaliar os livros espíritas disponíveis no mercado. 

 

No final, Jéferson defendeu a reedição da obra kardequiana, com atualização de vocabulário e notas de rodapé que facilitem o entendimento dos leitores, e lembrou que há carência de bons romances espíritas – gênero muito procurado pelos que se iniciam na Doutrina e, também, pelos não-espíritas.


Além da qualidade de informações e dos debates proporcionados, o seminário deixou evidente que as lideranças espíritas necessitam manter as discussões sobre a qualidade do Livro Espírita e que as instituições necessitam se responsabilizar pela divulgação da boa obra doutrinária, disponibilizando títulos que estejam de acordo com a base doutrinária e não vendo o livro apenas como fonte de renda, mas, acima de tudo, como um dos mais importantes canais de divulgação da Doutrina Espírita.
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita