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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 54 - 4 de Maio de 2008

JOSÉ ANTÔNIO V. DE PAULA
depaulajose@hotmail.com
Cambé, Paraná (Brasil)
 

Ivan de Albuquerque, exemplo para a juventude cristã


No dia 5 de abril do ano de 1946, desencarnava, aos 28 anos de idade, aquele que se tornou o exemplo para a mocidade espírita do Brasil e para todos os jovens cristãos de qualquer religião, Ivan de Albuquerque.

Nascido em uma fazenda, no município de Brotas, no ano de 1918, aos 19 anos já proferia a sua primeira palestra espírita em um bairro de Pinheiros, na cidade de São Paulo.

No dia 12 de maio de 1940, fundou uma juventude espírita, na cidade de Araçatuba, fazendo o mesmo mais tarde na cidade de São Paulo.

No dia 5 de abril de 1986, quando o movimento espírita brasileiro celebrava 40 anos de sua desencarnação, seu irmão, Dr. Ciro de Albuquerque, hoje já na pátria espiritual, concedeu-nos (para o jornal O Imortal, de Cambé) uma belíssima entrevista sobre esse Espírito de escol.

Contou-nos, na oportunidade, Dr. Ciro:

– Quando estávamos nos formando no curso ginasial, e já prestes a escolher a profissão que deveríamos seguir, nosso pai atravessava uma fase financeira muito difícil. Foi quando o Ivan me disse: – “Olha, Ciro, você que já está mais adiantado nos estudos deve continuar. Papai não tem recursos para nos sustentar, e já seria um sacrifício muito grande ele sustentá-lo em uma escola superior, portanto, eu vou procurar um emprego. Tenho alguma experiência de assistência em enfermaria e irei para São Paulo, enquanto você irá para Piracicaba estudar Agronomia na Faculdade Luiz de Queiroz, como você deseja”.

– E assim aconteceu, eu fui para Piracicaba e ele para São Paulo, onde logo arrumou um emprego no Sanatório Esperança, à Rua dos Ingleses, Sanatório este muito famoso na época, pelo excelente quadro de cirurgiões que o compunha.

Ivan, sempre com aquele temperamento solidário que lhe era característico, logo se tornou um enfermeiro muito querido. Ele não saía, não gostava de diversões; a diversão dele era conversar com os doentes, consolá-los, ou mesmo trocar idéias.

Um dia, Dr. Júlio Prestes de Albuquerque – ex-governador do Estado de São Paulo, ex-líder da Câmara Federal, e candidato eleito à Presidência da República no ano em que Getúlio Vargas subiu ao poder – teve um problema renal, tendo sido internado naquele Hospital, ficando também   sob os cuidados do Ivan.

Em pouco tempo, notando que Ivan dispensava a ele as mesmas atenções que ele usava no tratamento para com todos, lhe disse:

– Ivan! Eu queria lhe fazer uma indagação! Você também é da família Albuquerque. Será que nós não somos parentes?

Então, Ivan lhe disse:

– Olha, Dr. Júlio Prestes, seria uma honra para mim, um privilégio. Mas a minha família é de Brotas e a do Senhor é de Itapetininga. Assim, não vejo, no momento, um laço maior de parentesco, o qual muito me honraria.

Em seguida, Dr. Júlio voltou-se para Ivan e lhe disse:

– Ivan, a vida é mãe e mestra, e nós estamos aprendendo sempre. Se, há alguns anos atrás, ocorresse uma circunstância em que um enfermeiro invocasse razões de parentesco comigo, muito pouca atenção eu lhe daria, pois naquela época eu me sentia como uma árvore fecunda que dava sombras aos viandantes, que dava frutos, e que oferecia meus galhos para que os pássaros fizessem seus ninhos. Nessa época eu estava embevecido com as ilusões da vida. Mas, hoje, eu sou um homem vivido e sofrido, e aquela árvore fecunda do passado transformou-se em uma árvore seca que não dá mais frutos, e que nem serve mais de pouso para que os pássaros façam seus ninhos.

“No entanto, hoje, Ivan, eu tenho condições de avaliar as qualidades que exornam um moço como você, que está aqui, na flor da juventude, esquecido dos prazeres do mundo, para se reportar desta forma como você tem feito, aos internos deste Hospital. Hoje, Ivan, esteja certo de uma coisa, eu é que me sentiria honrado em ser seu parente.”
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita