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Clássicos do Espiritismo
Ano 2 - N° 54 - 4 de Maio de 2008

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

O Fenômeno Espírita
 
(3a
Parte)
 
Gabriel Delanne
 

Continuamos o estudo do clássico O Fenômeno Espírita, de Gabriel Delanne, conforme o texto da 4a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira com base em tradução de Francisco Raymundo Ewerton Quadros. O estudo será aqui apresentado em 12 partes.

Questões preliminares  

A. Que repercussão teve na França o surgimento de “O Livro dos Espíritos”?

R.: No ano em que surgiu, “O Livro dos Espíritos” atiçou uma verdadeira guerra de palavras e o público soube, com espanto, que o que tinha sido considerado até então como distração encerrava as mais profundas deduções filosóficas. De todas as partes elevou-se uma gritaria contra Kardec. Jornais, revistas e academias protestaram e duas correntes de opiniões se formaram nitidamente. Para uns, o fenômeno não tinha nenhuma realidade. Para outros, os deslocamentos da mesa e suas respostas eram devidos a uma ação magnética, sem participação de Espíritos. Os filósofos espiritualistas concluíram a favor das comunicações das almas de pessoas falecidas, enquanto os religiosos atribuíam os fatos a Satanás. (O Fenômeno Espírita, págs. 39 a 41.)

B. Como estava em 1893, quando da elaboração deste livro, o movimento espírita na Europa?

R.: Na França, o movimento espírita estava mais florescente do que nunca. Existia em Paris regular quantidade de pequenos Centros espíritas, e duas Sociedades abriam suas portas ao público: a Federação Espírita e a Sociedade de Espiritismo Científico. As principais cidades da França contavam com uma organização de propaganda bem estabelecida e havia diversos jornais espíritas, dentre eles a “Revista Espírita”. Na Alemanha, se destacavam os trabalhos do Dr. Kerner e as experiências realizadas pelo célebre astrônomo Zöllner, professor na Universidade de Leipzig, com o médium Slade. Outras sumidades do campo científico que aderiram ao Espiritismo são mencionadas por Delanne: o professor Butlerof e o conselheiro Alexander Aksakof, ambos da Rússia, e os professores Ercole Chiaia e Lombroso, da Itália. A Bélgica foi descrita por Delanne como tendo um movimento espírita ardente e organizado como na França; mas era na Espanha onde havia um número de espíritas proporcionalmente maior do que em qualquer outro lugar e onde existiam jornais e Sociedades espíritas bem organizadas em todas as cidades importantes. (Obra citada, págs. 42 a 47.)

C. Delanne referiu-se também, em seu livro, ao movimento espírita na América latina?

R.: Sim. Disse ele que o Espiritismo possuía, então, partidários convictos em todo o mundo. E relacionou diversos periódicos publicados na América latina, como as revistas “Reformador”, do Rio de Janeiro, e “Constancia”, de Buenos Aires. Segundo ele, o estado do Paraná possuía à época três periódicos espíritas. (Obra citada, p. 47.) 

D. Que razões, na opinião de Delanne, nos levam a crer que os fatos espíritas não são produto de fraude ou de ilusão?

R.: As razões apresentadas por Delanne são estas: 1a. porque eles têm sido estudados por sábios eminentes, aptos para se pronunciarem, com conhecimento de causa, sobre a validade das experiências; 2a. porque as experiências têm sido analisadas, grande número de vezes, por observadores independentes, céticos a princípio, e o resultado obtido tem sido idêntico em todos os países; 3a. porque esses fenômenos oferecem, em todas as latitudes, os mesmos caracteres fundamentais, donde resulta que são devidos à mesma causa; 4a. porque, enfim, esses fenômenos e sua autenticidade são tais que é impossível negá-los sem um exame aprofundado.  (Obra citada, págs. 48 a 54.) 

Texto para leitura

34. A luta na Inglaterra contra o Espiritismo não foi menos vivaz que nos Estados Unidos, mas os convertidos não recearam dar afirmação nítida e franca de sua mudança de idéias. Curiosamente, um dos céticos mais tenazes, que fizera grande campanha contra a nova doutrina, acabou convertendo-se, depois de quinze anos: O dr. Georges Sexton. (P. 37)

35. Dez anos antes desta obra de Delanne, uma agremiação intitulada “Society for Psychical Research” abriu um grande inquérito sobre as aparições. A Sociedade publicou regularmente o relatório de seus trabalhos nos “Proceedings”, e editou um livro: “Phantasms of the Living”, que relata mais de 200 casos de aparições bem averiguadas. (PP. 37 e 38)

36. A notícia dos fenômenos misteriosos que se produziam na América suscitou na França viva curiosidade e, em pouco tempo, a experiência das mesas girantes atingiu um grau extraordinário. (P. 38)

37. Em 1857, o Barão de Guldenstubbé publicou um livro, “La Réalité des Esprits”, onde se encontram relatadas as primeiras experiências de escrita direta obtidas na França. O livro não teve, porém, grande sucesso. (PP. 38 e 39)

38. Quando surgiu, no mesmo ano, “O Livro dos Espíritos”, de Kardec, essa publicação atiçou a guerra, e o público soube, com espanto, que o que tinha sido considerado até então como distração encerrava as mais profundas deduções filosóficas. (P. 39)

39. De todas as partes elevou-se uma gritaria contra Kardec. Jornais, revistas e academias protestaram, mas, honra seja feita, não se viram na França as cenas de violência que tinham acolhido o Espiritismo na América. (P. 39)

40. Duas correntes de opiniões se formaram nitidamente. Para uns, o fenômeno não tinha nenhuma realidade. Tal foi a opinião da Academia e dos srs. Babinet e Chevreul. Para outros, os deslocamentos da mesa e suas respostas eram devidos a uma ação magnética, sem participação de Espíritos. (P. 39)

41. As pesquisas levaram grande número de experimentadores a concluir que, nos movimentos das mesas, havia algo mais que pura ação física. Admitiu-se, então, a existência de forças psíquicas que poderiam agir sobre a matéria e dois horizontes se descortinaram. Os filósofos espiritualistas concluíram a favor das comunicações das almas de pessoas falecidas, enquanto os religiosos atribuíam os fatos a Satanás. (P. 40)

42. Auguste Vacquerie relatou,  então, as experiências que fez em companhia da  sra. de Girardin em casa de Victor Hugo, em Jersey, atestando, no seu depoimento, sua crença nos Espíritos batedores. (P. 41)

43. Delanne menciona declarações pró-Espiritismo de Victor Hugo, Victorien Sardou e Eugène Bonnemère e diz que Camille Flammarion, Théophile Gautier , Maurice Lachâtre e dr. Paul Gibier foram espíritas. (PP. 41 e 42)

44. O movimento estava então, na França,  mais florescente do que nunca. (N.R.: Este livro é de 1893.) (P. 42)

45. Existia em Paris regular quantidade de pequenos Centros espíritas e duas Sociedades abriam suas portas ao público: a Federação Espírita e a Sociedade de Espiritismo Científico. As principais cidades da França contavam com uma organização de propaganda bem estabelecida e havia diversos jornais espíritas, dentre eles a “Revista Espírita”. A recrudescência do movimento Delanne atribui ao Congresso Espírita de Paris, realizado em 1889. (P. 43)

46. Na Alemanha, Delanne cita os trabalhos do dr. Kerner, que foi levado a constatar fenômenos espíritas em 1840, ao ministrar seus cuidados à sra. Hauffe, mais conhecida sob o nome de Vidente de Prévorst. (PP. 43 e 44)

47. No mesmo país destacam-se as experiências realizadas pelo célebre astrônomo Zöllner, professor na Universidade de Leipzig, com o médium Slade. O famoso astrônomo relata em sua obra o curioso fenômeno de penetração de uma matéria por outra matéria, pela ação de inteligências desencarnadas, imaginando para tanto a existência de uma quarta dimensão da matéria. Seu testemunho foi confirmado por Fechner, pelo professor Ulrici e pelo célebre fisiologista Weber. (P. 44)

48. Outras sumidades do campo científico, que aderiram ao Espiritismo, são mencionadas, a seguir, por Delanne: o professor Butlerof e o conselheiro Alexander Aksakof, ambos da Rússia;  e os professores Ercole Chiaia e Lombroso, da Itália, devendo notar-se que em 1893, ano desta obra, Lombroso não havia ainda aderido às teses espíritas. (PP. 45 e 46)

49. A Bélgica é descrita por Delanne como tendo um movimento espírita ardente e organizado como na França; mas é a Espanha que o autor considera como sendo o país onde o número de espíritas é, proporcionalmente, maior que em qualquer outro lugar, e onde existiam jornais e Sociedades espíritas bem organizadas em todas as cidades importantes. (P. 46)

50. Pode-se dizer – afirma Delanne – que o Espiritismo possui partidários convictos em todo o mundo. E relaciona diversos periódicos publicados na América latina, como as revistas “Reformador”, do Rio de Janeiro, e “Constancia”, de Buenos Aires. Segundo ele, o Paraná possuía à época três periódicos espíritas. (P. 47)

51. Concluindo, diz ele que, como foi visto, milhões de pessoas adotam as crenças espíritas. O movimento nascido na América em 1848 propagou-se, pois, com inaudita rapidez, e 150 jornais ou revistas instruem o público sobre as teorias novas. Delanne arrola, então, as quatro razões pelas quais é impossível que os fatos espíritas sejam resultado de fraude ou de ilusão:

1a. porque eles têm sido estudados por sábios eminentes, aptos para se pronunciarem, com conhecimento de causa, sobre a validade das experiências;

2a. porque as experiências têm sido analisadas, grande número de vezes, por observadores independentes, céticos a princípio, e o resultado obtido tem sido idêntico em todos os países;

3a. porque esses fenômenos oferecem, em todas as latitudes, os mesmos caracteres fundamentais, donde resulta que são devidos à mesma causa;

4a. porque, enfim, esses fenômenos e sua autenticidade são tais que é impossível negá-los sem um exame aprofundado.  (PP. 48 e 49)

52. As experiências da sra. de Girardin em casa de Victor Hugo, em Jersey, são descritas por Delanne, conforme relato de Auguste Vacquerie em seu livro “Les Miettes de l’Histoire”. (PP. 51 a 54) (Continua na próxima edição.)
 


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