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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 53 - 27 de Abril de 2008

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)


Nadismo e vida futura

 “Uma sociedade fundada sobre o nadismo traria em si o gérmen de sua própria dissolução.” (Allan Kardec) 


Doutrinas anti-reencarnacionistas e nadismo são gêmeos univitelinos, vez que elas levam às mesmas conseqüências, ou seja: ao estuário do materialismo...

Essas doutrinas, além de anular a preexistência da alma, causam a paralisia do progresso humano, porque circunscreve as vistas do homem ao imperceptível ponto da presente existência, restringindo-lhe as idéias e concentrando-as forçosamente na vida material.

Segundo Kardec (1), tais doutrinas, que ainda embalam a mente de muitas criaturas que não têm “olhos de ver e ouvidos de ouvir”, pregam que o homem nada sendo antes, nem depois, cessando com a vida todas as relações sociais, a solidariedade é vã palavra; a fraternidade, uma teoria sem base; a abnegação em favor de outrem, mero embuste; o egoísmo, com a sua máxima — cada um por si —, um direito natural; a vingança, um ato de razão; a felicidade, privilégio do mais forte e dos mais astuciosos; o suicídio, o fim lógico daquele que, baldo de recursos e de expedientes, nada mais espera e não pode safar-se do tremedal.

Ensina ainda o ínclito Mestre Lionês (2):

“(...) Sendo as Almas criadas ao mesmo tempo que os corpos, nenhum laço anterior há entre elas, que, nesse caso, serão completamente estranhas umas às outras. O pai é estranho a seu filho. A filiação das famílias fica assim reduzida à só filiação corporal, sem qualquer laço espiritual. Não há, então, motivo algum para quem quer que seja glorificar-se de haver tido por antepassados tais ou tais personagens ilustres.

“(...) Isso quanto ao passado. Quanto ao futuro, segundo um dos dogmas fundamentais que decorrem da não-reencarnação, a sorte das almas se acha irrevogavelmente determinada, após uma só existência. A fixação definitiva da sorte implica a cessação de todo progresso, pois desde que haja qualquer progresso já não há sorte definitiva. Conforme tenham vivido bem ou mal, elas vão imediatamente para a mansão dos bem-aventurados, ou para o inferno eterno. Ficam assim, imediatamente e para sempre, separadas e sem esperança de tornarem a juntar-se, de forma que pais, mães e filhos, maridos e mulheres, irmãos, irmãs e amigos jamais podem estar certos de se verem novamente; é a ruptura absoluta dos laços de família.”

A Doutrina Espírita, descortinando os panoramas do infinito, informa-nos a respeito da reencarnação e da Vida Futura com sua lógica contundente e insofismável sob o beneplácito da razão.

Destarte, segundo ainda o insuperável e singular Mestre de Lyon (1):

“(...) outros passam a ser os sentimentos daquele que tem fé no futuro; que sabe que nada do que adquiriu em saber e em moralidade lhe estará perdido; que o trabalho de hoje dará seus frutos amanhã; que ele próprio fará parte das gerações porvindouras, mais adiantadas e mais ditosas. Sabe que, trabalhando para os outros, trabalha para si mesmo. Sua visão não se detém na Terra, abrange a infinidade dos mundos que lhe servirão um dia de morada; entrevê o glorioso lugar que lhe caberá, como o de todos os seres que alcançam a perfeição.

“Com a fé na vida futura, dilata-se-lhe o círculo das idéias; o porvir lhe pertence; o progresso pessoal tem um fim, uma utilidade real. Da continuidade das relações entre os homens nasce a solidariedade; a fraternidade se funda numa lei da Natureza e no interesse de todos.

“A crença na vida futura é, pois, elemento de progresso, porque estimula o Espírito. Somente ela pode dar ao homem coragem nas suas provas, porque lhe fornece a razão de ser dessas provas, perseverança na luta contra o mal, porque lhe assina um objetivo. A formar essa crença no espírito das massas é, portanto, o em que devem aplicar-se os que a possuem.” 

Bibliografia:

(1) KARDEC, Allan. Obras Póstumas. 25. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1990, 2ª parte – Credo Espírita.

(2) KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 121. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003, cap. IV, itens 21 e 22.
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita