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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 53 - 27 de Abril de 2008

LEONARDO MACHADO
leo@leonardomachado.com.br
e www.leonardomachado.com.br
Recife, Pernambuco (Brasil)

A lição do jumentinho 
 

Certa feita, ao mostrar-me que, apesar de sermos muito imperfeitos ainda, todos já somos úteis para o trabalho, um amigo espiritual me lembrou que “foi em cima de um jumentinho que José levou Maria para o divino nascimento do Cristo”. Com isso, quis ele dizer-me que “Deus utiliza os instrumentos disponíveis. E, por mais que sejamos pequenos e semelhantes ao jumentinho, nós já possuímos o desejo. E este é o primeiro passo para a caminhada com Jesus”. E, referindo-se a mim e a ele, finalizou a lição: “somos os jumentinhos pequeninos, muitas vezes desajeitados, mas sejamos, também, como eles, fortes, para que, assim, possamos carregar luzes, à semelhança do que ele fizera com Jesus, para a humanidade e para dentro de nós mesmos”. 

Tais palavras caíram profundamente em minha consciência.

E, ao folhear os quatro evangelhos, lendo-os, percebi que semelhante animal não fora, somente, importante no nascimento de Jesus, conforme o amigo me lembrara, mas, igualmente, na ocasião em que o Mestre entrara triunfante em Jerusalém para começar, lentamente, o seu caminho ao gólgota.

Anotara São Lucas que o Cristo, “quando chegou perto de Betfagé e de Betânia, ao chamado monte das Oliveiras, enviou dois dos seus discípulos com esta ordem: ‘Ide à aldeia que tendes em frente. À entrada da mesma encontrareis um jumentinho amarrado, no qual ainda ninguém montou; desatai-o e conduzi-mo aqui. Se alguém vos perguntar por que o soltais, respondei-lhe: ‘porque o Senhor precisa dele’” (19:29 a 31). E, de acordo com as anotações de São João (12:14 e 15), cumprira-se o que Zacarias houvera escrito (9:9): “Não temais, filha de Sião; eis que vem o teu rei montado em um jumentinho”.

Mais uma vez este animalzinho simples ganhara papel de destaque na epopéia do Messias. Contudo, em uma Doutrina em que a humildade é sinônima de pedra preciosa, isso não se é de espantar.

Vale, então, refletir... Se este Equus asinus tivera condições de trabalhar pela e na Seara de Jesus, e se ele era, ainda, tão inferior, porque nós outros, da mesma forma, não poderíamos, mesmo com as nossas limitações?

Imperfeitos e limitados todos, a seu modo, somos. Porém, inúteis, não!

Possibilidades temos mil, basta que tenhamos olhos de ver o horizonte.

Se não temos o verbo da oratória fácil, poderemos contribuir com uma palavra só, e esta será valiosíssima se estiver imbuída de sentimentos. Se não dispomos da escrita fluente, temos a possibilidade de, ao menos, anotar uma palavra sentida. Se, por hora, não dispomos da genialidade de Mozart, poderemos, no mínimo, cantarolar uma cantiga de ninar. Sem largos recursos financeiros, lembremos do óbulo da viúva. Sem posições e sem trabalhos de destaque, tentemos nos destacar aos olhos de Deus no nosso labor simples. Possivelmente, sem tempo, lembremos que somos nós quem o fazemos. Muito imperfeitos ainda, vislumbremos, sempre, os trabalhos dos jumentinhos do Evangelho de Jesus.

Para carregarmos luzes em nossas mãos não são necessários o ouro nem a perfeição, basta, somente, a coragem e a humildade de labutar. Jesus nos convida. Jumentinhos? Tudo bem!... Trabalhadores mesmo assim!
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita