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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 53 - 27 de Abril de 2008

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniamva@yahoo.com.br 
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Acerca da disponibilidade

A Doutrina dos Espíritos se revela instrumento de educação salutar para todo aquele que procura viver em sintonia com as boas vibrações do amor e da caridade. Ora, orientado pelo conhecimento espírita, pode o indivíduo nutrir novas metas e cuidar para que sua vontade se fortaleça no intuito de promover um comportamento ético e talhado no seguinte ensinamento do Evangelho: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.  

Contudo, se a educação espírita é fundamentada na idéia do homem de bem, segundo uma pedagogia do amor, a moralidade consciencial necessita ser reativada com constância no coração do ser humano ainda imperfeito. Com isso, a auto-evangelização ganha efetividade nas práticas cotidianas e as diversas situações passam a ser consideradas como  oportunidades de progresso ao Espírito em mais uma experiência corporal.

De outro lado, se a moral social, ajustada a um tempo histórico, reivindica ganhos e vantagens, pois alinhada às bases do ter e das conquistas materiais, a moral consciencial, iluminada pela regra de ouro – fazer para o outro o que gostaria de receber –, é exigente de uma aproximação estreita entre consciência e vontade para que a razão participe ativamente no processo de melhoria íntima. Nota-se, então, que a disponibilidade coloca-se como qualidade que pode orientar o viver na trilha do bem.

Nos cenários da existência, a disponibilidade é ferramenta capaz de administrar a vida de relação, pois é nela, no encontro eu-tu, que a identidade humana é constituída e atualizada a partir de critérios não somente intelectuais, mas também afetivos e por isso aptos a assegurarem o alargamento da práxis da tolerância, da paciência, da mansuetude, que são a argamassa de uma convivência evangelizada, cristã.  

À pergunta sobre qual seria a “melhor” religião, Dalai-Lama respondeu: “ – A melhor religião é aquela que o torna uma pessoa melhor”.

Para dar radiância a essa sábia resposta, acredito que a disponibilidade é condição diretiva para um existir mais desapegado, mais compassivo, porque o desabrochar da própria humanidade depende da troca, da inclusão do tu à ambiência do eu, pois só existe o crescer junto com outros, consubstanciado em mais compreensão.

Como tudo está inter-relacionado, pois “Deus se espelha no universo e penetra no coração de cada coisa”, no dizer de Leonardo Boff, nosso desafio consiste em descobrir que a moral consciencial vive da disponibilidade, da gratuidade, vive da necessidade do reconhecimento da nossa condição de seres espirituais... Sim, podemos nos abrir à escuta, ao diálogo que recusa tão-só a posse das coisas, mas pede a convivência espontânea e fraterna com as pessoas. Sem dúvida: disponíveis, nos aproximaremos mais e mais do Reino de Jesus.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita