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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 52 - 20 de Abril de 2008

MARCELO HENRIQUE PEREIRA
cellosc@floripa.com.br
Florianópolis, Santa Catarina (Brasil)


A propaganda do cartão VISA e a idéia da programação encarnatória


Assisti, com curiosidade, a uma nova propaganda dos cartões de crédito VISA, que provoca reflexões interessantes. Nela, uma voz infantil apresenta duas pessoas: um homem e uma mulher, dizendo que eles serão, respectivamente, seu pai e sua mãe. Mas, curiosamente, a narradora diz que “Eles não sabem, ainda”.

As cenas vão evoluindo, apresentando situações de relativa proximidade entre os protagonistas, e a iminente aproximação. Tudo em face da utilização do tal cartão, que paga refeições, cinema, viagens...

A cena final coloca ambos, lado a lado, em poltronas de um avião, dando a entender que, “enfim”, o processo de aproximação entre tais seres e a possibilidade da geração de um filho (encarnação do Espírito) tornam-se evidentes.

O tema leva-nos a oportunas digressões, à luz do ensinamento espírita.

A primeira delas tem a ver com a lei das afinidades. Em diversos cenários da vida, a simples freqüência (estada) em um dado ambiente favorece a aproximação, a conversa, a sintonia, o relacionamento. Isto porque, numa festa, num show, num evento comemorativo, ou, até, numa boate, estádio de futebol, cinema ou teatro, percebe-se uma (relativa) afinidade de gostos e preferências que favorece o início (ou não) de um diálogo e, havendo interesse de ambas as partes, a amizade ou o romance podem acontecer. É o que fica evidente na cena final, em que, convivendo por algum tempo (até horas, dependendo do percurso aéreo), aquelas pessoas irão – provavelmente – conversar e ampliar, por certo, o conhecimento interpessoal, em momentos futuros.

A segunda direciona-se ao planejamento em si, e a perspectiva de aproximação entre seres “comprometidos”. Embora admitamos a idéia de que não existe um “determinismo” que prescreve quem serão aqueles seres que “forçosamente” participarão de nossas vidas, há um planejamento que significa, no mínimo, a proximidade de certos Espíritos em relação a nós, como os que convivem em nossas famílias, os amigos de nossos amigos, os vizinhos, os colegas de trabalho ou estudo, etc. Assim, a partir da proximidade física (“forçada” ou “apoiada” nas contingências dos eventos ou cenários em que estivermos), torna-se possível conhecer novas pessoas (novas, no sentido de que, antes, nesta vida, ainda não tínhamos travado com elas nenhum contato, de vez que, em variadas situações, são “velhos” amigos – ou inimigos – que se reencontram).

A terceira e última refere-se ao direito de escolha. Escolha de afazeres, ambientes, objetos, lugares, etc. Escolha decorrente de gostos, preferências. Quem vai a um show de determinado artista irá encontrar, invariavelmente, “outros” fãs ou admiradores do trabalho daquele profissional. Isto, por si só, já é elemento de afinidade, facilitando o intercâmbio. É comum dizer que as pessoas se completam, porque são diferentes entre si, e encontram – no outro – aquilo que “falta” em si mesmas. Mas, é impossível “ser diferente em tudo”, porque tal circunstância, se real, resultaria no completo distanciamento entre os seres. Senão, vejamos: um adora música clássica; o outro prefere música popular brasileira. Um adora futebol; a outra prefere balé clássico. Um é “caseiro”; a outra, “festeira”. Uma prefere a praia; o outro, o campo. E, assim, sucessivamente...

Por fim, quero mencionar a “idéia” espírita contida na fala da criança, que deseja reencarnar: “Eles não sabem, ainda”. Não sabem – conscientemente – porque o “véu do esquecimento do passado” não permite, em regra, que tenhamos detalhes dos planos pré-encarnatórios (admitamos, como exceção, as lembranças do passado em fenômenos de déjá-vu), de modo que sejamos inteiramente livres para as escolhas do presente.

Nosso destino, assim, está inteiramente em nossas mãos. Sempre!
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita