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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 102 - 12 de Abril de 2009

LEONARDO MACHADO
leomachadot@gmail.com
Recife, Pernambuco (Brasil)
 


 O sublime direito à vida


 
Caro (a) leitor (a), diante das guerras do mundo e das insanidades do egoísmo, nunca será demais se falar de vida. Jesus, aliás, obtemperou que tinha vindo para nos dar vida, e dá-la em abundância (João, 10:10). Desse modo, importante é que a valorizemos como sendo um bem incomparável, por mais torpe que ela nos possa parecer em um primeiro instante, já que ela é, na realidade, uma grande dádiva de Deus em nossa jornada espiritual. Permita-me, portanto, conversar contigo em alguns números desta revista sobre o abortamento, ou seja, sobre o ato de abortar. Mas faremos isto sem nenhum ato condenatório ou julgador, movendo-nos, tão-somente, o desejo sincero de convidar-te a olhar para as possibilidades da vida e não da morte. 

O Livro dos Espíritos informa que “o primeiro de todos os direitos naturais do homem” é o de viver. Por isso mesmo, “ninguém tem o direito de atentar contra a vida do semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal” (pergunta 880). E, se pararmos para pensar bem, lembraremos que, igualmente, nos mandamentos recebidos por Moisés há, em letras claras, a recomendação do “não matarás” (Êxodo 20:13).  

Neste sentido, qualquer atentado à vida, em seus diversos aspectos, poderá até ser legal pelas legislações humanas, mas nunca logrará ser moral diante de nossa própria consciência, local sacrossanto no qual Deus escreveu as suas Leis.

Nesta perspectiva é que o Espiritismo entende a abortação, praticada em qualquer período da gestação, como um lamentável crime, porque contrária às Leis Divinas (pergunta 358).

Saliente-se a ênfase dada a “qualquer período da gestação”. Isto porque, para a Doutrina codificada por Allan Kardec, a vida começa no momento da fecundação do óvulo pelo espermatozóide, já que é a partir daí que o Espírito que irá reencarnar – ligar-se, novamente, a um corpo – começa a ligação com a sua futura indumentária física, só a completando definitivamente por ocasião do nascimento (pergunta 344). Depreende-se disso, portanto, que para a Doutrina Espírita o embrião não é uma coisa pertencente à mãe, mas uma individualidade em desenvolvimento reencarnatório, transitoriamente dependente do útero desta, como, no futuro, o será de um lar. E, aliás, divinamente dependente deste espaço.

Escuto com frequência, em especial no meio universitário em que estou, opiniões favoráveis a práticas abortivas de modo indiscriminado, unicamente subordinada à vontade da mãe – muitas vezes, sem condições emocionais para fazê-lo – com o argumento de que o embrião faz parte do corpo materno e, portanto, cabe a esta o “direito de ir e de vir”.

Obviamente, respeito, e sinceramente não julgo, toda e qualquer tipo de posição, muito embora não concorde com todas, e, algumas vezes, ache até lamentável. Neste particular, no entanto, além de lembrar minhas convicções filosóficas e religiosas, recordo, também, de contribuições da ciência humana.

O Prof. Churchill Livingstone, por exemplo, falando sobre a embriologia, elucida que a “formação do zigoto é o ponto zero do desenvolvimento embrionário; a partir daí o zigoto se diferencia radicalmente das células da mãe, é único, não repetitível e capaz de comandar sozinho o seu desenvolvimento”. E, assim, corrobora a visão apresentada pelo Espiritismo. Igualmente, no campo jurídico, há que se lembrar do artigo quinto da Constituição Brasileira, quando este preconiza “a inviolabilidade do direito à vida”. E, além disso, do artigo quarto do Código Civil da nação, em que “a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. Vale a pena lembrar, portanto, do canto poético de Kahlil Gibran, em O Profeta: “...Seus filhos não são seus filhos, /são filhos e filhas da ânsia da Vida por si mesma./ Surgem por meio de vocês, mas não se originam de vocês, / E, embora estejam com vocês, não lhes pertencem”.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita