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Estudando as obras de Kardec
Ano 2 - N° 101 – 5 de Abril de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1863

Allan Kardec 

(6a Parte)

 
Continuamos a apresentar o estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1863. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 16 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Que é que François-Nicolas Madeleine diz sobre a indulgência?

François-Nicolas Madeleine enfatiza a importância da indulgência e, no final, recomenda que devemos ser tão severos para conosco quanto indulgentes para com as fraquezas dos nossos irmãos. (Revue Spirite de 1863, pp. 125 a 128.) 

B. Devemos festejar o nascimento da doutrina espírita, como os cristãos festejam o nascimento de Jesus?

Sim. É o que propôs São Luís numa mensagem transmitida na véspera do Natal na cidade de Tours. Os espíritas deveriam, segundo ele, alegrar-se e festejar o nascimento da doutrina espírita. (Obra citada, págs. 128 e 129.) 

C. Por que, no caso dos possessos de Morzine, os exorcismos foram inúteis?

Segundo Kardec, em Morzine abateu-se uma nuvem de Espíritos malfazejos e não seria com duchas nem com alimentos suculentos que eles seriam dali expulsos. Uns os chamam diabos ou demônios; o Espiritismo os chama simplesmente maus Espíritos e Espíritos inferiores, o que não implica uma melhor qualidade, mas indica que se trata de seres perfectíveis. Os exorcismos realizados revelaram-se inúteis porque sua eficácia depende não das palavras e sinais com que são feitos, mas do ascendente moral exercido sobre os causadores dos distúrbios. (Obra citada, pp. 131 a 138.) 

Texto para leitura

52. As crises observadas nos doentes de Morzine, conforme descrição feita pelo Sr. Constant, mostram pessoas assumindo um estado de furor, bastante agitadas, a declarar-se diabos do inferno e a bater nos móveis com força e vivacidade. O caso Victoire V..., vinte anos, uma das primeiras a adoecer quando estava com dezesseis anos, é expressivo. Seu pai conta que ela jamais sentira qualquer coisa, até que um dia foi tomada na igreja. Certa vez, ao levar-lhe o jantar na cúria, onde ele trabalhava, a jovem pôs-se a saltar e atirou-se no chão, gritando e gesticulando. Por acaso o cura de Montriond ali se achava, mas ela o injuriou. O cura de Morzine aproximou-se dela, quando a jovem se acalmou, mas a crise recomeçou logo que ele fez o sinal da cruz em sua fronte. Após ter sido exorcizada várias vezes, sem sucesso, ele a levou a Genéve, onde o Sr. Lafontaine, o magnetizador, tratou-a durante um mês. Victoire retornou curada, permanecendo tranquila cerca de três anos. Depois disso, a doença voltou, mas ela já não tinha crises: apenas se trancava em casa e não queria ver ninguém, só comendo vez por outra, o que a enfraqueceu sobremodo, a ponto de não conseguir ficar de pé. Levada outra vez ao Sr. Lafontaine, depois de duas sessões ficou melhor e até este momento não mais enfermara. (PP. 105 a 110)

53. A Revue transcreve duas cartas, uma de Albi, outra de Lyon, em que seus autores atestam o efeito positivo que o conhecimento do Espiritismo produziu em suas vidas. “De agora em diante - diz Michel, de Lyon - poderei orar sem temer que minhas preces se percam no espaço e suportarei com alegria as tribulações desta curta existência, sabendo que a minha miséria atual não passa de justa consequência de um passado culposo...” (PP. 111 a 117)

54. Em data de 7/3/1863 um leitor escreveu de Chauny dando conta de que na paróquia local o Padre X..., estranho a ela, proferiu um sermão em que falou sobre Deus e sobre os Espíritos e suas relações com os homens, sem qualquer ataque ao Espiritismo. Ao reproduzir a missiva, Kardec diz que, graças a Deus, esse sermão não é único no gênero, o que demonstra que parte do clero não pactua com os que atribuem os fatos espíritas aos demônios. (PP. 117 e 118)

55. Um casal de Tours, ele com oitenta anos, a esposa com sessenta e dois, decidiu pôr fim às suas angústias recorrendo a lamentável suicídio, que os adversários do Espiritismo atribuíram ao fato de ambos estarem, nos últimos tempos, envolvidos com as práticas espíritas. O motivo, como acabou revelado numa carta deixada pela Sra. F..., era puramente econômico: o casal temia a perspectiva da miséria que rondava o seu lar, após ter amealhado uma pequena fortuna no comércio de tecidos. (PP. 118 a 121)

56. Quando a verdadeira causa foi divulgada na cidade, o ruído feito inicialmente contra o Espiritismo mudou seu rumo a favor da doutrina, o que se expressou no incremento extraordinário da venda de livros espíritas. Segundo o correspondente da Revue, as livrarias de Tours nunca venderam tantas obras espíritas como a partir desse episódio. (P. 122)

57. O fanatismo religioso acrescentou mais um lamentável caso ao seu acervo, no início de 1862, em França. O casal C... tinha dois filhos: um menino de quinze meses e uma menina de cinco anos, que jamais eram vistos pelos vizinhos. Correndo o boato de que as crianças sofriam um tratamento odioso, a polícia foi até à casa e contemplou um espetáculo horroroso: a menina, sem camisa e sem meias, apenas com um vestidinho indiano totalmente sujo e com a carne dos pés colada ao couro dos sapatos, estava sentada num urinol, apoiada numa caixa e amarrada com cordas que passavam pelas alças da mesma. O inquérito apurou que a criança permanecera naquela posição havia muitos meses e, mais, que os pais se levantavam à noite para atormentá-la, despertando-a com pancadas. Inquirido pela autoridade policial, o pai explicou: “Senhor, eu sou muito religioso; minha filha fazia mal as preces; por isso quis corrigi-la”. (PP. 122 e 123)

58. Camille Flammarion publicou na Revue Française de fevereiro de 1863 um artigo, solicitado pela direção do periódico, em que escreve sobre a história e os princípios do Espiritismo. A Revue transcreve parte do artigo, em que Flammarion se reporta às primeiras manifestações verificadas na América, a sua introdução na Europa e sua conversão em doutrina filosófica. (PP. 123 a 125)

59. O Espírito de Jobard apresenta, em mensagem dada na Sociedade Espírita de Paris, um novo e zeloso partidário do Espiritismo, que na Terra não foi espírita mas jamais se pronunciou abertamente contra as crenças espiritistas. Trata-se do Espírito de François-Nicolas Madeleine, que escreveu uma página sobre a indulgência na qual recomenda, no final, que devemos ser tão severos para conosco quanto indulgentes para com as fraquezas dos nossos irmãos. (PP. 125 a 128)

60. São Luís, comunicando-se na véspera do Natal na cidade de Tours, alude à festa da Natividade do Menino Jesus para dizer que os espíritas deveriam também alegrar-se e festejar o nascimento da doutrina espírita. (PP. 128 e 129)

61. A Revue de maio é aberta com novo artigo -- o quinto e último - a respeito dos possessos de Morzine, no qual Kardec afirma que referidos fatos têm a sua fonte na reação incessante que existe entre o mundo visível e o invisível que nos cerca e em cujo meio vivemos. Diz o Codificador: I) Em Morzine abateu-se uma nuvem de Espíritos malfazejos e não será com duchas nem alimentos suculentos que eles serão expulsos. II) Uns os chamam diabos ou demônios; o Espiritismo os chama simplesmente maus Espíritos e Espíritos inferiores, o que não implica uma melhor qualidade, mas indica que se trata de seres perfectíveis. III) Os exorcismos realizados revelaram-se inúteis, porque sua eficácia depende não das palavras e sinais com que são feitos, mas do ascendente moral exercido sobre os causadores dos distúrbios. (PP. 131 a 138) (Continua no próximo número.)

 


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