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O Espiritismo responde
Ano 2 - N° 100 - 29 de Março de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
  

Gilberto Pinheiro, do Rio de Janeiro, em mensagem enviada a esta revista no dia 8 de março, critica duas proposições contidas em “O Livro dos Espíritos”, que ele considera frágeis e questionáveis.

A primeira diz respeito à questão 359, assim grafada na citada obra:

– Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?

“Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.”

Escreveu o confrade em seu comentário: “Primeiramente, Kardec respalda-se na ambiguidade de resposta, pois ele mesmo reconhece que a vida se inicia na fecundação, ou seja, na junção do espermatozóide com o óvulo, formando a célula ovo ou zigoto. A partir desse instante, o espírito já se manifesta. Sendo assim, abraçando a atividade de professor, não deveria aceitar uma resposta direta, incoerente, àquilo que acreditava. Ora, se a vida inicia-se na fecundação, deveria questionar incansavelmente, até entender essa resposta incabível no circuito da lógica e da racionalidade. Como professor, precisava embasar-se mais, indagar ao espírito com mais profundidade, mais aprimoramento, e não aceitar passivamente uma resposta desfocada da verdade, tão frágil como uma casca de ovo. A resposta de um ser iluminado deveria levar em consideração a tentativa de salvar-se ambos, ou seja, mãe e filho em formação em seu ventre e não essa resposta insipiente, inconcludente, ilógica, sem identificação com a verdade. Cristo jamais daria uma resposta como essa, tão incoerente aos princípios morais que regem a vida.” 

Conquanto respeitemos as opiniões de todas as pessoas, é preciso convir que o confrade, além de ter sido muito rigoroso em sua crítica a Kardec, equivocou-se em suas colocações. Ora, a vida de uma criança realmente se inicia na concepção, mas só se completa com o nascimento, como ensinam os imortais na questão 344 da mesma obra, adiante transcrita:

– Em que momento a alma se une ao corpo?

“A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”

Em caso de risco para a gestante, a opção de salvá-la, em detrimento da continuidade da gestação, é uma medida óbvia, visto que o ser que existe, ou seja, o ser completo é a mãe, não o nascituro, que até mesmo em face da legislação brasileira só terá assegurados seus direitos se nascer com vida.

Há situações em que a ciência médica não tem nenhuma dúvida: se a gestação continuar, a gestante morrerá.

Em casos assim, se os interessados tiverem de fazer alguma opção, é claro que será preferível proteger a mulher, cuja morte, em muitos casos, pode acarretar também a morte do filho agasalhado em seu ventre.

É evidente que, antes da opção pelo abortamento, devemos tentar todos os recursos possíveis no sentido de salvar a gestante e a criança. Quanto a isso, não existe dúvida alguma e Kardec nada ensinou em contrário. Mas, se for necessário salvar alguém, a preferência, de acordo com o entendimento contido na questão 359, deve recair sobre a mulher, que poderá mais tarde engravidar novamente e, quem sabe, receber o mesmo Espírito na condição de filho.

A outra crítica de Gilberto Pinheiro diz respeito à questão 659 da mesma obra, assunto que examinaremos na próxima edição, neste mesmo espaço. 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita