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Estudando as obras de Kardec
Ano 2 - N° 100 – 29 de Março de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1863

Allan Kardec 

(5a Parte)
 

Continuamos a apresentar o estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1863. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 16 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Qual é a finalidade essencial do Espiritismo?

A finalidade essencial do Espiritismo é a destruição das ideias materialistas e o melhoramento moral do homem, o que explica por que ele não se ocupa absolutamente de discutir os dogmas particulares de cada culto, deixando sua apreciação à consciência de cada um. (Revue Spirite de 1863, pp. 82 e 83.)

B. O Espírito pode, entre uma existência e outra, passar de uma posição brilhante a outra humilde e miserável?

Sim, como está dito na mensagem de Clara Rivier, publicada na Revue, em que Kardec destacou dois pontos: 1º - a informação de que, de uma existência a outra, o Espírito pode passar de uma posição social brilhante a outra humilde e miserável, expiando dessa forma o abuso dos dons que Deus lhe concedera; e 2º - a revelação de que Deus castiga os povos como castiga os indivíduos. Desse modo, se todos praticassem a lei da caridade, não haveria mais guerras, nem grandes misérias, nem calamidades no mundo. (Obra citada, pág. 90.)

C. Podemos dizer, com base no Espiritismo, que o homem é o artífice de seu próprio destino?

Evidentemente. Deus fez do homem o artífice de seu próprio destino, razão pela qual o caminho que conduz ao bem requer esforço seguido e trabalho constante, completa vigilância e atenta pesquisa, instinto frenado e razão operante. “Trabalha, luta, ora e o céu estará em ti”, eis as palavras de um lindo poema publicado na revista. (Obra citada, pp. 94 e 95.)

Texto para leitura

42. Em sessão realizada a 13/2/1863, a Sociedade Espírita de Paris decidiu, por unanimidade, não tomar conhecimento de um pedido oriundo de Tonnay-Charente, no qual o missivista dirige oito questões diretamente ao Espírito de Jesus, filho de Deus. As perguntas versavam sobre vários dogmas da Igreja. A publicação dessa decisão na Revue objetiva mostrar a todos a inutilidade de dirigir no futuro perguntas sobre semelhantes assuntos. (PP. 81 e 82)

43. A respeito do caso, a Sociedade Espírita de Paris lembra ao autor da carta que o fim essencial do Espiritismo é a destruição das ideias materialistas e o melhoramento moral do homem e que, por isso, ele não se ocupa absolutamente de discutir os dogmas particulares de cada culto, deixando sua apreciação à consciência de cada um. Esclarece, ainda, a Sociedade: I) O dever dos verdadeiros espíritas é, antes de tudo, aplicar-se ao combate à incredulidade e ao egoísmo, que são as verdadeiras chagas da humanidade, e a fazer prevalecer, tanto pelo exemplo quanto pela teoria, o sentimento de caridade, que deve ser a base de toda religião racional. II) As questões de fundo devem passar à frente da questões de forma. III) As questões de fundo são as que têm por objeto tornar os homens melhores, visto que todo progresso social não pode ser senão consequência do melhoramento das massas. IV) Querer agir de outra forma é começar o edifício pelo telhado, esquecido dos alicerces;  é semear antes de preparar o terreno. (PP. 82 a 84)

44. François-Simon Louvet, que se suicidou em 22/7/1857 no Havre, descreve em comunicação espontânea, recebida em 12/2/1863, seus padecimentos em consequência de seu gesto impensado. Como revela a mensagem, uma das aflições enfrentadas pelo suicida era ver-se sempre caindo da torre - da qual se jogara - e indo quebrar-se nas pedras, tal como ocorrera efetivamente seis anos antes, conforme noticiado pelo Journal du Havre de 23 de julho de 1857. (PP. 84 a 86)

45. A Revue transcreve a comunicação que foi dada em Paris pelo Espírito de Clara Rivier, desencarnada aos dez anos de idade, quatro meses antes. Enferma desde a idade de quatro anos, Clara foi um exemplo notável de resignação diante da dor. “Não temo a morte  - dizia ela -  porque depois me está reservada uma vida feliz.”  Na comunicação, Clara explicou que fora seu anjo da guarda quem a confortou durante toda a enfermidade e, como os seus pais enfrentavam na ocasião um ligeiro processo obsessivo, ela acrescentou: I) A obsessão terminará quando chegar o momento necessário. II) A prece e a fé dão grande força para dominar a obsessão. III) A obsessão e a subjugação são, na verdade, provas para quem as sofre, mas também um caminho aberto a novas convicções. IV) É preciso aproximar as distâncias pela caridade, introduzindo o pobre em casa, encorajando-o e levantando-o, sem o humilhar. “Tende - concluiu Clara, dirigindo-se aos pais - resignação, caridade, amor aos semelhantes e um dia sereis felizes.” (PP. 86 a 89)

46. Da mensagem de Clara Rivier, Kardec destacou dois pontos: I) a informação de que, de uma existência a outra, o Espírito pode passar de uma posição social brilhante a outra humilde e miserável, expiando dessa forma o abuso dos dons que Deus lhe concedera; e, II) a revelação de que Deus castiga os povos como castiga os indivíduos. Assim, se todos praticassem a lei da caridade, não haveria mais guerras, nem grandes misérias, nem calamidades no mundo. (P. 90)

47. O Courrier du Bas-Rhin de 3/1/1863 revelou que em Boston, Estados Unidos, o Sr. William Mumbler havia descoberto, sem querer, a fotografia de pessoas falecidas. A primeira foto obtida pelo Sr. Mumbler foi do Espírito de uma prima. Kardec aconselha, porém, acolher tal notícia com prudente reserva, porque os americanos são mestres também na arte de inventar patranhas. Além disso, o Codificador cita o fato ocorrido com um jovem lorde inglês, apaixonado pela arte fotográfica, que pensou haver obtido a fotografia de uma irmã falecida, e no entanto tal ideia não passou de um equívoco. (N.R.: O tema fotografia de Espíritos é tratado com minúcias por Gabriel Delanne em seu livro “O Fenômeno Espírita”, pp. 149 a 163. A cautela de Kardec é procedente e o processo movido contra o fotógrafo Buguet, em 1875, comprova que todo cuidado é pouco quando lidamos com fatos supostamente atribuídos a Espíritos.)  (PP. 90 a 92)

48. O Sr. bispo de Argel publicou, para a quaresma de 1863, uma instrução pastoral dedicada ao Espiritismo, em que acusa o demônio de ditar a filósofos ilustres essas doutrinas malsãs que pregam a existência de dois princípios iguais, o bem e o mal, o materialismo, o ceticismo, o fatalismo, a metempsicose, a magia e a evocação dos Espíritos. O documento da Igreja foi publicado no jornal Akbar, de Argel, em 10/2/1863. Ao dar a notícia, o jornal argelino lembrou ao leitor que os que gostam, em todo litígio, de ouvir as duas partes, podiam tirar suas dúvidas lendo “O Livro dos Espíritos” e “O Livro dos Médiuns”, do Sr. Allan Kardec, os quais se encontravam à venda em todas as livrarias de Argel. (PP. 92 e 93)

49. Na seção de poesias, a Revue traz dois poemas de origem mediúnica: “Por que lamentar-se?” e “Mãe e filho”. No primeiro, o poeta desencarnado diz que Deus fez do homem o artífice de seu próprio destino e afirma que o caminho que conduz ao bem requer esforço seguido e trabalho constante, completa vigilância e atenta pesquisa, o instinto frenado e a razão operante. “Trabalha, luta, ora e o céu estará em ti”, eis como se encerra o poema. (PP. 94 e 95)

50. O segundo poema fala de uma mãe que perdeu o filho em tenra idade e explica por que o fato se deu. É que, num passado distante, ela fizera morrer o filho que ia dar à luz e agora, arrependida, fora castigada em circunstâncias parecidas com a que deu origem à sua falta. (PP. 96 e 97)

51. A edição de abril é aberta com mais um artigo de Kardec - o quarto - sobre os possessos de Morzine. Como já vimos, o Sr. Constant atribuía os fatos à constituição raquítica dos habitantes e à insalubridade da região, bem como à má qualidade e à insuficiência da alimentação. O Sr. Arthaud, médico em Lyon, foi a Morzine e declarou exatamente o contrário: a constituição dos habitantes era boa e havia ali apenas um caso de epilepsia e um de imbecilidade. Kardec reproduz outro relatório que também discorda do diagnóstico feito pelo Sr. Constant e, entre diversos reparos à conclusão deste último, diz que, se o Sr. Constant estivesse certo, o efeito observado seria endêmico e não epidêmico. Os primeiros sintomas da epidemia de Morzine - lembra Kardec - se verificaram em março de 1857 em apenas duas meninas adolescentes. Em novembro seguinte o número de doentes era de 27, e em 1861 atingiu o máximo de cento e vinte, assemelhando-se muito ao episódio que acometeu a Judeia, ao tempo do Cristo. (N.R.: Epidemia: doença que surge rápida e acomete simultaneamente grande número de pessoas. Endemia: doença que existe constantemente em determinado lugar.) (PP. 99 a 105) (Continua no próximo número.)

 


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