Herdeiros
“E se nós somos filhos, somos logo herdeiros também,
herdeiros de Deus e coerdeiros do Cristo.” Paulo.
(Romanos, 8:17)
Incompreensivelmente, muitas escolas religiosas, através
de seus expositores, relegam o homem à esfera de
miserabilidade absoluta.
Púlpitos, tribunas, praças, livros e jornais estão
repletos de tremendas acusações. Os filhos da Terra são
categorizados à conta de réus da pena última.
Ninguém contesta que o homem, na condição de aluno em
crescimento na Sabedoria Universal, tem errado em todos
os tempos; ninguém ignora que o crime ainda obceca,
muitas vezes, o pensamento das criaturas terrestres;
entretanto, é indispensável restabelecer a verdade
essencial. Se muitas almas permanecem caídas, Deus lhes
renova, diariamente, a oportunidade de reerguimento.
Além disso, o Evangelho é o roteiro do otimismo divino.
Paulo, em sua epístola aos romanos, confere aos homens,
com justiça, o título de herdeiros do Pai e coerdeiros
de Jesus.
Por que razão se dilataria a paciência do Céu para
conosco, se nós, os trabalhadores encarnados e
desencarnados da Terra, não passássemos de seres
desventurados e inúteis? Seria justa a renovação do
ensejo de aprimoramento a criaturas irremediavelmente
malditas?
É necessário fortalecer a fé sublime que elevamos ao
Alto, sem nos esquecermos de que o Alto deposita
santificada fé em nós.
Que a Humanidade não menospreze a esperança.
Não somos fantasmas de penas eternas e sim herdeiros da
Glória Celestial, não obstante nossas antigas
imperfeições. O imperativo de felicidade, porém, exige
que nos eduquemos, convenientemente, habilitando-nos à
posse imorredoura da herança divina.
Olvidemos o desperdício da energia, os caprichos da
infância espiritual e cresçamos, para ser, com o Pai, os
tutores de nós mesmos.
Do livro Vinha
de luz, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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