Espiritismo
para crianças

por Marcela Prada

 

Tema: Parábola Os trabalhadores da última hora


Os trabalhadores da vinha


No Centro Espírita Amor e Luz, mais uma aula de evangelização infantil estava começando.

Tia Tereza contava para as crianças mais uma parábola de Jesus:

“Um senhor saiu bem cedo para contratar pessoas para trabalharem na sua vinha. (Vinha é um local onde se cultivam as videiras, que são as plantas de onde nascem as uvas.)

Ele encontrou trabalhadores e combinou de lhes pagar, pelo dia de trabalho, um denário, que era o dinheiro usado naquele tempo.

Os homens, então, foram para a vinha. Mas o senhor precisava de mais trabalhadores e contratou também outras pessoas, que foram para a vinha em horários diferentes.

Os primeiros foram logo cedo e trabalharam durante todo o expediente, que era de doze horas. Outros foram chamados na terceira hora, outros na sexta e outros ainda na nona hora.

Quando faltava apenas uma hora para terminar o período de trabalho, ou seja, na undécima hora, o senhor encontrou trabalhadores desocupados. Ele perguntou por que eles não estavam trabalhando e eles lhe responderam que era porque ninguém os havia contratado. Então, esses trabalhadores da última hora foram também contratados e foram para a  vinha.

Ao final do dia, o senhor mandou que o encarregado dos seus negócios pagasse aos trabalhadores, dando um denário a cada um, começando pelos últimos que foram contratados e indo até os primeiros.

Quando os trabalhadores da primeira hora viram que os últimos a chegarem à vinha haviam recebido um denário, pensaram que receberiam mais, pois haviam trabalhado mais do que eles e suportado todo o cansaço e o calor do dia.

Porém, todos receberam a mesma quantia.

Os primeiros chamados foram, então, reclamar para o senhor, mas ele lhes respondeu:

- Meu amigo, não combinamos de você receber um denário? Não o estou prejudicando em nada. Não posso fazer o que quero e dar também aos outros? Está incomodado porque sou bom? Pegue o que é seu e vá!”

Jesus terminou a parábola dizendo: “Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos.”

– Gostaram dessa parábola? – perguntou tia Tereza. – O que vocês acham que podemos aprender com ela?

– Eu acho que é a não ser invejoso – disse Caio. – O trabalhador da primeira hora ficou com inveja do outro que trabalhou pouco e ganhou o mesmo.

– Essa parábola me lembrou a da aula passada, a do filho pródigo – disse Luca. ­– No final o irmão foi reclamar com o pai, achando ruim ele fazer uma festa e um banquete para receber o outro filho, que tinha desperdiçado todo o dinheiro dele.

– Sim, Luca, nestas duas parábolas o senhor recebe reclamações por estar tratando bem alguém. Vocês lembram o que eu falei sobre as parábolas? Jesus sempre queria passar ensinamentos com suas histórias. Quem o senhor da parábola representa?

– Deus! – respondeu Sofia, sempre atenta.

– Isso mesmo, Sofia! – disse a evangelizadora. As pessoas às vezes não compreendem, porque não sabem tudo o que Deus sabe. Só Ele conhece totalmente as pessoas e os acontecimentos. Deus é bom e é justo também.

Tia Tereza explicou para as crianças que os trabalhadores da última hora estavam dispostos ao trabalho, mas não tinham encontrado, durante todo o dia, quem os contratasse. Estavam prestes a perder o seu dia de trabalho. Ficariam sem o dinheiro que deveriam ganhar naquele dia, que certamente lhes faria falta. Por isso, o senhor, vendo a boa vontade deles, contrata-os e paga-lhes o salário do dia todo. Se eles tivessem ficado inativos, por preguiça, certamente o senhor perceberia e não lhes daria as mesmas condições.

As crianças fizeram perguntas e foram esclarecidas por tia Tereza. No final elas compreenderam que, assim como o senhor da parábola, Deus é bom. Ele nos chama para o trabalho do bem e nos paga com felicidade. E daqueles que Ele encontra em más condições, Ele cuida mais especialmente ainda, mesmo sem descuidar dos outros.

Depois das explicações, as crianças fizeram as atividades complementares.

Para encerrar a aula, cantaram uma música e fizeram a prece.

Então todos se despediram, e foram embora, levando com eles mais uma lição de Jesus.


(Texto inspirado na parábola Os Trabalhadores da Última Hora.)


 


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