Tema: Parábola Os trabalhadores da última hora
Os trabalhadores da vinha
No Centro Espírita Amor e Luz, mais uma aula de
evangelização infantil estava começando.
Tia Tereza contava para as crianças mais uma parábola de
Jesus:
“Um senhor saiu bem cedo para contratar pessoas para
trabalharem na sua vinha. (Vinha é um local onde se
cultivam as videiras, que são as plantas de onde nascem
as uvas.)
Ele encontrou trabalhadores e combinou de lhes pagar,
pelo dia de trabalho, um denário, que era o dinheiro
usado naquele tempo.

Os homens, então, foram para a vinha. Mas o senhor
precisava de mais trabalhadores e contratou também
outras pessoas, que foram para a vinha em horários
diferentes.
Os primeiros foram logo cedo e trabalharam durante todo
o expediente, que era de doze horas. Outros foram
chamados na terceira hora, outros na sexta e outros
ainda na nona hora.
Quando faltava apenas uma hora para terminar o período
de trabalho, ou seja, na undécima hora, o senhor
encontrou trabalhadores desocupados. Ele perguntou por
que eles não estavam trabalhando e eles lhe responderam
que era porque ninguém os havia contratado. Então, esses
trabalhadores da última hora foram também contratados e
foram para a vinha.
Ao final do dia, o senhor mandou que o encarregado dos
seus negócios pagasse aos trabalhadores, dando um
denário a cada um, começando pelos últimos que foram
contratados e indo até os primeiros.
Quando os trabalhadores da primeira hora viram que os
últimos a chegarem à vinha haviam recebido um denário,
pensaram que receberiam mais, pois haviam trabalhado
mais do que eles e suportado todo o cansaço e o calor do
dia.
Porém, todos receberam a mesma quantia.
Os primeiros chamados foram, então, reclamar para o
senhor, mas ele lhes respondeu:
- Meu amigo, não combinamos de você receber um denário?
Não o estou prejudicando em nada. Não posso fazer o que
quero e dar também aos outros? Está incomodado porque
sou bom? Pegue o que é seu e vá!”
Jesus terminou a parábola dizendo: “Assim, os últimos
serão os primeiros e os primeiros serão os últimos,
porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos.”
– Gostaram dessa parábola? – perguntou tia Tereza. – O
que vocês acham que podemos aprender com ela?
– Eu acho que é a não ser invejoso – disse Caio. – O
trabalhador da primeira hora ficou com inveja do outro
que trabalhou pouco e ganhou o mesmo.
– Essa parábola me lembrou a da aula passada, a do filho
pródigo – disse Luca. – No final o irmão foi reclamar
com o pai, achando ruim ele fazer uma festa e um
banquete para receber o outro filho, que tinha
desperdiçado todo o dinheiro dele.
– Sim, Luca, nestas duas parábolas o senhor recebe
reclamações por estar tratando bem alguém. Vocês lembram
o que eu falei sobre as parábolas? Jesus sempre queria
passar ensinamentos com suas histórias. Quem o senhor da
parábola representa?
– Deus! – respondeu Sofia, sempre atenta.
– Isso mesmo, Sofia! – disse a evangelizadora. As
pessoas às vezes não compreendem, porque não sabem tudo
o que Deus sabe. Só Ele conhece totalmente as pessoas e
os acontecimentos. Deus é bom e é justo também.
Tia Tereza explicou para as crianças que os
trabalhadores da última hora estavam dispostos ao
trabalho, mas não tinham encontrado, durante todo o dia,
quem os contratasse. Estavam prestes a perder o seu dia
de trabalho. Ficariam sem o dinheiro que deveriam ganhar
naquele dia, que certamente lhes faria falta. Por isso,
o senhor, vendo a boa vontade deles, contrata-os e
paga-lhes o salário do dia todo. Se eles tivessem ficado
inativos, por preguiça, certamente o senhor perceberia e
não lhes daria as mesmas condições.
As crianças fizeram perguntas e foram esclarecidas por
tia Tereza. No final elas compreenderam que, assim como
o senhor da parábola, Deus é bom. Ele nos chama para o
trabalho do bem e nos paga com felicidade. E daqueles
que Ele encontra em más condições, Ele cuida mais
especialmente ainda, mesmo sem descuidar dos outros.
Depois das explicações, as crianças fizeram as
atividades complementares.
Para encerrar a aula, cantaram uma música e fizeram a
prece.
Então todos se despediram, e foram embora, levando com
eles mais uma lição de Jesus.
(Texto inspirado na parábola Os
Trabalhadores da Última Hora.)