Tema: Oração de Pai Nosso
Não nos deixes cair em tentação,
mas livra-nos do mal
– Ricardo, terminou a tarefa de casa?
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– Estou quase terminando. Faltam só dois
exercícios.
– Quer ajuda, meu filho?
– Não, mamãe. A professora pediu
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para fazermos sozinhos, mesmo que errássemos. |
– Tudo bem. Então, termine. Seu amigo Tiago está lá fora
esperando para brincarem de bola. Mas você tem que
terminar a tarefa de casa primeiro.
– Mamãe, deixe eu brincar, depois eu termino. Eu
prometo.
– Não. Depois do futebol você estará cansado, e será
hora de jantar e de dormir. Termine a tarefa de casa,
depois pode brincar.
– Mas, mamãe, eu já estou cansado de estudar. Só faltam
dois! Por favor! Por favorzinho!...
– Não. Termine primeiro.
– Mamãe!...
– Entendo que só queira brincar, mas nossos sentimentos
devem ser educados desde cedo, pelas mínimas coisas,
para estarmos fortalecidos para as escolhas mais sérias.
– Que tipo de escolhas mais sérias, mamãe?
– Ricardo, muitas vezes em nossas vidas, seremos
tentados por coisas, ou situações, ou pessoas a
deixarmos o dever, a deixarmos o caminho certo para
escolhermos algo mais fácil, e, às vezes, perigoso ou
proibido. Se não fortalecermos nosso coração no caminho
certo, podemos cair em armadilhas perigosas.
– Como assim, mamãe?! Eu só quero brincar!
– Meu filho, existem pessoas que deixam a escola cedo,
por preguiça de estudar e de fazer os deveres. Essas
pessoas perdem excelentes oportunidades de aprender e de
conquistar coisas boas. É bom termos amigos que só
querem o bem e fazer coisas boas, que têm respeito pelo
outro e que cumprem, da melhor maneira possível, com
seus deveres.
– Como saber se todas as coisas que fazemos são boas,
mamãe?
– Jesus nos ensinou uma grande lição: perguntarmos para
nós mesmos se gostaríamos que fizessem o mesmo conosco.
– Então é só imaginar se eu queria para mim o que vou
fazer para o outro?
– Sim, querido. É uma forma de você saber se é legal com
o outro. Por exemplo: alguém esqueceu um objeto na sala
de aula, não tem o nome para identificar, o que temos
que fazer?
– Devolver?!
– Sim, Ricardo, devolver.
– Mas, se não tem nome, as pessoas dizem que achado não
é roubado!
– Não é verdade, meu filho. Se fosse seu, e você
soubesse que eu e seu pai não poderíamos comprar outro,
como se sentiria?
– Muito chateado!
– Objeto esquecido não é objeto descartado, Ricardo.
Precisamos devolvê-lo. Se sentirmos a tentação de ficar
com o objeto, peçamos a Deus a força de devolvê-lo, e
devolver.
– Sim, mamãe. Alguns sentimentos estranhos, às vezes,
passam por nossos corações.
– Precisamos afastar esses sentimentos e os pensamentos
que surgem para praticarmos ações erradas. Deus, meu
filho, está em toda parte. É o amor que irradia em todo
lugar, e sabe tudo o que fazemos. Conhece todos os
nossos pensamentos. Para nos livrarmos do mal, não é só
pedir para Deus, é preciso fazer a nossa parte, não
procurando o mal, pedindo a Deus para fortalecer nosso
coração.
– Como fortalecer nosso coração, mamãe?
– Deus fortalece o nosso coração por meio da oração,
como Jesus nos ensinou: Não nos deixes cair em
tentação, mas livra-nos do mal...
(Texto de Veridiana P. R. Castro.)