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por Waldenir A. Cuin

 

Trabalhamos pela paz...


“Quando plantares a alegria de viver nos corações que te cercam, em breve as flores e os frutos de tua sementeira te enriquecerão o caminho.” (Emmanuel, no livro Fonte Viva, cap. 73, psicografia de Francisco C. Xavier.)


Deseja a criatura humana viver  em paz, vacila, no entanto, em esforçar-se para conquistá-la. Acredita poder usufruir dela, isoladamente, mantendo os braços cruzados, ilhada no egoísmo, olvidando a necessidade de trabalhar para obtê-la.

Trabalhamos pela paz quando nos preocupamos em desenvolver ações práticas, objetivando  afastar as crianças do convívio negativo das ruas.

Trabalhamos pela paz quando movimentamos recursos para amparar a velhice abandonada, que campeia indiferente pelas vielas da incerteza e da solidão.

Trabalhamos pela paz quando agimos em defesa da politização do povo, para que as pessoas mais esclarecidas e preparadas saibam como usufruir de  uma vida mais digna.

Trabalhamos pela paz quando temos a determinação de juntarmos alimentos e roupas para distribuição às famílias que, em momentos de emergências, conhecem todo tipo de privações e infortúnios.

Trabalhamos pela paz quando incentivamos, com a nossa participação, a realização de campanhas e tarefas que se propõem a orientar os jovens quanto às nefastas e terríveis consequências do uso dos tóxicos.

Trabalhamos pela paz quando estamos presentes em nossos lares, na defesa dos interesses e direitos da família, sem esquecer de informar os deveres de cada membro, dentro do contexto social em que vivemos.

Trabalhamos pela paz quando nos unimos aos esforços das entidades socorristas,  que se prestam a amparar a infância abandonada e a juventude em desequilíbrio.

Trabalhamos pela paz quando identificamos o desespero de pais que viram seus filhos partirem para a vida espiritual e nos apresentamos para oferecer o nosso ombro amigo, em instantes tão trágicos.

Trabalhamos pela paz quando observamos os nossos defeitos e falhas e atuamos para saná-los, sem nos preocuparmos em registrar o que os outros tem de negativo.

Trabalhamos pela paz quando utilizamos o tempo em atitudes nobres e saudáveis, sempre procurando em cada gesto semear o bem em favor de todos.

Trabalhamos pela paz quando somos alegres, otimistas e perseverantes, evitando a tristeza, o desânimo e a apatia, mesmo que estejamos envoltos em situações  complicadas.

Trabalhamos pela paz quando vivemos os nossos dias em sintonia com o Evangelho do Cristo, que sugere  amarmo-nos  uns aos outros.

Trabalhamos pela paz quando temos consciência que a paz que queremos somente será possível a partir do instante que a plantarmos nos corações alheios.

Em realidade, a paz não virá por decreto, nem nascerá da assinatura de acordos e tratados internacionais, mas se originará no cumprimento dos nossos deveres e na retidão e serenidade da nossa consciência.

Paz não é conquista exterior... paz é harmonia interior, obtida à mercê de muitos esforços, dentro de uma salutar vivência cristã, no seio da humanidade que nos acolhe.

A paz definitiva obteremos a partir da paz que  plantarmos nos corações alheios.

Pensemos nisso.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita