Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

A infância no mundo real


Sou hoje um caçador de achadouros da infância. Vou meio dementado e enxada às costas cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos.
 Manoel de Barros


A infância é marcada por brincadeiras.

Brincar é, sem dúvida, o verbo que dá significado à essência da criança.

Brincando, as crianças aprendem regras, valores, revelam suas vontades e necessidades, investigam, exploram, superam desafios, fortalecem curiosidade e criatividade. Conhecem o mundo, as coisas, misturando imaginação e realidade.

Os pais ao priorizarem uma vida focada no brincar, portanto uma infância fora das telas, incentivam não apenas o desenvolvimento cognitivo, mas também a saúde emocional e psicológica dos seus filhos.

A brincadeira é uma necessidade fundamental para o desenvolvimento infantil. Os pais, em casa, necessitam criar, então, e nesse propósito, ambientes seguros e que estimulem a brincadeira livre e estruturada.

Em um mundo onde as agendas infantis estão cada vez mais tomadas por atividades (estruturadas e acadêmicas), é essencial assegurar que as crianças tenham tempo suficiente para brincar livremente e, portanto, desembaraçadas das telas.

A infância dura 12 anos. Para um crescimento saudável, nesse período, nossos filhos não precisam do celular – que é o instrumento mais tóxico para quem é criança. Nossos filhos pequenos podem, e com supervisão, ver TV, jogar. Mas, se precisarem de telefone para se comunicar, o indicado é um sem internet.

Na contramão das telas, nossas crianças, para crescerem com saúde, vitalidade, resiliência, dependem da luz do dia, do movimento, das brincadeiras, ou seja, de uma infância no mundo real…

 

Notinhas

Você não deixaria seu filho de 8 anos três horas sozinho no shopping, não é? Pois bem, autorizar uma criança a passar tempo sozinha na tela é como deixá-la abandonada, suscetível a qualquer coisa indevida que possa aparecer. Infância é uma fase da vida onde as pessoas e o brincar devem ser priorizados, mas sempre longe das telas.


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita