Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

A irmã Naná, proprietária do Hotel Diniz – posto seguro de descanso e fraternidade para os espiritistas que chegavam a Pedro Leopoldo-MG – contou-nos o seguinte:

D. Rosália Laranjeiras, que havia falecido no ano anterior em Belo Horizonte, era uma boa criatura, muito abnegada, sincera e serviçal. Foi a primeira e única professora do Chico Xavier no Grupo Escolar da cidade e também quem descobriu a mediunidade notável de Francisco Cândido Xavier.

Ela fazia convescotes, passeios campestres com os alunos, uma vez por semana, possibilitando-lhes sentir a natureza, traduzir-lhe a mensagem de amor, viver um dia de primavera. No dia seguinte, no entanto, os alunos tinham de dar-lhe por escrito a impressão do passeio. Chico, nas descrições, tirava sempre o primeiro lugar. Era dele a composição melhor. E isso foi chamando a atenção de todos e dela mesmo. Não era possível. O Chico deveria ter de cor o que escrevia porque excedia e muito o que aprendera.

Assim pensando, ela preparou-lhe uma armadilha. Realizou um passeio mais cedo e na volta encaminhou todos os alunos para o Grupo. Desejava ali, naquele mesmo dia, a impressão. Distribuiu-lhes o papel e esperou. No julgamento, o Chico tirou, de novo, o primeiro lugar, escrevendo uma verdadeira página literária sobre o amanhecer e daí tirando conclusões evangélicas.

D. Rosália mandou os alunos para casa e foi mostrar aos seus amigos íntimos a composição do Chico e todos foram acordes em reconhecer que aquilo ou fora copiado ou, então, era dos espíritos. Cheirava mediunidade... E dessa forma, o querido médium ficou sob observação e sendo o assunto do dia como até hoje continuou sendo.


Do livro Lindos casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita