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por Juan Carlos Orozco

 

Seja o seu sim, sim, e o seu não, não


“Vocês também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: não jure falsamente, mas cumpra os juramentos que você fez diante do Senhor. Mas eu lhes digo: não jurem de forma alguma: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. E não jure pela sua cabeça, pois você não pode tornar branco ou preto nem um fio de cabelo. Seja o seu sim, sim, e o seu não, não; o que passar disso vem do maligno.”
 (Mateus, 5:33-37)


A passagem evangélica destaca a importância de sermos íntegros, fiéis aos valores éticos e morais que balizam o caminho na direção do Pai, praticando a verdade divina que liberta a alma, com amor, caridade, sem falsos juramentos e promessas que não podem ser cumpridas, tendo vigilância, perseverança e cuidado para não cair em tentação.

É o chamamento à responsabilidade de valor moral, enfatizando a importância de ser verdadeiro, íntegro e consistente na ação.

Jesus orienta a não fazer juramentos, sob quaisquer condições, pois há fatores que estão fora do seu controle. Por outro lado, o Mestre destaca que o discípulo fiel deve ter como regra de conduta a firmeza da coragem moral que determina: “Seja o seu sim, sim, e o seu não, não; o que passar disso vem do maligno”.

O juramento é uma prática inútil, quanto mais jurar em falso ou mentindo.

Devemos nos esforçar em ser acreditados pela boa reputação, evitando, mesmo em circunstâncias sérias e graves, invocar o testemunho de Deus para garantir o cumprimento de promessas ou a veracidade de suas palavras.

É refutar qualquer manifestação verbal que não corresponda à realidade ou aos verdadeiros sentimentos do coração, porque tais coisas são de procedência maligna.

Sejamos leais, sinceros, justos e autênticos, porquanto a virtude não tem duas faces e tampouco é relativa: não há como acreditar em meia-virtude. O hábito da virtude se reflete nos atos, do mais simples ao mais complexo.

A verdadeira virtude é universal, com padrões éticos e morais que transcendem diferenças culturais e pessoais, devendo ser seguidos independentemente de opiniões e circunstâncias.

O relativismo moral opõe-se à universalidade da virtude, afastando-se dos valores essenciais da vida que sustentam o caráter das pessoas íntegras.

Aquele que traz o coração puro não há necessidade de jurar, porque, se alguém duvidar da sua palavra, nenhum juramento será capaz de fazer que esse deixe de duvidar, porque para a iniquidade nenhuma prova há de retidão.

 

 

Bibliografia:

BÍBLIA SAGRADA.

CALLIGARIS, Rodolfo. O Sermão da montanha: à luz da Doutrina Espírita. 18ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2018.

SAYÃO, Antonio Luiz. Elucidações evangélicas: à luz da Doutrina Espírita. 16ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.

SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e Ensino de Jesus. 28ª Edição. Matão/SP: Casa Editora O Clarim, 2016.

SIMONETTI, Richard. A voz do monte: lições do Cristo para uma melhor vida. 10ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2020.

VINÍCIUS. Nas pegadas do Mestre. 12ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2014.
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita