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Ajuntemos
o tipo de capital que
realmente agrada a Deus
No seu rol de desafios
existenciais, o homem
moderno também é
instigado a possuir
variados tipos de
capitais. Portanto, para
ser bem-sucedido
torna-se vital que
desenvolva considerável
capital intelectual
(conhecimentos,
habilidades e expertise)
para avançar nos
íngremes degraus da
carreira profissional.
Pela mesma razão, ele
deve igualmente cultivar
um sólido capital social
(redes de contatos,
conhecimentos e
relacionamentos) sem o
qual não conseguirá, por
mais competência e
capacidade que ostente,
encontrar o necessário
apoio às suas
realizações nas horas
mais críticas. No
aspecto mais elementar,
espera-se que o
indivíduo consiga
construir o seu
patrimônio
econômico-financeiro
(capital material), que
o protegerá no porvir
das vicissitudes e
percalços naturais da
vida.
De modo geral, todas
essas preocupações e
iniciativas, entre
outras tantas, são
pertinentes. Se bem
enfocadas, darão ao
indivíduo condições para
o seu sustento e
progresso material.
Entretanto, a nossa
vida, lato senso, não se
resume apenas e tão
somente a elas. Afinal
de contas, a encarnação
é um episódio
especialíssimo, uma
benção, enfim, facultada
pelo Criador para que
construamos outros
patrimônios intangíveis,
mas de excepcional valor
ao seu amoroso olhar.
Nesse sentido, é
imperioso que nos
voltemos cada vez mais
para o reino divino
expurgando, assim, as
nossas deficiências
morais e aperfeiçoando a
nossa conduta geral.
Assim sendo, que tipo de
capital interessa mais
ao Senhor da vida que
desenvolvamos? Antes de
aprofundarmos o
raciocínio, lembremos,
pois, que “nada
trouxemos para este
mundo e dele nada
podemos levar;” (1
Timóteo, 6:7). Engana-se
redondamente quem pensa
o contrário, dado os
depoimentos das próprias
almas do além-túmulo.
Posto isto, nossa
fortuna, propriedades
materiais, títulos,
joias e coleções de
valor, entre outras
coisas, ficarão por
aqui. Tudo isso, aliás,
é insignificante perante
a Espiritualidade.
Com efeito, o que
realmente importa em
nossa “bagagem” é o bem –
a moeda espiritual
universal – que
praticarmos ao longo da
vida, e que advogará em
nosso favor.
Infelizmente, a criatura
humana permanece
manietada a interesses
de somenos valor, pouco
trabalhando pela sua
própria redenção aos
olhos de Deus. Segue daí
o pesadelo por muitos
enfrentado no retorno à
pátria espiritual.
Dão-se dolorosamente
conta que os seus
esforços na vida
corpórea foram baldos,
já que não têm valor do
lado de lá.
Como bem observa o Espírito
Amélia, na obra Há
Flores no Caminho (psicografia
de Divaldo Pereira
Franco), “Dois mil de
anos de Cristianismo e
uma tão parca messe de
luz!”. Entretanto, como
ainda pondera a mentora,
neste grave momento em
que vivemos a Boa Nova
de Jesus é a diretriz
perfeita, bem com o a
solução para todos os
problemas que nos
afligem. Afinal de
contas, a sua palavra é
sempre atual e
libertadora de todas as
nossas mazelas.
Desse modo, Jesus nos
indica o caminho à
construção do nosso
capital espiritual, isto
é, aquele que realmente
importa para o olhar
divino: “Não
ajunteis tesouros na
terra, onde a traça e a
ferrugem tudo consomem,
e onde os ladrões minam
e roubam; mas ajuntai
tesouros no céu, onde
nem a traça nem a
ferrugem consomem, e
onde os ladrões não
minam nem roubam”
(Mateus, 6: 19-20).
E do que ele é
constituído, afinal? O
Espírito Emmanuel
esclarece, no livro Palavras
de Emmanuel (psicografia
de Francisco Cândido
Xavier), que “O
capital mais precioso da
vida é o da boa vontade.
Ponhamo-lo em movimento
e a nossa existência
estará enriquecida de
bençãos e alegrias, hoje
e sempre onde
estivermos”. Embora
pareça algo um tanto
abstrato, a realidade
mostra o oposto.
“Boa vontade” é a
essência do capital
espiritual, isto é, o
desejo sincero de
mitigar a aflição, a dor
e o sofrimento alheio,
sem qualquer outra
intenção, a não ser pôr
em prática os recursos
da fraternidade e
empatia. É
fundamentalmente fazer
o bem pelo puro
prazer de fazê-lo sem
esperar nenhuma
recompensa ou pagamento
correspondente. Como
pondera a referida
entidade espiritual em
outra obra lapidar (Palavras
da Vida Eterna, também
psicografada por
Francisco Cândido
Xavier):
“Todo excesso é parede
mental isolando aqueles
que o criam, em cárceres
de orgulho e egoísmo,
vaidade e mentira.
Observa, assim, o
material que amontoas
[capital].
Tudo o que está fora de
ti representa caminho em
que transitas.
Agarrar-se, pois, ao
efêmero é prender-se à
ilusão.”
E, por fim, lembra-nos
que “... todos
os bens espirituais que
ajuntares em ti mesmo,
como sejam virtude e
educação, constituem
valores inalienáveis a
brilharem contigo, aqui
ou alhures, sublimação
para a vida eterna”.
Posto isto, cumpramos,
assim, com as nossas
obrigações de vida,
participando e
colaborando sempre para
a melhoria das coisas e
da vida das pessoas onde
quer que estivermos. Em
todas as circunstâncias
atuemos impregnados pela
substância do bem – que
inunda todo o universo
graças à misericórdia
divina -, e essa será
realmente nossa garantia
de um futuro melhor.
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