Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Gentileza e bondade precisam ser ensinadas


Quem experimenta a beleza está em comunhão com o sagrado.
 Rubem Alves


Grande parte da convivência social está hoje afetada pela polarização, falta de empatia e atitudes que demonstram, no mínimo, um profundo descaso com a bondade e as boas regras do respeito pelo próximo.

Mais do que nunca, nós, os pais, precisamos ajudar nossos filhos a crescerem cientes da importância da bondade, empatia, gentileza, respeito, polidez.

Não somos obrigados a gostar de todo mundo, contudo, do ponto de vista social, é nosso dever respeitar as pessoas – gostemos ou não de suas opiniões, crenças, estilos de vida.

No dia a dia, insistir com nossos filhos sobre bondade e gentileza ajuda, no mínimo, a fortalecer os relacionamentos cotidianos (em casa, na escola), incentivando de modo natural, naqueles que atravessam a infância, a tolerância e a aceitação do outro.

Atos de gentileza, de bondade, podem tornar o mundo um lugar mais feliz para todos, além de aumentar sentimentos de confiança, felicidade e otimismo nas relações.

Mas, atenção: não adianta querer que nossos filhos sejam gentis, bondosos, empáticos, se não praticamos isso, se nossos hábitos contrariam esses valores. Nossos filhos nos observam atentamente à procura de pistas sobre expectativas comportamentais. Se eles nos virem tratando as pessoas de maneira gentil, educada, respeitosa, haverá mais possibilidades de eles repetirem esses comportamentos, internalizando boas atitudes e virtudes que favorecem o bem na sociedade.

Quer motivar a gentileza? Quer incentivar a bondade? Ajude o seu filho pequeno a compreender as emoções dos outros, conversando sobre seus sentimentos. Leia e conte histórias e explique, com paciência, sobre as atitudes dos personagens para desenvolver, nele, a compreensão das emoções.

No ambiente doméstico, também é importante considerar que o modo como nos comunicamos é a ferramenta mais poderosa que temos para ensinar às crianças uma linguagem que não se oriente pela violência, incentivando as crianças a se expressarem abertamente e a ouvir os outros. Conversas mansas, afáveis, promovem empatia e compreensão das necessidades mútuas.

Se queremos criar filhos empáticos, bondosos, gentis, precisamos estabelecer limites claros para eles desde cedo, sem esquecer que a bondade, assim como outras virtudes, precisa ser aprendida.

No caso de erros, equívocos, seja paciente, compreensivo e aproveite esses momentos de acertos para ensinar e reforçar a importância da bondade, do respeito e da gentileza.

 

Notinha

É útil organizar atividades que inspirem as crianças a mostrar bondade para com os outros. Por exemplo, preparar refeições para moradores de rua, ajudar um amigo com dificuldade na escola ou participar de projetos de voluntariado. 


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita