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Numa sexta-feira do mês de maio de 1945, Manuel Quintão,
na varanda de sua aprazível vivenda,
no Méier, conversava animadamente com o confrade Meireles,
quando sua cara companheira o chama para nivelar o
piano, isto é, acertá-lo
nos pisos.
Com o auxílio do irmão Meireles, pegou na alça do piano e,
fazendo força para levantá-lo,
sentiu uma torção nos rins, sobrevindo-lhe intensa dor que o obrigou a
acamar-se. O
caso, que antes parecia sem importância, agravou-se,
impossibilitando-o de
ir à Casa de Ismael presidir à sessão pública das 19h30. D.
Alzira, sua esposa,
alvitrou que telegrafasse a Chico Xavier, respondendo-lhe Manuel
Quintão:
— Não convém, isto vai alarmar e nada produzirá, de vez que, se
for permitido,
mesmo de longe ou daqui de perto, receberei o remédio de que careço.
Esperemos até domingo, se não melhorar, escreveremos ao Chico.
E, por intuição, foi medicando-se. Domingo,
pela manhã, o correio traz uma carta. Abrem-na. É
do Chico Xavier, com uma mensagem de Emmanuel, que logo de
início diz:
— Antes de tudo, desejo identificar-me, dizendo-lhe que, em
verdade, o telegrama antes
alarma e nada beneficia. Desde que sofreu o acidente, estamos medicando-o.
E continue tomando os remédios que, por via intuitiva, já lhe
receitamos.
Dias depois, o nosso caro irmão ficou restabelecido. Procurou
a mensagem para nos dar, mas não a encontrou. Que
pena! Seria
mais um clichê documentativo para o nosso livro.
Do livro Lindos casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.
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