Ramo de rimas
Ouro em excesso — veneno
Que ampara, cura e liberta,
Se dado na forma justa
E usado na dose certa.
Caridade verdadeira,
Que apoia sem recompensa,
Perdoa setenta vezes
Sete vezes cada ofensa.
Beleza na forma humana
É sempre um véu quase à toa,
Mero artifício da vida
Para ajudar a pessoa.
Desafio na existência
Da mais alta à mais singela:
Achar a felicidade
E contentar-se com ela.
Se queres felicidade
No campo que te rodeia,
Nunca entreteças teu ninho
Em galho de dor alheia.
Quem ama lembra roseira
De estranha e bela feição:
Montões de rosas nos braços
E espinhos no coração.
Do livro Orvalho
de Luz, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.