Errar para crescer
Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e
não leem. Mário
Quintana
Equilibrar-se na primeira bicicleta, treinar caligrafia,
aprender a tocar violão… Nesses processos de
curiosidade, tentativas de acertos, errar faz parte.
Todo mundo erra. Você, eu, nós, as crianças, os jovens,
os adultos, os velhos. Temos de tolerar o erro,
portanto. Também para evitar nos filhos pequenos o
surgimento de ansiedade e frustrações intensas.
A depender da própria história, lidar com os erros dos
filhos de maneira construtiva (e não culposa) pode ser
um duro desafio. Orientar e encorajar a criança, fazê-la
tentar mais uma vez ou resolver de maneira tranquila o
seu erro é, no geral, mais produtivo do que brigar,
tomar para si o lugar dela ou, pior, julgá-la ou fazer
piadas.
Como o erro faz parte de qualquer aprendizado, quando a
criança erra isso não pode ser compreendido, pelo adulto
que a educa, como uma incompetência ou uma falta de
vontade (já vi muita mãe e muito pai chamarem o filho
pequeno de preguiçoso porque não consegue amarrar o
cadarço, ler direito). Na verdade, a criança erra porque
não sabe (ainda) fazer de outra maneira…
Crescemos e continuamos a errar. Por isso nunca é uma
opção julgar com severidade o filho que erra, por
exemplo, ao aprender a chutar a bola, fazer uma tarefa
de ciências ou matemática… Constrangê-lo ou expô-lo a
situações embaraçosas só causará dano, sentimento de
vergonha, senso de incapacidade.
Em um ambiente tranquilo, deixe seu filho errar,
exaltando sempre, especialmente pelo próprio exemplo, a
paciência e a persistência. Dê a ele uma nova chance.
Incentive coragem, a possibilidade de ele entender,
através do erro, que equivocar-se é normal e não
significa fracasso, mas sim um degrau para o acerto.
Notinha
O erro participa de nossas jornadas. Quando crescemos
cientes disso, tornamo-nos mais capazes de reconhecer
nossas falhas, assumindo nossos erros com mais
disciplina, coragem e humildade. Isso, por sua vez, nos
ajudará a abrir novas portas e crescer.