Eterna lei
A Terra disse ao Tempo: — “Aonde me levas,
Cavaleiro invisível, mudo e errante,
Que a luta me renovas, cada instante,
Desde as primeiras formações longevas?
Monstro que me apavoras e me enlevas,
Porque, seguindo a passo de gigante,
Trazes a luz do dia fulgurante
E amortalhas o dia, sob as trevas?!…”
Mas o Tempo clamou: — “Escuta e lida!
Eu sou teu companheiro para a vida,
Impelindo-te aos sóis da eternidade!
Tudo altero em teu seio, polo a polo,
Desde as nações aos vermes de teu solo,
Menos a Eterna Lei da Caridade.”
Do livro Poetas
redivivos, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.