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por Saara Nousiainen

 

Céu e inferno... Como será?
 

Num programa de rádio que versava sobre a vida após a morte, um ouvinte falou com toda convicção: “Eu vivia no Paraíso, um lugar maravilhoso onde só há pessoas boas, pássaros que gorjeiam divinamente, e todos são extremamente felizes. Então Deus me mandou nascer aqui na Terra, e quando eu morrer, voltarei para lá, para junto de Deus.”

Crenças semelhantes têm formado a base do pensamento cristão sobre o Céu.

Mas, imaginemos um Céu habitado pelas pessoas que viveram na Terra. Por mais que Deus lhes tivesse perdoado os pecados para acolhê-las nos páramos celestiais, com o passar do tempo começariam a surgir desavenças entre os vizinhos; os ex-políticos passariam a engendrar ações para exercer algum poder sobre ao menos parte da população; os viciados em sexo olhariam para as mulheres tentando conter seus desejos etc. E, logo, o Céu estaria ficando parecido com a Terra, porque a natureza humana não se modifica com a morte.

Alguém poderia argumentar dizendo que, no Céu, Deus muda a natureza do ser humano. Isso soa estranho, pois poderíamos perguntar: por que, então, Ele não faz isso conosco enquanto estamos na Terra, para tornar este mundo melhor? Ou ainda: por que criou pessoas boas e outras más, para depois mudar a natureza dos convertidos, tornando-os perfeitos, e enviar os demais ao Inferno?

Todas as religiões cristãs se apoiam na Bíblia para afirmarem suas crenças, mas sem observar que ela, a Bíblia, não deve ser interpretada ao “pé da letra”, pois foi escrita por seres humanos – embora sob inspiração superior – há milênios, e para uma humanidade ainda bastante primitiva. Certamente por isso contém tantas contradições e incongruências. E se há incoerências no corpo de uma obra, e se ela não é plenamente compatível com a razão e o bom senso, não se deve aceitá-la cegamente e em sua totalidade.

Essas afirmativas podem parecer absurdas, e até mesmo insanas, para quem nunca leu o Antigo Testamento da Bíblia, mas são reais e surgem em abundância em seu contexto. Quem tiver interesse em se aprofundar nessa questão poderá encontrá-las – inclusive com as indicações para conferi-las em sua própria Bíblia – no livro A BÍBLIA sob nova luz, disponível para download gratuito no site Um toque de esperança. Para acessá-lo, clique neste LINK

O que poderíamos entender como céu, seriam as zonas ou dimensões espirituais mais elevadas, mais belas e mais felizes que circundam a Terra. As mais próximas do nosso mundo material vibram em mais baixas frequências, constituindo-se em regiões de sombras e sofrimentos.

Essas dimensões, vibrando em frequências diferentes, podem se interpenetrar, sem que uma tenha conhecimento da outra.

O apóstolo Paulo menciona que foi arrebatado até o "terceiro céu", que ele chama de Paraiso, em 2 Coríntios 12:2-4. Muitas pessoas, principalmente médiuns, têm visitado algumas dessas dimensões em viagens astrais, ou fora do corpo, “viagens” essas que a ciência estuda e conhece desde muito tempo.

E quanto ao Inferno, qual é o pensamento das religiões cristãs?

Talvez pelo medo ou horror que tal ideia produz, tem-se procurado amenizar um pouco aquelas imagens do fogo queimando os condenados pela eternidade afora, sem jamais consumi-los, pois continuariam vivos – aiaiai... que monstruosidade! Mas permanece a convicção de que ele existe... talvez, assim, sem maiores explicações ou detalhes.

Mas, pelo que os Espíritos Superiores informam*, não existe Céu nem Inferno na forma como têm sido apresentados pelas religiões. Existe, sim, o Mundo Espiritual, com suas diversas faixas vibratórias.

Informam também que, após a morte, ninguém irá situar-se em zonas mais elevados no Mundo Espiritual enquanto não houver resgatado os débitos de suas vivências passadas e aprendido aqui na Terra a perdoar, ser pacífico, humilde, fraterno, honesto, justo, desprendido dos bens materiais e, acima de tudo, a amar e servir.

Igualmente, é necessário ter adquirido valores como inteligência, conhecimento, aptidões e sabedoria por meio do estudo, do trabalho e das lutas e dificuldades do cotidiano. Tudo isso não se consegue num estalar de dedos. São necessárias muitas reencarnações bem aproveitadas, além de vivências, também proveitosas, no Mundo Espiritual, para que alguém possa elevar-se a novos patamares rumo às dimensões mais elevadas.

E quanto às regiões inferiores, onde habitam os desequilíbrios, a dor e o sofrimento – conhecidas pelos católicos como o Purgatório –, esses tormentos também não são eternos.  Sempre que algum espírito que lá se encontra, cansado de sofrer e com um sentimento de humildade sincera, se arrepende dos maus atos que praticou na Terra e volta o espírito para Deus suplicando por ajuda, com esse ato ele eleva seu próprio teor vibratório e se torna apto a receber ajuda. Então, os espíritos que trabalham nessas zonas de purgação, em nome do Amor, cuidam de socorrê-lo. Nessas circunstâncias, ele é conduzido a alguma das muitas instituições assistenciais que existem nessas regiões, ou mesmo para colônias espirituais como Nosso Lar, tão bem descrita pelo espírito André Luiz, no livro de mesmo nome.

Ali, ele aprende a dignificar a vida por meio do estudo e do trabalho, engajando-se em alguma das muitas atividades exercidas pelos espíritos. Alguns são logo encaminhados à reencarnação.

Nas colônias espirituais mais elevadas, como Nosso Lar, existem institutos responsáveis pelas reencarnações, onde são estudados e analisados os processos de retorno à matéria, bem como acompanhados os casos durante suas existências na Terra.

Espíritos Superiores informam. Centenas de pesquisas desenvolvidas sobre esta e outras questões, como reencarnação, vida após a morte etc., podem ser encontradas no livro UM NOVO OLHAR sobre Deus e Nós. O download do e-book é gratuito, disponível no site Um toque de esperança. Para acessá-lo, 
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Saara Nousiainen reside em Fortaleza-CE.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita