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Os cegos
espirituais
Muitos podem estranhar,
diante das angustiosas
aflições ora observáveis
no planeta, por que a
humanidade ainda não deu
um salto exponencial na
direção das mudanças e
transformações
verdadeiramente
positivas? A resposta
para tal drama é
simples: a Terra abriga
ainda em seu seio
considerável contingente
de cegos espirituais.
De fato, eles estão,
inegavelmente, em todos
os degraus da sociedade,
destilando medidas e
ações altamente danosas.
Infelizmente, os cegos
espirituais preferem
desempenhar um papel
desastroso em vez de
irradiarem luz onde
estão momentaneamente
situados pela
misericórdia divina.
Mais ainda, por
ostentarem elevado grau
de atraso espiritual,
eles não conseguem
compreender a
oportunidade de
cooperação lhes
concedida pelo Alto na
melhoria do mundo e,
fundamentalmente, de si
próprios.
Discorrendo sobre as
dificuldades reinantes,
o Espírito Amélia
Rodrigues aponta, no
livro Trigo de Deus (psicografia
de Divaldo Pereira
Franco), com muito
acerto, que “Jesus e sua
doutrina ainda são
enigmas para a
mentalidade hodierna”.
De fato, é lamentável
constatar que há muitas
almas no mundo que
seguem servindo
fielmente às trevas em
vez da Luz representada
pelas sublimes
orientações do
Evangelho.
Não obstante, o convite
para participarmos do
banquete da renovação,
pela assimilação e
sobretudo prática dos
valores superiores da
alma, tem sido
proporcionado a todos
nós. No entanto,
insistimos em caminhar
pelas estradas da
perdição, pois
preferimos não enxergar
as coisas
verdadeiramente boas.
Como autênticos cegos
espirituais, muitos
indivíduos recusam-se
sistematicamente a
moldar suas consciências
por valores éticos,
geradores de real
felicidade, na
interpretação da sábia
mentora espiritual. Para
Amélia Rodrigues, “Os
cegos espirituais têm os
olhos como candeias
acesas, mas sua luz não
os liberta das sombras
densas da ignorância”.
Por essa razão, segundo
ela, o amor de Jesus
prossegue ainda na
atualidade especialmente
canalizado “aos cegos
espirituais, aos
soberbos e déspotas, aos
vãos e dominadores...”,
ou seja, a todos aqueles
que não aceitam a luz
divina, e que dela se
afastam conscientemente.
Desse modo, a pletora de
escândalos, aberrações e
maldades observáveis
apenas refletem, em sua
essência, a ação maligna
dos cegos espirituais.
Em malbaratando as
oportunidades de se
alinhar às hostes do
bem, estão se auto
condenando a um colossal
sofrimento expiatório
que os atingirá mais dia
menos dia, talvez até
mesmo uma condenação ao
degredo planetário...
Cumpre lembrar que o
Senhor nos concede
infinitas possibilidades
de melhoria e mudança
interior – aguardando
pacientemente que nossa
mudança se faça pela via
do bom senso. Mas,
diante da insistente
rebeldia, não lhe resta
outro recurso a não ser
aplicar um corretivo
mais incisivo à
recuperação efetiva do
filho transviado. Aliás,
como qualquer pai
equilibrado o faria em
semelhantes
circunstâncias.
Infelizmente, muitos
estão, nessa hora
crítica da história
humana, uma vez mais
desprezando os apelos
divinos e optando pelo
entorpecimento das suas
consciências e
sentimentos. Nada mais
justo, portanto, que
colham a amarga
semeadura até que se
arrependam das suas
torpezas e se voltem,
enfim, para o bem.
Os cegos espirituais
também estão empenhados,
cabe acrescentar, na
disseminação de condutas
e atitudes chocantes.
Continua sendo pontual,
aliás, o provérbio “cego
guiando cego”. Não
poucos artistas, por
exemplo, dão clara
demonstração de
alinhamento às trevas.
As suas produções
artísticas, letras,
linguagem, comportamento
e estilo de vida não
deixam qualquer dúvida a
respeito. Até mesmo
quando estão
supostamente focados na
defesa de minorias e/ou
grupos discriminados,
usam de meios
questionáveis.
Nesse sentido, há poucas
semanas atrás chamou-me
a atenção tudo o que
envolveu a ansiosamente
esperada apresentação da
cantora americana, Lady
Gaga, na praia de
Copacabana, no Rio de
Janeiro. O grandioso
show teve a presença de
aproximadamente 2.1
milhões de pessoas sendo
destacado inclusive pela
CNN americana. Um dos
aspectos mais
surpreendentes foi a
exigência da artista –
estranhamente atendida,
diga-se – de que o
Aeroporto Internacional
do Rio de Janeiro
apagasse todas as suas
luzes no ato da sua
chegada. Ou seja,
trata-se de algo, por
razões óbvias, sem
precedentes, e que
suscitou justificadas
críticas.
O show em si foi
marcado, entre outras
coisas, por uma
coreografia de apelo
fortemente erótico e
gestos desconcertantes,
bem como figurinos
extravagantes e
dantescos que certamente
boas energias
espirituais não
evocaram. Nesse sentido,
pode-se imaginar a
plateia de Espíritos
desencarnados atuando
num trabalho infrene de
obsessão da massa
encarnada,
esmagadoramente composta
de membros pertencentes
ao grupo LGBTQI+ (estou
apenas descrevendo o que
as imagens transmitidas
mostraram, sem qualquer
juízo de valor de minha
parte, que fique bem
claro) no qual, aliás, a
artista foca
predominantemente em seu
trabalho.
Por outro lado, cabe
também mencionar que não
são poucos os cegos
espirituais que preferem
resolver as suas
contrariedades pela
ominosa via da
violência, sem qualquer
sentimento de
misericórdia e compaixão
pelas suas vítimas.
Ademais, dezenas de
jovens perdem
diuturnamente as vidas
através dessa forma
nefasta, segundo as
estatísticas oficiais.
Vale igualmente destacar
– sem dissecar
totalmente o assunto –
aqueles cegos
espirituais que vêm ao
mundo visando apenas receber. Tenho
uma tia octogenária
muito querida que criou,
além dos filhos, os
netos. Pois estes sequer
são capazes de levar uma
pétala de rosa para ela
no Dia das Mães, por
exemplo. Infelizmente,
já ouvi muitos relatos
semelhantes, indicando
haver muitas almas
encarnadas entre nós
ainda incapazes de algo
doar. Nas suas mentes
tacanhas só existe a
preocupação de receber,
como se tal coisa
fizesse sentido à
evolução espiritual do
indivíduo. Infere-se,
assim, que o provérbio
evangélico que esclarece
que se é dando que
recebe não lhes tocou na
intimidade da alma.
Por isso tudo, derrotar
a própria cegueira
espiritual é dever e
responsabilidade de todo
aquele que se encontra
em tão triste condição.
Identificar ou
diagnosticar esse estado
é relativamente fácil,
bastando aos indivíduos
realmente disposição de
se conhecerem pelos
caminhos da oração,
reflexão e meditação.
Feito isso, estão aptos
a empregar o
livre-arbítrio de
maneira mais
espiritualmente
inteligente para que,
enfim, passem a enxergar
a luz celestial que
sempre os guiou.
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