Breves indagações
Apresentaremos nossas percepções em função da atualidade
textual constante de A Gênese, Terceira Parte – As
Predições Segundo o Espiritismo – Capítulo XVIII – Os
Tempos são chegados. Desde quando o globo terrestre
se acomodou, em sua formação geológica, e, se tornou
habitável, a fim de acomodar e acolher os moradores
nesse planeta, por aqui confirmaram-se previsões e
acontecimentos profetizados por homens e médiuns
daqueles recuados séculos, em termos de uma
transformação. Contudo, como se darão essas predições? O
Missionário da Luz enfatizou que erroneamente se
acreditou em uma devastação climática, assim como as
desordens das leis que regulam a natureza, no entanto
não se deverão esperar ambas as alternativas
catastróficas prenunciadas como os sinais dos tempos.
Existe uma previdência de um equilíbrio universal e o
homem dá mais atenção ao misticismo e ao sobrenatural,
coloca em dúvida a sabedoria divina que ultrapassa nosso
entendimento primário, em função da marcha do progresso.
A Terra progrediu e favoreceu aos habitantes da mesma
forma o adiantamento, as civilizações progrediram e
ainda melhorarão. Em pleno século XXI acompanhamos essa
transformação científica, neste caso, as invenções e
tecnologias capazes de resolver uma série de
inconvenientes que, até então, atrapalhavam certas
regiões. Um exemplo é a dessalinização da água marinha
em locais desprovidos de água potável, como é realizado
na Arábia Saudita, em regiões do Oriente Médio e na
África.
Porém, os progressos materiais e morais não ocorrem em
conjunto. Os primeiros se percebem; os segundos
demandarão algum tempo e dependerão da capacidade
individual de escolha do homem, o conhecido
livre-arbítrio. Vemos povos sacrificados presos às
técnicas ultrapassadas nas culturas agrícolas, como nos
países mais pobres da África, outros regidos por regimes
autoritários, e nichos populacionais com qualidade de
vida elogiável, como é o caso dos países nórdicos.
O progresso de nossa humanidade se atém com base nas
leis naturais e imutáveis, daí Kardec ter registrado no
referido livro que os tempos demarcados por Deus são
chegados; bem como germinam os frutos em um pomar para a
esperada ceifa pelo agricultor ou cultivador das
espécies. A harmonização da natureza à nossa volta
comprova o que poderemos entender por vontade divina, e,
atender às nossas expectativas para se compreender esse
regimento de leis e ordens superiores. Bastará
observarmos o céu e constataremos o equilíbrio
universal, como acontece diariamente o dia e a noite.
As inteligências que povoam o Universo, sob a égide
soberana do Criador, se articulam a tudo e promovem a
estabilidade. É uma ordem perfeita. O olho nu pela noite
em locais desprovidos de poluição e clima nublado
detectarmos as constelações infindáveis de estrelas, em
lugares bucólicos, áreas campestres, onde impera a
natureza; poderemos constatar todo esse potencial em
perfeita sintonia com o Cosmo. Um céu estrelado à noite
nos prova isso tudo, e mais, nos faz filosofar sobre a
vida...
A astronomia avançou consideravelmente, o que Kardec
apresentou no século XIX, com pesquisas realizadas nos
mapas e estudos para a obra, em tela, os apontamentos,
por ele realizados, em meados do recuado tempo,
avançaram na temporada em que estamos, onde as pesquisas
siderais ganharam maior projeção, como as imagens
enviadas pelo telescópio americano Hubble (atualmente
substituído pelo James Webb), ou de sondas espaciais,
com enorme variação de constelações no plano universal;
e a nossa galáxia, a Via Láctea, é um dos pontos ínfimos
em termos de descobertas de novos sistemas solares,
distantes em bilhões de anos-luz da Terra.
Por outro lado, paralelamente a essas conquistas e
descobertas, um novo patamar despontará outras fases no
orbe terreno. Kardec indicou uma alteração nos valores,
que irá reinar entre os homens, será a caridade plena,
propícia ao bem-estar geral das criaturas, faltará muito
ainda, sabemos disso; todavia, o caminhar é progressivo.
A prosperidade trafega junto aos homens, será preciso
reaver o que foi o mundo e como está no momento, não há
que se duvidar que tudo seguirá consoante os desígnios
superiores.
O egoísmo e o orgulho, indicados entre algumas paixões
dominantes, cederão espaço aos sentimentos fraternais
como alternativas aos séculos futuros na era da
regeneração afiançada ao planeta. Aqueles espíritos
incumbidos dessa modificação sucessiva estão a postos e
muitos encarnarão na nova categoria planetária, em
termos morais bem melhores com dádivas e vivências
salutares nas relações interpessoais das futuras
civilizações.
Nesses tempos, porém, não se trata de uma mudança
parcial, de uma renovação limitada a uma região, a um
povo, a uma raça; é um movimento universal que se opera
no sentido do progresso moral. Uma nova ordem de coisas
tenderá a se estabelecer, e os homens que não lhe opõem
obstáculos trabalharão para o seu sucesso. A geração
futura desponta desimpedida dos velhos costumes, e mais
depurada com novas ideias e anseios bastante diferentes
das civilizações de outrora.
Tudo se move para se adequar ao controle e precisão
naturais, duvidamos muitas vezes, ao assistirmos
catástrofes climáticas, entretanto, está compatível com
o Eterno, que abre suas portas aos nossos anseios e
incertezas. Foi assim desde o início, tem sido no
presente, será no porvir, como bem citou Emmanuel, no
livro A caminho da luz, quando descreveu o
nascimento do planeta Terra há todo um encadeamento
natural sob controle do Sempiterno.
Segundo Kardec os movimentos e os cataclismos do
orbe foram evidentes e necessários à sua formação; agora
outros motivos agitam nosso mundo, são permeados por
raças diferenciadas, em épocas distintas, realizam
progressos setoriais, haja vista, o modelo japonês, um
país devastado pelos EUA na Segunda Guerra Mundial, com
a prepotência de uma bomba atômica que arrasou as
cidades de Hiroshima e Nagasaki e foram reerguidas;
recentemente, ano 2011, um terremoto, seguido por um
tsunami devastou parte continental, e, ceifou vidas, os
japoneses se recuperaram, em pouco tempo, os nipônicos
demonstraram a capacidade humana de superação, além da
união capaz de mobilizar toda uma coletividade.
Caberá à Doutrina do Espíritos uma nova ordem das coisas
que impulsionará mais ações fraternais e mundiais. Em
passos largos naquilo que, um dia, foi estanque noutros
séculos, agora com dinamismo, em termos caritativos, de
forma espalhar sentimentos altruísticos voltados ao bem
comum. No Brasil, é deveras notório, principalmente, o
Movimento Espírita, tolerado e respeitado, vale-nos,
aqui destacar, a cidade onde residimos, Volta Redonda
(RJ), na região Sul Fluminense, com mais de cinquenta
instituições espíritas fundamentadas nos postulados
organizados por Allan Kardec. Por isso, indagamos dos
caros leitores:
Qual Ciência poderia trazer ao homem a certeza da sua
perpetuação como ser?
Qual Doutrina Filosófica foi capaz de aprimorar a
constatação de que a vida continuará noutra dimensão?
Qual Religião do mundo possibilitou revelar os ditos
mistérios do Além-Túmulo?
Ao Espiritismo coube tais respostas de nossas
inquirições anteriores ao descortinar ideias falsas,
explicar libelos quanto a veracidade de seus ensinos e a
dignidade do seu representante, o respeitado mestre
francês Rivail que precisou de um pseudônimo, devido sua
popularidade, quando a nova doutrina despontava em
Paris, no século XIX; amparado pelas almas que viveram
na Terra, inclusive, muitos reconhecidos publicamente,
como as figuras canonizadas pela Igreja: Agostinho,
Louis IX, Vicente de Paulo, João Evangelista, Francisco
Xavier, e Paulo apóstolo; escritores destacados como
Lacordaire e Fénelon, o médico alemão Hahnemann. Diante
disso, frisamos em nossas breves indagações que, nada
mais racional e mais grandioso perante o Criador e sua
lei impoluta e uma regra insofismável que a tudo vê e a
tudo provê. E a vida espiritual e a corporal são apenas
dois modos de existências, que se alternam para as
devidas realizações dos progressos individuais e
coletivos.
Roni Ricardo Osorio Maia reside em Volta
Redonda (RJ).