|
Muito se falou na época, mas na verdade ninguém
conseguiu provar que houvesse truques ou fraudes nas
sessões de materialização realizadas em
Pedro Leopoldo-MG, nem montagem nas fotos. Chico Xavier
"assinou embaixo" de várias
delas. Na
época, ele já era considerado por milhares de pessoas
uma testemunha acima de qualquer
suspeita. Até
sua família se espantava com tanta popularidade e
credibilidade. O rapaz atormentado por
vozes e visões, o ex-réu do
processo movido pela viúva de Humberto de Campos, cresceu,
apareceu e começou
a se transformar em mito.
Em 2 de abril de 1950, Chico Xavier comemorou seus quarenta anos
com uma festa concorrida.
Naquele dia, o Centro Espírita Luiz Gonzaga mudou de sede.
Já não cabia mais
na casa de José Felizardo Sobrinho e se transferiu para a casa
onde o aniversariante tinha
nascido. O quarto miúdo de Maria João de Deus virou sala
de passes.
Convidados de vários estados lotaram o salão recém-pintado e reformado
com a ajuda de Rômulo Joviano. A badalação em nada lembrava aquela
reunião íntima que
inaugurou o primeiro centro espírita da cidade.
Do livro As vidas de Chico Xavier,
de Marcel Souto Maior.
|