Quem escreve
Quem escreve no mundo
É
como quem semeia
Sobre o solo fecundo…
A
inteligência brilha sempre cheia
De
possibilidades infantis.
Planta
Uma
ideia qualquer onde te agitas,
Semeia essa ideia pecadora ou santa,
E
vê-la-ás, a todos extensiva,
Multiplicar-se milagrosa e viva.
Sem
tanger as feridas e as arestas,
Conduze com cuidado
A
pena pequenina em que te manifestas!
Foge à volúpia das maldades nuas,
Não
condenes, não firas, não destruas…
Porque o verbo falado
Muita vez é disperso
Pelo vento que flui da Fonte do Universo.
Mas
a palavra escrita
Guarda a força infinita
Que
traz resposta a toda a sementeira,
Em
frutos de beleza e de alegria
Ou
de mágoa sombria,
Para os caminhos de uma vida inteira.
Do livro Poetas
redivivos, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.