|
O homem
espiritual alicerçado na Bíblia Sagrada
Este artigo tem como objetivo trazer uma reflexão a
propósito de como podemos nos tornar seres
espiritualizados embasados nos ensinamentos bíblicos e
na vida de Cristo. Para isso, foi realizada uma revisão
bibliográfica da Bíblia Sagrada, tendo encontrado uma
vasta e qualificada estrutura argumentativa, que bem
preenche as lacunas dentro desse tema, inspirando-nos a
refletir acerca do amor incondicional, desapego
material, o impacto do pecado e o caminho para tornar-se
instrumento divino, promovendo assim uma vida feliz e
plena.
Introdução
Segundo 1 Coríntios 2:14: “Ora, o homem natural não
compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe
parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiritualmente” (Bíblia Sagrada, 1 Coríntios
2:14).
Ao longo de boa parte das escrituras é ressaltada a
importância de o homem viver voltado a conquista do
merecimento da vida eterna e da honra de Deus, apesar de
objetivo, esse é um mandamento que demanda a lapidação
de diversos princípios éticos e religiosos que é
alcançada ao decorrer de sua jornada.
Tendo em vista esses conceitos, é possível compreender
que a
sociedade em sua maioria está consideravelmente distante
de alcançar tais metas, assim como viver em semelhança a
Jesus, algo que será
debatido nesse artigo, visando um melhor entendimento da
vida e do amor ao próximo, inspirado na conduta exemplar
do mestre e seus discípulos durante
a sua passagem na Terra.
Revisitando a Bíblia
Sagrada
A temática em questão é amplamente abordada nas
escrituras, tendo como principal discussão as diferenças
entre uma vida voltada a satisfação dos desejos da
carne, ou seja, nossa parte racional que busca títulos,
aprovação e prazeres superficiais (Ego) e nossa
verdadeira essência (Self) que contempla a glorificação
de um ser espiritualizado, o qual tem a oportunidade de
desfrutar de uma complexidade de conhecimentos e
sentimentos, como é apresentado nos versículos 17 e 19 a
22 de Gálatas:
Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito
contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que
não façais as coisas que quereis. Porque as obras da
carne são manifestas, as quais são: adultério,
fornicação, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria,
inimizades, contendas, ciúmes, iras, pelejas,
dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices,
glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das
quais de antemão vos declaro, como também já antes vos
disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o
reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
temperança (Bíblia
Sagrada, Gálatas 5:17, 19-22).
Com isso podemos concluir que vivendo no Espírito e
conectado a Deus podemos colher poderosos frutos que
implicam em nossa constante evolução, resultando no
desenvolvimento de princípios como: Amor, bondade e
temperança. Isso é possível apenas modelando a vida de
Cristo e seguindo seu exemplo: “Assim que, se alguém
está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já
passaram; eis que tudo se fez novo“(Bíblia Sagrada, 2
Coríntios 5:17).
Compreendemos dessa maneira que quando a alma de um ser
é tocada pelo renovo divino pode ser completamente
transformada, mesmo aquelas que parecem sem rumo, pois
quando se tem vontade verdadeira e arrependimento
genuíno tudo é possível, já que essas são coisas
associadas ao nosso nível de entendimento, como é dito
em Romanos: “E não sejais conformados com este mundo,
mas sede transformados pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável, e perfeita vontade de Deus“ (Bíblia Sagrada,
Romanos 12:2).
Dito isso, vale ressaltar uma etapa que se dá após essa,
o despertar da consciência e a tomada de novas
responsabilidades enquanto homem regenerado diante da
obediência a Deus:
Toda a alma esteja sujeita às autoridades superiores;
porque não há autoridade que não venha de Deus; e as
autoridades que há foram ordenadas por Deus. Portanto é
necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo
castigo, mas também pela consciência. E isto digo,
conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do
sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de
nós do que quando aceitamos a fé.
Andemos honestamente, como de dia; não em glutonarias,
nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em
dissoluções, nem em contendas e inveja (Bíblia Sagrada,
Romanos 13:1,5,11 e 13).
E isso implica também o senso de unidade dos seres e
coisas, principio primordial para evolução da humanidade
pois dele emerge a união das nações e o amor ao próximo,
elementos que claramente estão nos faltando nos tempos
modernos, como é lembrado no primeiro livro de
Coríntios: “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso
Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e
que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos
em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer” (Bíblia
Sagrada, 1 Coríntios 1:10).
E sabemos que essa falta não passará impune pois assim
como temos um Deus bondoso, temos também um pai justo e
soberano e nada passa em branco diante dos seus olhos,
logo cabe a reflexão: “Porque está escrito: Como eu
vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim,
e toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada
um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Sigamos, pois,
as coisas que servem para a paz e para a edificação de
uns para com os outros” (Bíblia Sagrada, Romanos
14:11,12 e 19).
Mais adiante no primeiro livro de Pedro, podemos tomar
grande reflexão acerca da importância de viver como
instrumento divino objetivando sempre obter sua honra e
glorificá-lo assim como a Jesus Cristo, para ter uma
vida feliz e plena alicerçada no amor:
Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os
outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados.
Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como
bons mordomos da multiforme graça de Deus. Se alguém
falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém
administrar, administre segundo o poder que Deus dá;
para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo,
a quem pertence a glória e poder para todo o sempre.
Amém. Amados, não estranheis a ardente prova que vem
sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos
acontecesse; Mas alegrai-vos no fato de serdes
participantes das aflições de Cristo, para que também na
revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis
(Bíblia Sagrada, 1 Pedro 4:8,10-13).
Para isso devemos nos purificar em pensamentos e
atitudes além de sermos exemplo ao nosso próximo, nos
preparando de maneira devida: “De sorte que, se alguém
se purificar destas coisas, será vaso para honra,
santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado
para toda a boa obra. Foge também das paixões da
mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com
os que, com um coração puro, invocam o Senhor” (Bíblia
Sagrada, 2 Timóteo 2:21-22).
Podemos concluir assim que a santificação é acessível a
todos e não há nada maior que o ser humano possa
alcançar em sua jornada, sendo assim, como o Senhor:
“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós
também santos em toda a vossa maneira de viver;
Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou
santo” (Bíblia Sagrada, 1 Pedro 1:15-16).
Considerações finais
Após analisar e discutir o tema, podemos concluir que o
homem nasce no pecado e consequentemente torna-se
maldoso e egoísta. Por isso, devemos trabalhar para
reverter essa realidade, levando sempre em consideração
esses princípios ensinados pelo mestre: “...Na verdade,
na verdade te digo que aquele que não nascer de novo,
não pode ver o reino de Deus” (Bíblia Sagrada, João
3:3), “Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o
mundo e perder a sua alma?” (Bíblia Sagrada, Marcos
8:36).
Referências:
Bíblia Online. Livros
da Bíblia.
Flavio DSilva, fundador
do Projeto Social Centelha Solidária e autor dos livros
“Voando com as Águias“ e “Além do Além”, reside em
Salvador (BA).
|