Artigos

por Fernando Rosemberg Patrocinio

 

Na encruzilhada do tempo


O Mestre dizia ser o “Caminho, a Verdade e a Vida”, e, no entanto, nossa Humanidade ainda se encontra no descaminho das guerras, das mentiras, bem como na morte do seu igual, seu semelhante, seu irmão.

Em nosso preciosíssimo “Evangelho” (1854-AK), Cap. 12, Item 10, temos uma instrução sintética do Cristo explanada por Fénelon, em que ele sentencia brevemente:

“Amai-vos uns aos outros e sereis felizes”. (Opus Cit.).

Sentença que resume tudo da nossa paz, nossa felicidade, júbilo e alegrias sem conta, para ontem, para hoje, e, pois, para todo o sempre de nossa imortalidade, pois, se a matéria carnal se enfraquece e morre, nós, pelo contrário, nos fortalecemos e nos imortalizamos pela condição de sermos divinos, ou seja, Espíritos imortais.

Mas o Homem moderno, em sua volúpia de poder e, pois, em sua ignorância e brutalidade, tudo sente e tudo vê com os olhos da carne, da matéria e não do Espírito, e, por isso, em sua rebeldia, não se corrige, apesar das tantas e tantas advertências de sua Consciência, bem como do Mestre de 2.000 anos atrás, e que, no Século 19, renascera com o Espiritismo, por Ele mesmo prometido como “Consolador”, como Verdade, que nos ensinaria todas as coisas e que ficaria eternamente conosco.

E adverte naquela mesma Instrução:

“Não vos esqueçais meus caros filhos que o Amor nos aproxima de Deus e que o ódio nos afasta d’Ele”. (Opus Cit.).

E não é justamente o que está se verificando no presente instante terreno?

Não é que o ódio recíproco de tanto irmão contra irmão tratará de conduzi-los, “afastando-os de Deus”, aos Mundos primitivos por eles mesmos queridos e provocados?

Situação em que, só o exílio, com mais dores, mais contundentes trevas, os fará refletir acerca de suas transgressões da Lei de Amor, de Justiça e de Caridade!

Ora, se “o Amor nos aproxima de Deus”, temos, pela sentença de Fénelon, e, pois, do “Espírito da Verdade”, que “o Ódio nos afasta d’Ele”, implicando-se, pois, no referido método de regeneração da criatura pela dor, pela tribulação de uma vida ainda mais infernal, objetivando-se “acordar” a criatura do erro, da ignorância, da crueldade.

Logo, no curso do tempo, as oportunidades são concedidas a todos, sem exceção, pois que Deus, no seu infinito amor, Ama a todos sem exceção, mas instituiu Leis para a corrigenda do mal, caso ele surgisse pela rebeldia do filho, livre como foi criado, porém responsável pelos seus atos, do mal que volta contra ele mesmo, ou do bem, que, do mesmo modo, retorna à sua pessoa, como consta na “Lei de Amor, de Justiça e de Caridade”. (Vide: “O Livro dos Espíritos”-1857-AK.)


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita