Cartas

Ano 17 - N° 837 - 20 de Agosto de 2023

De: Airton Schmidt de Azevedo (Navegantes, SC)

Sábado, 12 de agosto de 2023 às 11:19:28

Bom dia, amigos. O questionamento que ia fazer, parte foi comentado, na revista atual, para elucidação do irmão Laerte S. Silva. Minha dúvida se baseia no momento atual que vive nosso planeta, mas com as informações que recebemos e divulgadas pelos companheiros espíritas minhas dúvidas e expectativas me deixam mais confuso. Sabemos que estamos nos encaminhando para uma grande transformação do planeta, assim como aconteceu lá pelos anos 1700. Divaldo, no livro “Transição Planetária”, nos conta que desde 1970 estão chegando os espíritos iluminados, encarregados da mudança. Veja: já se passaram mais de 50 anos, e o que se vê no planeta é que, até agora, não estamos vendo uma luz que deslumbre uma grande mudança, como está prevista. Também, somos conscientes que Deus, nosso Pai, jamais abandona um filho e não deixa que ele se perca, dando-lhe sempre uma oportunidade de se redimir. Também vejo que os prazos da mudança estão encolhendo e que no meu ponto de vista estas mudanças serão bastante doloridas. Então, pergunto-lhes: há alguma informação, do lado espiritual, pelos médiuns do nosso Brasil, que possa nos elucidar de como ocorrerá a implantação da nova era? Eu, na minha inferioridade, fico me perguntando sobre o trabalho que as entidades espirituais terão para executar uma obra tão importante e empolgante, em tão pouco tempo. Se tiver algo para acrescentar, aguardo e agradeço. Que a paz do nosso divino Mestre esteja sempre junto conosco. Até breve. E que estejamos sempre cercados de bons amigos.

Um abraço.

Airton


Resposta do Editor
:

O prezado leitor encontrará no capítulo XVIII do livro A Gênese, de Allan Kardec, a resposta aos seus questionamentos. Nesse capítulo o autor trata de três temas: São chegados os tempos, Sinais dos tempos e A geração nova.

As considerações seguintes, feitas por Kardec, encontram-se nos itens 6 a 8 do citado capítulo.

Uma mudança tão radical como a que se está elaborando não pode realizar-se sem comoções. Haverá, inevitavelmente, luta de ideias. Desse conflito forçosamente se originarão passageiras perturbações, até que o terreno se ache aplainado e restabelecido o equilíbrio. É, portanto, da luta das ideias que surgirão os graves acontecimentos preditos e não de cataclismos ou catástrofes puramente materiais. Hoje, não são mais as entranhas do planeta que se agitam: são as da Humanidade.

A efervescência que por vezes se manifesta em toda uma população, entre os homens de uma mesma etnia, não é coisa fortuita, nem resultado de um capricho; tem sua causa nas leis da Natureza. Essa efervescência, inconsciente a princípio, não passando de vago desejo, de aspiração indefinida por alguma coisa melhor, de certa necessidade de mudança, traduz-se por uma surda agitação, depois por atos que levam às revoluções sociais, que têm também sua periodicidade, como as revoluções físicas, pois que tudo se encadeia no Universo.

Se não tivéssemos a visão espiritual limitada pelo véu da matéria, veríamos as correntes fluídicas que, como milhares de fios condutores, ligam as coisas do mundo espiritual às do mundo material.

Quando se diz que a Humanidade chegou a um período de transformação e que a Terra tem que se elevar na hierarquia dos mundos, nada de místico há nessas palavras. Trata-se, ao contrário, da execução da uma das grandes leis fatais do Universo, contra as quais se quebra toda a má-vontade humana.

Visto o que Kardec escreveu, o que temos a acrescentar de nossa parte é a certeza de que esse processo será lento e gradual. Ninguém sabe, apenas Deus, quando ele estará concluído. Mas estudiosos diversos entendem que serão necessários muitos séculos para que tudo se complete. Pensamos de igual forma.

 

De: Maura Ângela Del Sasso Graciano (São Paulo, SP)

Terça-feira, 15 de agosto de 2023 à 00:21:13

Ouvi de um dirigente que médium inconsciente não existe e se afirmar que é, está mentindo.

Maura


Resposta do Editor
:

A questão levantada pela leitora já foi examinada em nossa revista.

Mediunidade inconsciente existe ou não existe?

É evidente que sim. É preciso, no entanto, observar que no tocante à palavra “inconsciente” existem dois conceitos diferentes na literatura espírita.

Em O Livro dos Médiuns, item 188, ao tratar das variedades comuns a todos os gêneros de mediunidade, Allan Kardec nos informa que existem médiuns sensitivos, médiuns naturais ou inconscientes e os médiuns facultativos ou voluntários.

Médiuns naturais ou inconscientes são, segundo o codificador da doutrina espírita, os que produzem os fenômenos espontaneamente, sem nenhuma participação de sua vontade e o mais das vezes sem o saberem. É assim que muitas pessoas que jamais ouviram falar de Espiritismo podem ser médiuns sem se darem conta disso.

Na obra de André Luiz, ao reportar-se ao fenômeno de psicofonia, o conceito pertinente ao adjetivo “inconsciente” aplicado à mediunidade é colocado de forma diferente. O assunto é tratado por ele nos cap. 6 a 8 do livro Nos Domínios da Mediunidade, obra psicografada por Francisco Cândido Xavier.

Para compreender melhor a diferença entre psicofonia consciente e psicofonia inconsciente, notemos que na primeira – psicofonia consciente – André Luiz compara a associação entre o Espírito sofredor e o corpo do médium a um sutil processo de enxertia neuropsíquica.

Na psicofonia inconsciente, os fatos se processam de forma diferente.

Focalizando o caso da médium Celina, André Luiz diz que, assim que viu o Espírito sofredor, a alma da médium desvencilhou-se do corpo físico, como alguém que se entregasse a sono profundo, e conduziu consigo a aura brilhante de que se coroava. Fitando o desesperado visitante com simpatia, abriu-lhe os braços, auxiliando-o a senhorear o veículo físico, então em sombra. Como se fora atraído por vigoroso ímã, o sofredor arrojou-se sobre a organização física de Celina, colando-se a ela, instintivamente. Auxiliado por outro Espírito, ele sentou-se com dificuldade, afigurando-se a André Luiz estar intensivamente ligado ao cérebro físico da médium.

No caso anterior (psicofonia consciente), a médium revelara-se benemérita enfermeira. Neste, Celina surgia como abnegada mãezinha, tal a devoção afetiva para com o hóspede infortunado. Partiam dela fios brilhantes a envolvê-lo inteiramente e o recém-chegado, em vista disso, não obstante senhor de si, demonstrava-se criteriosamente controlado, assemelhando-se a um peixe furioso entre os estreitos limites de um recipiente. O comunicante projetava de si estiletes de treva, que se fundiam na luz com que a alma de Celina o rodeava, dedicada. Ele tentava gritar impropérios, mas em vão. Celina era um instrumento passivo no exterior, entretanto, nas profundezas do ser, mostrava as qualidades morais positivas que lhe eram conquista inalienável, impedindo aquele irmão de qualquer manifestação menos digna.

O instrutor Aulus explicou que Celina constituía um exemplo de sonâmbula perfeita e explicou: "A psicofonia, em seu caso, se processa sem necessidade de ligação da corrente nervosa do cérebro mediúnico à mente do hóspede que o ocupa". A espontaneidade dela é tamanha na cessão de seus recursos, que não tem qualquer dificuldade para desligar-se de maneira automática do campo sensório, perdendo provisoriamente o contacto com os centros motores da vida cerebral. Sua posição medianímica era de extrema passividade. Por isso mesmo, revelava-se o Espírito comunicante mais seguro de si na exteriorização da própria personalidade. Esse fato não significa que a médium estivesse ausente ou irresponsável, pois junto de seu corpo agia como mãe generosa, auxiliando o sofredor que por ela se exprimia, qual se fora frágil protegido de sua bondade.

Concluindo as observações sobre o caso, Aulus explicou: "O sonambulismo puro, quando em mãos desavisadas, pode produzir belos fenômenos, mas é menos útil na construção espiritual do bem. A psicofonia inconsciente, naqueles que não possuem méritos morais suficientes à própria defesa, pode levar à possessão, sempre nociva, e que, por isso, apenas se evidencia integral nos obsessos que se renderam às forças vampirizantes".

Esperamos que a leitora e o dirigente citado possam, a partir de agora, compreender que psicofonia inconsciente existe e por que é assim designada na literatura espírita.

 

De: Gilmar Garcia (Arequipa, Peru)

Terça-feira, 15 de agosto de 2023 às 13:16:07

Muito grato pela sua resposta. Há casos no Brasil em que um tribunal tenha dado valor ao testemunho de um médium pelo qual se manifestou um espírito?

Obrigado.

Gilmar


Resposta do Editor
:

Sim. No artigo “As cartas psicografadas como prova nos tribunais”, nosso colaborador Wilson Czerski menciona alguns casos. Para acessar a matéria, clique aqui

 

De: Ronaldo da Silva Lopes (Laguna, SC)

Quarta-feira, 16 de agosto de 2023 às 18:52:10

Onde encontro a afirmação de que o Rei Herodes era a reencarnação do Rei Acabe, assim como Herodias era a reencarnação de Jesebel?

Obrigado.

Luz e paz.

Ronaldo


Resposta do Editor
:

Desconhecemos a fonte da afirmação citada pelo leitor, motivo pelo qual não temos elementos para responder-lhe. 

 

De: Editora Correio Fraterno (São Bernardo do Campo, SP)

Terça-feira, 15 de agosto de 2023 às 08:03

Assunto: Vem aí o Encontro Nacional de Pesquisadores do Espiritismo

Olá! Bom dia!

Tudo bem com você? Espero que sim! Lançamos recentemente a nova edição do jornal Correio Fraterno. Ela registra que acontecerá, nos dias 16 e 17 de setembro, o 18º Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo.

O evento será realizado na cidade Juiz de Fora, MG, e terá como tema “Perispírito: concepções e pesquisas”. O Enlihpe poderá ser acompanhado também online.

Segundo o coordenador do evento, o filósofo e pesquisador Humberto Schubert Coelho, o tema para o encontro deste ano foi escolhido justamente por ser mal compreendido e mal explorado na própria literatura espírita. “O que há muito sobre esse tema na literatura espírita, sem demérito algum, são repetições e revisões do que Kardec fez e ou do que outros autores do passado fizeram. A gente não sabe exatamente o que seja perispírito”, destaca.

Veja toda a programação e o link para inscrições: www.bit.ly/VemAi18Enlihpe

Um abraço,

Izabel Vitusso

Editora Correio Fraterno

 

De: Kit Evangelho (Rio de Janeiro, RJ)

Quarta-feira, 16 de agosto de 2023 às 14:13

Assunto: Chico Xavier para jovens

A coleção Chico Xavier para jovens traz ensinamentos recebidos pelo médium com os personagens da cultura Pop.

Descubra os Mistérios Além da Vida com o livro revelador sobre Vilões nas vidas passadas. Inspirado na psicografia de Chico Xavier com belas ilustrações.

Explore os enigmas fascinantes da vida após a morte, mergulhe nas histórias de reencarnação e desvende os segredos revelados por Chico Xavier.

Os jovens estão amando! Incentive o hábito da leitura espírita.

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Editor

 

De: Jornal Mundo Maior (Santa Adélia, SP)

Terça-feira, 15 de agosto de 2023 às 20:41

Assunto: Imagem de pai

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Acesse o site do Jornal Mundo Maior -website mundo maior - e leia mensagens como esta que adiante transcrevemos:

“Existe um homem que se esmera no cumprimento do dever para dar bom exemplo. Quando precisa chorar, o faz à distância, a fim de não ser visto, nem preocupar os que o cercam. Mesmo porque, por vezes, são eles mesmos a causa das suas lágrimas doridas.

Esse homem quase sempre é chamado de desatualizado, embora esteja sempre pronto para ofertar uma palavra orientadora ou relatar fatos felizes que podem ser imitados.

Poderia se exaltar, muitas vezes, mas não o faz, preferindo a serenidade para melhor ensinar.

Em certas oportunidades, passa noites mal dormidas a pensar na melhor maneira de transmitir ensinamentos aos que são sua responsabilidade.

Fisicamente, passa distante o dia inteiro. O seu é o objetivo de um futuro melhor para os que tem sob a sua guarda. Mesmo extremamente cansado, arranja forças para distribuir confiança.

Humano e sensível tem capacidade de chegar às lágrimas de emoção ao perceber o triunfo daqueles que ama. Emociona-se e se orgulha dos feitos dos seus amados.

Quando retorna ao lar, ao final da jornada, distribui carinho, dá do seu tempo, mesmo que não receba na mesma intensidade. Sem cobranças. Sem exigências.

Quando deixa de existir na Terra, toma dimensões imensuráveis e passa a ter um grande valor.

Falamos a respeito do melhor amigo, o pai. Normalmente, quando crianças, acreditamos que o pai é aquela criatura que tudo sabe. Ele é o maioral, tudo pode.

Quando aportamos à adolescência, nossa opinião se modifica e principiamos a cogitar de que nosso pai se engana em quase tudo o que diz.

Quando chegamos à juventude e enfrentamos o mercado de trabalho, acreditando-nos semideuses, o nosso conceito é de que nosso pai está bastante atrasado em suas teorias. Meio desatualizado, ultrapassado.

Mais alguns anos e a nossa é a certeza de que ele não sabe nada mesmo. Iludidos pelo sucesso aparente dizemos que, com a nossa experiência, nosso pai poderia se tornar um milionário.

Basta, contudo, que a madureza nos alcance para principiarmos a pensar um pouco diferente. Passamos à posição de que, talvez, ele pudesse nos aconselhar. Afinal, ele tinha ideias notáveis, nem sempre bem aproveitadas, é certo.

É a hora em que gostaríamos muito de ter nosso pai ao lado para nos falar da sua sabedoria. É o momento que lamentamos, muitos de nós, que ele já não esteja na Terra e lastimamos a sua ausência física.

* * *

Quase sempre passamos a apreciar o valor das coisas e dos conceitos de tudo quanto nos cerca, na medida dos conhecimentos e valores que tenhamos já sedimentado no íntimo.

Não há dúvida de que nos pouparemos de muitos dissabores e riscos, se soubermos dar mais atenção ao que nos dizem as pessoas mais experientes.

Será bastante inteligente de nossa parte se soubermos nos servir daqueles que já passaram pelos caminhos que pretendemos trilhar. E, em se tratando dos pais, uma certeza a mais podemos guardar: a de que são nossos melhores amigos.” (Redação do Momento Espírita.)

Saudações.

Jornal Mundo Maior

 


 
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