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por Rogério Miguez

 

Vencendo o mal com o bem


Diante de tanta maldade presente no Mundo, alguns creem que o mal vencerá inexorável.

Diante de tantos desacertos vividos pela humanidade, alguns creem que não há conserto para os humanos.

Diante de tantas mentiras espalhadas aos quatro ventos, alguns creem que a verdade não triunfará.

Diante de tamanha violência experimentada pelas famílias no dia a dia, alguns creem que não será possível obter conciliação no âmago familiar.

Diante de tantos sofrimentos experimentados por todos, alguns creem que o rio de lágrimas jamais secará.

Diante de tantos corpos doentes, alguns creem que o homem jamais desfrutará da saúde integral.

Diante de tanta fome espalhada nos quatro cantos da Terra, alguns creem que em tempo algum seremos saciados.

Diante de tanta ignorância ainda vivida no seio da humanidade, alguns creem que em nenhum momento o homem conhecerá a sabedoria.

Diante de tantas guerras se sucedendo ininterruptas ao longo de nossa História, alguns creem que a paz jamais prevalecerá.

Diante de tanta descrença defendida no seio das sociedades, alguns creem que de modo algum o Reino dos Céus se fará presente na nossa amada Terra...

Isto tudo ocorre, pois os Espíritos habitando esta generosa Mãe-Terra, até agora, ainda não entenderam que continuamos desviados do caminho do bem por opção própria, e isto ocorre desde quando alcançamos a condição de dar os primeiros passos no brioso reino hominal.

E, satisfeitos com a vivência destas condutas, muitas equivocadas, outras indecorosas, inúmeras imorais, algumas mesmo tresloucadas, continuamos alegremente a privilegiar estas atitudes, tornando esta dadivosa morada do Pai um verdadeiro inferno para a grande maioria.

Felizmente, esta aparente realidade, vislumbrada e temida pelos aflitos e estropiados do mundo moderno - e são incontáveis -, não corresponde aos desígnios do Pai de Amor, pois Ele nos criou para que brilhássemos e não para que vivêssemos nas trevas da escuridão.

E a mudança deste cenário apocalíptico depende de todos nós, os ainda orgulhosos e altivos humanos, que impiedosamente imperamos sobre os reinos inferiores da Terra, e mesmo sobre o próprio Orbe, crendo que, como vitoriosos sobre a Natureza, nos cabe explorá-los à exaustão.

Enquanto não decidirmos deixar para trás, por completo, o nosso lado sombra, abandonando definitivamente nossos castelos de areia erigidos sobre a vaidade, cobiça e o egoísmo com que ainda nos encharcamos, não haverá solução em curto espaço de tempo, e, por hora, será necessário continuar convivendo com muito choro e ranger de dentes, condições que impedem a instalação da plena felicidade nestes rudes tempos.

Agindo consoante a diretriz do Evangelho, tenhamos a certeza de que as tormentosas labaredas do inferno serão em definitivo substituídas pelas doces delícias do céu.

E o melhor roteiro a seguir para espantar o mal de nosso cotidiano será praticar o bem, no limite de nossas forças, pois sempre seremos responsáveis, tanto pelo mal que fazemos, bem como pelo mal que surgir do bem que pudemos fazer e conscientemente não fizemos.

Vençamos o mal, pois quanto mais cedo ele for derrotado, mais depressa poderemos voltar a sorrir com alegria e prazer, justificados pela consciência tranquila que surge como resposta ao justo cumprimento dos deveres, relegando as lamúrias ao passado que, hoje tão presentes, nos cercam de tanta dor, amargura e angústias.

Sempre oportuno lembrar que Jesus veio, há bom tempo, mostrar aos homens o único e verdadeiro caminho do bem; aliás, recordando aqueles memoráveis tempos, não foi este singular carpinteiro que disse: Brilhe a vossa luz!?

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita