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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

Nosso tempo para Deus


“Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?” (Mateus 6:25)


Na turbulência da vida e pelos acontecimentos que observamos no cotidiano, o ser humano praticamente não reserva um tempo para Deus. Isso reflete o nível do nosso estado evolutivo, pois, como é sabido, a verdadeira vida transcende ao corpo físico. Contudo priorizamos a vida material em dissonância com a nossa real necessidade no âmbito espiritual.

Vejamos o que diz Marlene Nobre no livro Lições de Sabedoria, pg. 156: ”(...) Por que é tão difícil ao ser humano conscientizar-se em pensamento e obras, de que as ilusões materiais são transitórias, enganadoras enquanto só o que vem de Deus é imperecível? R - Cremos que o problema é de maturidade espiritual (...)”.

No livro O Despertar do Espírito, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, pg. 5, encontramos: “O ser humano é uma complexidade de valores transcendentes que se mesclam em profundidade, possuindo suas matrizes nas inexauríveis Fontes da Vida Cósmica”.

A cada elevação mental conectando-nos com Deus corresponderá a aquisição de forças que nos direcionam para a nossa evolução. Nesse processo de transformação contínua estaremos vivenciando experiências que se somam e nos favorecem para o equilíbrio mental e crescimento, já que estamos no orbe terrestre com a finalidade precípua de progredir.  

O nosso complexo biopsíquicoespiritual constitui-se num campo energético-vibracional que nos imanta naqueles de mesmo padrão. Diante disso, a nossa relação com o Criador dar-se-á em razão da qualidade daquilo que pensamos. As semelhanças se atraem e precisamos depurar nossos pensamentos para que sejamos assistidos e acompanhados por Espíritos que nos elevem e ajudem na caminhada infinita...

Colhemos no livro Paz e Renovação, psicografia de Francisco Cândido Xavier, por diversos Espíritos, capítulo 38 – Agradecemos a Deus-, pg. 43, este texto de Emmanuel: “Necessário conservar o coração agradecido a Deus para que as aflições não nos deteriorem os sentimentos. Para isso, é forçoso procurar o lado melhor das cousas e ocorrências, a outra face das pessoas e circunstâncias”.

O cultivo da religiosidade estimula a nossa fé e fortalece o sentimento de esperança. Cabe, ainda, nessa prática a resignação para os fatos que podem nos incomodar. Resignados, teremos condições de avaliá-los com mais atenção e concluiremos que muitos deles são lições que a vida nos oferece para aprimorarmos o nosso aprendizado, sendo oportunidades que necessitamos vivenciar não deixando de aproveitá-las.

As reencarnações são efêmeras se considerarmos a eternidade... Mas não se justifica negligenciarmos essa dádiva que Deus nos concede para nossa evolução. É preciso despertar para a verdadeira vida com a mudança dos nossos hábitos, que decorrerá dos propósitos que temos para nossas existências.

Nos dias de hoje, as condições de aprendizado são inúmeras e não devemos nos omitir dessas facilidades. Falta-nos, sim, vontade para impulsionarmos as nossas práticas visando à vida futura no mundo espiritual. A perda de tempo sempre será motivo de lastimação. O tempo perdido não retornará jamais...

Na revista Reformador, No. 259 – junho de 2017, temos: “(...) O fundamental, em relação ao tempo, será o bom aproveitamento para o aprimoramento e evolução do Espírito imortal, que é capaz, pelo esforço constante, de realizar grandes conquistas em muitas dimensões em si mesmo. Daí o convite para o equilíbrio entre os deveres materiais e os deveres espirituais”(A reencarnação é um processo de constante reeducação.)

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita